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Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Certeza na incerteza

budapeste_refugiados_estacao_2_r.JPGImagem do Jornal Económico

 

Antes de me decidir a explanar sobre qualquer assunto, necessito pedir-vos desculpa pela minha ausência e por ter deixado de vos visitar com a frequência que eu desejo. Mas nem sempre o nosso querer anda a par com a realidade…


Tem sido conversa, e notícia, a elevada corrente de refugiados que deixam tudo para traz. Pessoas cujo ensejo é efetuar a troca de um clima de tensão pela paz. Veem a esperança na incerteza. Veem luz num porão de um navio escuro e espaço para ser feliz num barco onde nem uma nesga existe para uma formiga!

 

Hoje, numa pausa da manhã, umas colegas contaram o que ouviram numa qualquer padaria, onde o tema de conversa de circunstância era precisamente a onda de refugiados. E falava-se na sua receção em Portugal, nomeadamente no Algarve. E alguém dá voz à idiotice que abunda pelos cantos e esquinas.

“Umph! Só espero é que não façam um campo de refugiados perto da praia onde costumo ir! Seria o cúmulo! Afinal uma pessoa quer é ir descansar!”

 

Bem… só vos digo, esta senhora tem uma sorte! E não é só por poder tirar férias no caro algarve, mas sobretudo por eu não estar lá ao lado dela para lhe encher os ouvidos de umas boas verdades!


Compreendo que a entrada de pessoas aqui na Europa tem que ser vigiada e regularizada. Mas não me digam que devemos cruzar os braços e assobiar para o lado! Ou então que iremos estender a toalha para a tal praia Algarvia (ou outra) onde costumamos ir apanhar um sol e ouvir as ondas do mar e fingir que nesse mesmo mar não morreram centenas de pessoas à busca de sossego e algo melhor!


Não me digam que a entrada dessas pessoas não pode ser orientada, organizada e distribuída pelos países Europeus!

 

Poderão vir-me depois dizer, “Ah! Se assim for estamos a dizer que pode vir tudo que a malta de cá recebe! E depois é vê-los a chover!”


A esses respondo: A malta de lado de cá que feche os olhos por um pouco e imagine o que é estar na pele de alguém que está cansado de ter medo, um medo maior do que aquele que tem do desconhecido! Aquele desconhecido que se vai enfrentar ao tentar vir para uma Europa que se pensa ser o berço da “civilização” e dos bons costumes! E que se sabe não estar a lidar bem com esta “resma de gente”..


Quanto ao facto do presumível aumento da criminalidade, penso que o presumível é sempre algo com se pode lidar melhor, do que a certeza de que mal se consegue sobreviver, não vivendo, num local onde só de ouvem tiros, gritos, morte, violações, proibições, chicotes e atrocidades.

 

Ora digam lá, tentem fazer como disse, fechem os olhos, e respondam com sinceridade. Preferiam a busca numa dúvida além fronteira ou a certeza no péssimo deixado para trás. Pois… é difícil não é? Agora imaginem para quem vem!

 

8 comentários

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    Corvo 06.09.2015 00:00

    Para si também, Paulo, que se mostra tão abnegado.
    Quantas pessoas já recolheu na sua casa? Quanta fome já matou? Quantos nus já vestiu? Quantos descalços já calçou?
    Ou fala para não estar calado? que é mesmo que dizer: deixa-me mostrar revoltado que assim fico bem por pouco dinheiro.
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    Paulo Vasco Pereira 06.09.2015 16:13

    Em 1.º lugar, Corvo, que não usa sequer o seu nome próprio, o meu comentário não lhe foi dirigido.
    Em 2.º, já calcei, já matei a fome e já vesti. As provas estão, abrangendo os 3 verbos utilizados, em 2 das escolas onde estive. Separadamente, nas restantes conforme os casos e especificidades do meio. Por alguma razão já fui ameaçado de morte, por agressores de quem defendia, 2 vezes.
    Sou de ação e não me escondo num pseudónimo e numa imagem. Mas faça-me um favor, já que as suas intervenções comigo, nesta plataforma são sempre do mesmo género: não me chateie. Nesta plataforma ou em qualquer outra. Bem sei que é mais velho do que o pai que já não tenho mas é um direito que me assiste.
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    Corvo 06.09.2015 17:49

    Olhe que bom. À falta de dinheiro nas cantinas das escolas, com a maior parte dos alunos mais desfavorecidos esganiçados de fome, lá vai valendo a sua generosidade para não morrerem de vez. Abençoado seja!
    Como certamente não falha a Igreja, está safo. Deus não pode deixar de tirar as suas conclusões.
    O meu nome não é para aqui chamado, uso um nick como noventa por cento das pessoas aqui usam e não tenho culpa nenhuma que o Paulo não siga a regra. Mas pode chamar, não me incomoda. Nunca fiz segredo dele.
    Também não me incomoda mas acho um sentido de oportunidade atroz alvitrar a minha idade, (74 aninhos), para justificar a sua filantropia.
    Já acho muito lamentável referir o seu pai, que tanto quanto eu saiba quererá, certamente, descansar em paz.
    Quanto ao chatear, lamento mas isso é prenda dedicada a 100% de todos e quaisquer usuários, eu incluído.
    Nem queira o Paulo saber o quanto fui e sou chateado a todo o momento. Nesta plataforma nem tanto, mas palpita-me que lá me chegará a vez; mas numas outras perto de si nem o Paulo imagina o quanto chateado sou.
    Agora, não sei porque chama chatear a uma inocente pergunta. Perguntei porque como vejo o Paulo sempre tão solidário com o mundo sofredor, desde a infeliz e desgraçadinha menina que tem de vender os seus preciosos quatro romances para poder ir estudar para Londres, passando pelo cachorrinho abandonado e famélico, continuando pelo gatinho perdido devorado pelas pulgas e terminado em apoteose pelos coitadinhos islamitas naufragados, natural era que a curiosidade me levasse a indagar.
    E ainda estava longe de imaginar que a sua filantropia o levasse a salvar da fome as crianças carenciadas das escolas.
    Bem-Haja!
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    Paulo Vasco Pereira 06.09.2015 18:03

    Pode apresentar provas para "(...)desde a infeliz e desgraçadinha menina que tem de vender os seus preciosos quatro romances para poder ir estudar para Londres, passando pelo cachorrinho abandonado e famélico, continuando pelo gatinho perdido devorado pelas pulgas..."?
    Sou como sou, imperfeito, e isso não lhe diz respeito. Ponto final. Preocupe-se com a sua próstata ao invés de incomodar alguns dos amigos da Lina.
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    Corvo 06.09.2015 18:17

    Para um Senhor Professor, essa da próstata é fraco, fraquíssimo, debilitante argumento; Ò Sô Paulo.
    Pedir a ajuda da Lina, não só é muito debilitante como pusilânime.
    E todo o caso não o incomodo mais, nem mais ninguém. Nem todos podem ir para o Céu!
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    Paulo Vasco Pereira 06.09.2015 18:23

    Exatamente: nem todos podem ir para o Céu.
    Obrigado por não chatear mais. Nem a mim, nem aos amigos.
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    Corvo 06.09.2015 18:39

    Calma aí; ó senhor professor!
    que não o incomode a si tem todo o direito a exigir. Se bem que não estou a ver muito bem o motivo de tanta indignação numa pergunta a si feita e que faz todo o sentido, mas pronto, não quer, não quer. Provavelmente ensina melhor do que compreende, o que é de todo aceitável. Mas a menos que mostre uma procuração passada pelos seus amigos como seu legítimo representante, falar por eles é arrogância desmedida que não se coaduna muito bem com o altruísmo que, perante a imagem do Crucificado, a pés juntos jurou
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