Achei muito interessante uma exposição que vi há uns dias (gravada) do programa "Ted Talks"!
Stefan Sagmeister era o orador e falava sobre a sua empresa, aliás são eles os responsáveis pelo "design de identidade" da Casa da Música no Porto, e o que mais me interessou foi umas contas que ele fez que revelavam o seguinte da "nossa" vida,
em média:
25 anos da nossa vidinha - são passados a estudar
40 anos - a trabalhar
os restantes 15 anos seriam para gozo a reforma -
contando que esta comece aos 65 (era bom...) e possamos de facto goza-la, uma vez as maleitas começam a bater à porta com mais insistência...
E o que mais me fez arregalar os olhitos foi que, ele decidiu pegar em 5 anos de reforma e distribuí-los nos 40 anos de trabalho... capiche?
Ou seja, de 7 em 7 anos a empresa dele fecha durante 1 ano! Nesse ano eles podem fazer o que mais gostam.... e claro que, com tempo e sem stress surgem-lhes mais ideias!
Conclusão:
Pode aumentar as "receitas" (que dá para os sustentar em cada ano sem produzir) pois estão mais revigorados e com ideias fresquinhas e bem exploradas, não contando com o facto de todos andarem com um grande sorrisinho.... :-) Tipo este, mas MUITOOOO maior...
Já pararam para pensar?!?
Quando chegar a reforma, será que vamos estar em forma para a gozar?
Esquecemos muitas vezes que somos mortais! Esquecemos muitas vezes de VIVER! Por isso tá a parar um pouquito! Vá lá....
Não seria fixe que essa ideia fosse contagiosa? Afinal se apanhamos tantas coisinhas estranhas, porque não isto? Hã?
Eu bem tento ter ideias luminosas mas ninguém liga ao meu tento... :(
Quem tem filhos sabe que é frequente a febre, garganta inflamada e poucas horas de sono darem num diagnóstico de "virose"
Entramos na consulta aflitos e saímos com - "Não me parece que seja nada de especial, é de certeza uma virose!"
Ou seja, quando não se tem bem a certeza o que os sintomas sugerem, e não é grave, metemos tudo no que eu chamo "o saco das viroses"
No entanto tenho-me apercebido que existe outro saco de onde se tira tudo o que não se consegue dar explicação, que é o "saco da psicologia".
É incrível a montanha de queixas e maleitas para as quais se dá a justificação de : " é psicológico!"
Existem também sempre pessoas formadas ou informadas ao nosso lado prontas a dar resposta para tudo!
Por exemplo, quando alguém se queixa de uma simples dor de cabeça existe sempre outro que diz com toda a certeza:
- "é do tempo!" - esta serve para calor, frio, enevoado, trovoada, vento e outras condições meteorológicas
ou então,
- "tás a chocar alguma, virose" - esta explicação ocorre se a respetiva dor for no Inverno em plena época de gripes, ou se o filho dessa pessoa teve uma maleita desse saco há pouco tempo
ou,
- "estás preocupado(a)"- para esta só existe, "estou... esqueci o analgésico em casa!"
e com alguma frequência ouço,
- "é psicológico"- para esta só existe, "se não estivesse com tanta dor de cabeça eu dizia-te o psicológico
Será que temos que arranjar justificação para tudo? Não poderá simplesmente doer-nos a cabeça só porque sim.?
A ciência ainda não tem resposta para tudo e na era das respostas imediatas custa admitir isso!
Eu bem tento esvaziar o saco... mas o meu tento já tá de saco cheio! ( esta também entrará no acordo? ;))
Relativamente ao artigo que escrevi sobre os animais, existiu uma questão que foi surgindo... Será que os animais estão melhor no Zoológico? Porque pelo menos assim estarão a salvo de predadores, de entre eles o ser humano.
Não paro de pensar nesta questão, coisa que faço ocasionalmente e hoje por azar é um desses dias!
Se eu fosse um animal, como o tigre ou o gorila, ou os tão queridos golfinhos, o que é que eu preferia?
- viver em cativeiro, com comida, cama e roupa lavada?
- ou viver livre nem que fosse só por um dia?
?????
O ideal era proteger os animas em liberdade! Felizmente essa é uma preocupação que já tem vindo a ganhar alguma forma, existindo muitas reservas para o efeito.
Aliás, até pelo Lobo Ibérico (que tem dado alguma polémica) Portugal e Espanha uniram os seus esforços para colocá-lo em liberdade em regiões protegidas e onde eles possam formar suas alcateias.
Mais uma vez não digo que não se coma as vitelinhas, os porquinhos, os patinhos e mais "inhos" por aí a fora... mas há que saber respeitar os animais e não tornar a sua morte num comércio desenfreado e sem lei nem roque.
Existem alguns estudos que dizem que a carne dos animais é mais saborosa se eles não estiverem em tanto stress antes de morrer.
Conheço a história de uma criadora de gado que entrou em acordo com o matadouro do seu Município, para levar os seus animais mais tarde, para que não ouçam os outros companheiros de espécie a serem mortos. Essa criadora despede-se de cada um agradecendo o alimento e tudo o que lhe proporcionou!
Ok! Treta! Podem pensar... mas o certo é que esses animais "chegada a hora H" estão mais calmos!
Infelizmente já vi animais a serem mortos, como coelhos (que desde criança que não como), cordeiros e claro a tão famosa "matança do porco", que para as gentes daqui e daí é um momento de festa! Pessoalmente não lhe encontro piada e não consigo comer carne nesse dia...
Chamem-lhe doidice, mas não sou a exceção ao provérbio "De poeta e de louco todos temos um pouco" e como tenho pouco de poeta adivinhem o que sobra....
E não é original do filme "Avatar" caçar e agradecer ao animal morto o alimento, isso já acontece em algumas tribos em que se acredita que existe um círculo da nossa existência que se traduz em,
- aquando o nascimento de um ser ele ocupa uma determinada posição no círculo (Homem,tigre,coelho...), e se hoje nascemos Homens quando começar novo ciclo poderemos nascer coelhos! Por isso respeitam todos os seres, pois em existências anteriores poderiam ter sido o coelhos ;)
Treta? Talvez, mas cada um é LIVRE de acreditar no que quiser e de "lutar" por aquilo em que acredita.
A liberdade é algo muito precioso não é à toa que muitos seres humanos dão a vida por ela, mesmo sabendo que não serão eles a usufruir, mas sim gerações vindouras... realmente dá que pensar... e lá estou eu, se calhar não devia ter acordado...;)
Nos tomamos a liberdade, por exemplo de expressão, como dado adquirido mas em alguns países este artigo não seria permitido e se recuarmos no tempo... no nosso país também não!
Eu prometo que o meu tento vai tentar não pensar de mais hoje;)
Quem me conhece sabe que por diversas vezes, sem que eu queira, acontece-me "meter a pata na poça" - como se diz no popularucho
E desde que me preocupo com o "politicamente correcto" acontece-me ficar numa "certa paragem de cérebro"... e fico sempre com a sensação de ter metido outra vez uma calinada!
A ver se me percebem, antigamente (isto é sinal de velhice? :) ) dizia-se...
cego - no politicamente correto - invisual -
essa nunca esqueço, aliás devo dizer que quando mudei de serviço a primeira pessoa a reconhecer-me e a tratar-me imediatamente pelo nome era um invisual! Que fazia tudo o que lhe era incumbido, dentro das suas limitações, obviamente
surdo -no politicamente correto - individuo com dificuldade auditiva
mais comprido mas lembro sempre
prostitutas (os) - o politicamente correto - trabalhadores do sexo