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Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Descubra as diferenças....

Hoje comemora-se o dia da Implantação da República.

 

 Algumas coisas mudaram, mas algumas ainda me deixam um pouco confusa, tipo aquelas imagens de "descubra as diferenças".

 

Antes da implantação da dita existia uma monarquia constitucional, com a alternância de dois partidos (progressista e regenerador), mas desde que ela foi instalada também tem existido alternância de dois partidos!

 

Antes existia uma instabilidade política e social, e agora teremos estabilidade? Parece-me que não. Pelo menos estabilidade social não estou a ver muita!

 

Antes existia uma certa incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e se adaptar à modernidade. E agora? Já temos essa capacidade? Se calhar tentamos adaptarmo-nos à modernidade ditada pela Troika e pela Srª Merkl. Sim! Não se pode dizer que não estamos a tentar...

 

O partido republicano apresentou-se como o único com um programa capaz de devolver ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na senda do progresso. Progresso? Onde? (façam de conta que estou a virar a cabeça para um lado e para outro) Bem, talvez na altura tivesse existido algum, mas muito pequenino.

 

Atenção agora ao seguinte, que retirei de uma página sobre a implantação da República:

 

"....No tempo da monarquia, o país estava em crise, o povo estava descontente com os preços dos produtos comerciais e em geral com as fracas condições de vida.
As principais fábricas do país situavam-se no Porto e em Lisboa, onde trabalhavam operários, de modo a que o resto da população trabalhava no campo com difíceis condições de vida.
Portugal estava a atravessar uma fase difícil e com muitas dívidas. Por isso teve que pedir dinheiro emprestado ao estrangeiro. Para pagar os juros, o rei aumentou os impostos..."

Conseguem ver as diferenças? A mim parece-me que só mudou a personagem principal, o Rei!

 

Lembrei-me também de um slogan que proclamou princípios considerados universais: "Liberté, Egalité e frateinité" , LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE!

 

Originalmente o slogan era Liberté, Egalité, Fraternité, ou la mort! (Liberdade, Igualdade, Fraternidade ou morte!) e durante a ocupação Alemã na França (II Guerra Mundial) o lema alterou-se para: Travail, famille, patrie (trabalho, família e pátria) para evitar possíveis interpretações subversivas e desordenadas.

 

Atualmente também existe uma alteração desse mesmo slogan para: PRODUTIVIDADE, LUCRO E PODER


Pena que não só o nosso país mas toda a Europa esteja a caminhar para um "buraco" (mais um) e se esqueçam de princípios importantes!

Pena que estejamos a assistir  a este descarrilhar em primeira fila! E o bilhete esteja a sair muito caro!

Pena que as preocupações com os doentes, as crianças, os idosos e os trabalhadores estejam a ser relegados para segundo plano de uma forma assustadora!

O Sistema Nacional de Saúde como o conhecíamos está a extinguir-se vertiginosamente, as poupanças na Educação levam a cortes que futuramente nos sairão muito caros, os trabalhadores não vêm o seu trabalho gratificado e sentem-se assustados com o medo de perder os seus empregos e o pouco dinheiro que lhes garante alguma subsistência...

 

Garanto-vos que o meu tento quis gritar bem alto VIVA A REPÚBLICA! Mas só conseguiu dizer baixinho, viva a república e valha-nos Deus!

Americanices

No espaço de duas semanas os americanos deram que falar.

Primeiro, pela execução de Troy Davis, um homem acusado de ter morto um  policial, um caso que dura há 22 anos e com algumas contradições, com o próprio a afirmar-se inocente até ao último minuto!

Segundo, pela prisão George Wright procurado há 40 anos pelo FBI, acusado de homicídio.

 

Não sei se dou a única a ver aqui alguma dualidade de critérios, então os tipos "matam" um homem e depois procuram outro durante 40 anos por ter alegadamente morto outro!

 

Mas afinal que raio! Será que se terá o direito de aplicar a morte a alguém? Quem somos nós (eles) para decidir sobre a vida de outrem?

Já tinha percebido há algum tempo que os americanos (o poderio americano) são "deuses"!

 

Invadem um país, para fazer valer os direitos humanos de alguns já há muito ameaçados, muitas vezes por distintos senhores treinados e armados por eles (poderio americano), mas que entretanto lhes deram com os pés.

Mas atenção, não pensem que se nós algum dia tivermos problemas, tipo ter cá um ditadorzito qualquer, eles nos virão salvar! Não! Meus caros, eles só salvariam o "Allgarve" para ter onde se esticarem nas férias, tipo colónia balnear na Europa!

Sim, desenganem-se! O resto do País poderia explodir! É que nós por aqui não temos nem petróleo nem outras riqueza que tais!

 

Mais, travam uma caça ao homem, sem precedentes, chacinam tudo à volta e festejam alegremente nas ruas mostrando um sem fim de imagens dignas de um verdadeiro filme Hollywoodesco (com bolinha). Já agora o meu agradecimento à televisão portuguesa que adverte "sempre" (o tanas!) que vão mostrar imagens que possam chocar e provocar pesadelos durante uns dias, imagens daquelas para quem compra o jornal "O Crime". Aliás, cá por casa temos poupado dinheirito (o que dá um jeitaço em tempos de crise) nos bilhetes de cinema, uma vez que se quisermos assistir a um filme de terror, daqueles com muito sangue e pernas para uma lado e braços para o outro, ligamos a TV na hora do noticiário.

 

Bem, voltando à vaca fria, (muito fria neste caso, uma vez que a caçada ao Bin Laden  já data de Maio deste ano), não é que eu não ache que o senhor não deveria pagar pelo que fez, mas matá-lo e festejar uma morte nas ruas não sei no que nos torna!

Matar alguém por ter cometido um crime não me parece, sei lá, humano!

Quem excuta a sentença dá pelo nome de carrasco. Não parece um termo demasiado medieval?

 

Não é que não apeteça fazer pontaria à cabeça de alguém que cometeu crimes horrendos, mas não sei se um tribunal e um conjunto de cabeças pensantes devam ter o direito de aniquilar vida de outrem!

É que fico baralhada. Afinal é crime ou não matar outra pessoa? Então, umas vezes pode-se e outras não?

 

Bem, uma coisa é certa, se formos invadidos por extraterrestres sabemos que eles param primeiro na América, e mais uma vez serão notícia. É que fazem de tudo para não serem esquecidos. Ele é Moodys, ele é penas de morte, ele é caçadas, ele é mercados económicos às voltas, ele é armas em cada esquina...

Enfim, mas que eles têm jeito para filmes lá isso têm!

 

O meu tento bem tenta não ver Americanices, mas não consegue ;-) 

 

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