Com a notícia de hoje no Público sobre o regresso dos subsídios em 2015 a conta gotas (inté ver!), nós iremos passar de extremamente pelintraspara muito pelintras! E então, suspiraremos de alívio... ahhhh....
Não! Não vou falar do Sporting! Depois desta tenho os sportinguistas à perna =) (Mano espero que não leias este artigo)
Vou falar de lagartice no sofá, já que o tempo nos anda a trocar as voltas, tenho para mim que anda de conluio com o Governo. Enfim... para quem gosta de mantinha, de sofazito e de umas bolachinhas, nada melhor que acompanhar todo este conforto com um livro, e aqui deixo a sugestão de um,
Como não sei se o encontrarão à venda e sei que a poetisa irá lançar outro, "Pequenas Utopias" a 04 de Maio no espaço Garret em Grândola, esta certamente será uma boa altura para o adquirir. Maria João Brito de Sousa, que conheço da blogosfera, e que deve ser um doce de pessoa, de certeza estará lá, só é uma pena que eu não possa conhecê-la pessoalmente e pedir um autografo ;), mas estarei lá com toda a minha energia a dar boa sorte ao lançamento.
Sei que a poesia não é o género literário preferido de muitos, mas deixo um trecho de um dos meus poemas preferidos, do livro que tenho, só para abrir o apetite,
VIVER APAIXONADAMENTE
Paixão. Viver a vida sem paixão
é quase não viver, é só passar
por este nosso mundo sem deixar
um rasto nesta estranha imensidão....
É deixar por metade a construção
do edifício da "vida" e abandonar
a razão de viver. É não sonhar
que o mundo inteiro está na nossa mão!
Viver sem ser apaixonadamente
passar e não olhar, ser indiferente,
é ser mais pobre ainda, é não ter nada!
É ser-se "nada" e ter forma de gente,
é não ouvir esse apelo premente
da vida que nos chama, apaixonada....
Maria João Brito de Sousa
O meu tento pensa que embora a vida nos faça dar tropeções temos que arranjar maneira de nos deixarmos seduzir por ela para que nos apaixonemos outra vez, afinal só temos esta... "inté" ver =)
O dia está frio, triste, chato, aborrecido, ... nada melhor que humor "negro" para dissipar o aborrecimento, no blogue "HenriCartoon" não existe essa palavra.
Deixo aqui uma imagem que vale mais do que muitas palavras que eu hoje pudesse escrever e que ilustram o que me vai na mente,
Eu tento não ouvir o Sr. Presidente, até porque ficar com dores de estômago não é dos meus passatempos preferidos, e como tal não o ouvi em direto, só li no J. Público o resultado do discurso. E desta vez tenho que concordar só com uma coisinha que ele disse, mas noutro sentido que, certamente, difere do seu pensamento - “não é combatendo-nos uns aos outros que iremos combater a crise”. Pois não, é unindo-nos contra toda a canalhice que nos tem sido feita e que aturamos como se não fosse nada connosco.
Hoje não poderia passar este dia em branco, este 25 de Abril que tantos sonharam, que tantos idealizaram.
Muito se tem falado sobre a necessidade de um novo 25 de Abril, temos inclusive algumas personalidades que não participaram nas comemorações oficias do 25 de Abril, não vou tecer comentários sobre estas decisões, mas vou discorrer sobre minha decisão de não deixar passar este dia sem nada dizer.
Se eu acho que vivemos numa democracia política, claro que sim, é indiscutível que sim! O atual Governo foi eleito, e não há muito tempo, e também pode sair de lá se o povo quiser. Se o povo foi "levado" em cantigas cabe-lhe parar com a música. Que o povo não queira, não faça nada, por conformismo, por medo, porque acha que não há nada a fazer e porque "são todos iguais" (uns mais iguais que outros), então tem que acarretar com as consequências da sua escolha. Consequências duras mas não sem escolha.
E essa possibilidade de escolha foi-nos dada pelo 25 de Abril. Foi-nos dado por quem idealizava algo diferente para o nosso país. Talvez a grande mágoa a grande angústia esteja aí.
Vivemos grandes problemas atualmente, e a crise não é só em Portugal, não fomos nós "que andamos a viver acima das possibilidades", como tantas vezes nos acusam, mas estamos a pagar a fava de erros que os nossos sucessivos governos cometeram, mas também desta economia mundial tão complexa e intrincada. Estamos numa ditadura económica!
E enquanto nos deixamos dominar cegos por ela assistimos a conquistas sociais que caem por terra, à destruição do SNS, à perda de dignidade no trabalho, a um sistema de educação que não investe no futuro, ao empobrecimento de milhões e ao enriquecimento de muitos, ao desemprego que cresce vertiginosamente, à recessão, a compadrios, ao aproveitamento.
Mas por Deus não digam que não temos a liberdade nas mãos!
Porque o meu tento tenta segurá-la, sabe que é possível fazê-lo, quanto para isto haja vontade, valores, ética e muita força de união e coesão!
Há algum tempo recebi, generosamente, um livro, um perfume, uma história... Uma história passada em África.
Pude passear pela savana Africana, ouvir os ruídos dos leões o casquinar das desagradáveis hienas, ver os crocodilos refastelados ao sol, e claro, sentir, ainda que de longe, o perfume envolvente da savana, aquele perfume que se apodera dos nossos sentidos, que entra na nossa alma e no nosso corpo levando-nos com ele e permitindo que façamos parte dele. É um privilégio sentirmo-nos parte da savana, parte da sua vida, aquela vida que pulsa a cada instante mesmo quando parece dormir.
Este livro oferece a possibilidade de fazermos parte de uma história, de um "mundo", distante e ao mesmo tempo tão próximo.
Conhecer o Daniel e Isabel com o seu amor arrebatador, aquele que possui, que emana de uma força que pensamos não existir. Sorrir com a simplicidade e pureza de coração de Dibó e Clarinha, e viver num tempo que já passou mas que fez e faz parte da nós, foi tudo o que vivi com esta história sublime, escrita com a alma e com o coração.
Infelizmente estas páginas extasiantes já não podem ser adquiridas, mas este autor, Sr. Ludgero Santos, que conheci aqui na blogosfera, e que espero conhecer pessoalmente, tem mais um livro editado - "A Mulher Do Capitão", outro romance intenso.
Espero brevemente podermos contar com mais um, assim termine de o escrever.
O meu tento pode deliciar-se com África contada pela mão de quem lá esteve e lhe sentiu o cheiro e o sabor.
O meu obrigada ao autor por me ter dado este privilégio.
Estive em silêncio, na blogosfera entenda-se, pois não sou muito devota do silêncio, continuando.... estive em silêncio desde o dia em que completei as 40 primaveras, eu quebrarei o silêncio hoje e esperava que o País quebrasse o seu silêncio um dia, um dia não muito longínquo de preferência.
Este silêncio a esta democracia esmagada pelo poder financeiro.
É urgente uma cultura de responsabilidade, um combate à corrupção, numa justiça de confiança e célere, sem prescrições, POR FAVOR. Precisamos de um povo que não se cale, que não se deixe torturar por uma economia que não está, e que DEVERIA ESTAR ao serviço do desenvolvimento humano e social. Precisamos de um Estado responsável, justo e que esteja ao serviço da sociedade que tem em frente e não das economias intrincadas em algumas cabeças pensantes levadas pela corrupção do poder.
É urgente um estado que não se desacredite num "diz que diz" e "não sei o que disse", tal como esta polémica dos subsídios de férias e Natal, que mais uma vez se vem dizer que afinal não será bem assim.
Bolas! Arre! Será que não se vê que a culpa não foi só do Sócrates, que sim, deu a machadada final mas que anos de alternância de poder também fizeram (e não sou uma "vermelha" ressabiada, não tenho partido politico, ainda bem!).
A culpa é de todos os que calamos a estas barbaridades que são do conhecimento geral e que nada se faz. Nada se faz, com medo. Sim! Medo de perder emprego, medo de ser transferido para longe de casa, medo do patronato poderoso que cada vez nos tem mais nas mãos. O medo tolhe-nos!
Existiram abusos, por parte dos trabalhadores? Existiu prevaricação?
Sejamos honestos, existiu sim, muito, e agora paga-se por essa falta de ética, de valores, de cultura e de desinteresse.
E a verdadeira crise é esta. Uma falta de valores e de união. Estou farta de ver pessoas a pensarem no seu grande umbigo, estou farta, farta desta descrença deste desânimo, deste silêncio a que nos condenam e que nos condenamos.
O meu tento regressou assim, na surdina de uma voz cansada
Entrei hoje definitivamente na casa dos 40! Larguei os “intas” à sua sorte e aderi, se bem que involuntariamente, aos “entas”. Uma casa madura, sem o ímpeto juvenil e com alguma sabedoria.
A partir de agora em vez de me chamarem “menina”, como é costume, passarei a ter a designação de “quarentona”! Soa mal?
Não! Os quarenta não significarão mais do que uma passagem para uma casa, uma casa numérica, só isso, nada mais.
Porque eu sinto-me a mesma menina de sempre, que sonha muitas vezes com o impossível, que é arrebatadora na defesa das suas ideias e ideais, atenta a outras opiniões com a voracidade de aprender.
Sou a menina que brinca, que cresce a cada dia, que se envolve na vida com paixão e que se recusa a ser presa por uma casa que não passa mais do que um número, um reles número que vale o que vale.
O meu tento entrou na casa quarenta com os dois pés e com o coração da menina que sempre foi.
PS-Irei estar ausente da blogosfera uns dias, por isso não irei estar por aí. Obrigada aos que aqui vieram=)
Existe alguma lógica infantil que me ultrapassa de todo, bem tento lembrar-me de como era quando eu era criança, mas há dias que o meu tento não consegue...
1 - Porque é que têm sempre fome na hora de ir para a cama?
Nem que tenham acabado de jantar, dá-lhes sempre a fome! Ou a sede....
2 - Porque é que quando não estão a fazer nenhum e pedimos ajuda arranjam sempre forma de aparecerem as mais diversas tarefas da escola? Sim, porque sabem que "as tarefas das escola estão em primeiro lugar."
3 - Porque é que se esquecem de puxar o raio do autoclismo mas não se esquecem dos nomes dos Gormitis todos?
4 - Porque é que quando não gostam de uma refeição lhes dói a barriga? SEMPRE!
5 - Porque é que perdem tantos casacos? E sobretudo, NUNCA se lembram quando os viram pela última vez...
6 - Já agora, porque é que não querem levar o casaco para a Escola? É por não terem frio ou para evitar a reprimenda do casaco perdido?
7 - Porque é que é um sarilho para irem para o banho e outro sarilho para saírem dele?
8 - Porque é que as nódoas de gordura param sempre na melhor camisola? Especialmente na que vestem a estrear!
9 - Porque é que (MEU DEUS porquê) é um sarilho para arrumarem as sapatilhas num cantinho? De preferência no quarto...
10 - Porque é que a roupa suja do saco da ginástica só sai deste no próximo dia em que o saco vai ser novamente necessário?
11 - Porque é que são tão amorosos? É que assim é difícil ralhar! =)
Este tempo corrido que não pára, num momento que parece eterno.
O meu tento anda poético e melancólico, esta fase passa, assim como tudo que passa a correr. Gostava, no entanto, que alguns momentos passassem mais a correr que outros, será que alguém pode dar uma ajudinha a soprar estas marés?
Vou poetisando a crise, pelo menos assim talvez esta maré passe mas rápido e eu sinta que faço algo, nem que seja pelos meus pequenos dedos.