Admito não sou das melhores pessoas a lidar com a critica. Mas há críticas e críticas.
Tal como qualquer ser humano que ande neste mundo já fui criticada imensas vezes. Por norma, se me são dirigidas de forma assertiva e com intuito de me fazer evoluir, são bem aceites e colocadas numa gaveta especial do meu cérebro que está com a etiqueta de "crítica positiva". Incomoda-me quando não supero o motivo objecto de crítica, talvez por muitas vezes ser demasiado briosa, não perfeccionista, mas somente alguém que gosta de evoluir e se sente de algum modo frustrada se não o fizer. E não superar um obstáculo que me imponho a realizar não me agrada. Ter perfil de "I don't care", ou para os mais portugueses, "estou-me na tintas, se conseguir fixe senão porreiro também" seria algo que me pouparia a uns dias de trabalhos de cabeça e de mãos (muitas vezes).
Mas se há coisinha que me deixa a beira de uma ataque de fúria pronta a crivar o pescoço da "vítima" é, não a crítica, mas a dúvida! O duvidarem de algo que faço o melhor que sei, e na qual coloco todo o meu mais do que empenho.
Recentemente fui destacada para uma tarefa específica a qual fui treinada para fazer, que estudei para isso, informei-me sobre isso, e a qual tenho vindo a executar desde há uns dois anos e meio até ao presente. O que fariam se alguém, da mesma profissão que vós, mas sem experiência na área específica, vos dissesse que o que estavam a fazer não era assim? Que duvidasse do vosso acto? Hã?
O que faziam se o digno espécime dissesse uma, duas, três e quatro vezes (depois de lhe ter sido explicado o processo da actuação) que o que fizeram não estava bem, quando a vossa certeza é que ela não sabe e o que diz e estará lá, no fim da filinha, das pessoas capazes de me vir dizer se aquele acto está ou não correcto?
Pois... bem me parecia. Mandavam o tal espécime ir catar macacos lá para os lados do Seringeti!! Foi o que eu fiz, e claro, nada bem recebido do outro lado. Parece que catar macacos não é uma tarefa que agrade a qualquer um...
E eu juro, Deus, e mais pessoas, são testemunhas que eu até aguentei três vezes calada!!!
Se há coisa que não sei fazer, apesar de já ter dominado muito essa minha faceta, é ser meiga quando me pisam os calos! Poderia, e como faço em grande partes das vezes, dar a merecida alfinetada em tom de brincadeira e a coisa seria dita e lá ficaria para que a outra parte digerisse quando quisesse. Pois já percebi que respostas com bom humor nem sempre são entendidas, mas cumprem na mesma o nosso objectivo, que é dizer o que se deve. Mas nem sempre se está de bom humor e com pachorra para dizer o que deve, como se deve, e com florzinhas e sorrisos. Foi mesmo:
"Se quiser certificar-se do que estou a fazer esteja à vontade, mas faz essa vez é para o dia todo que eu vou-me já embora!"
E hoje ainda soube que a menina ficou incomodada e que eu fui grossa... aghhhhh!!!!! Chama-se ao que eu não fiz "saber gerir conflitos", outra coisa que parece que me escapa volta e meia.
Pois, se calhar, fui grossa e olha que acho que não tentaria ser de outra maneira! Ahhh... soube-me bem! Agora vou-me esticar ali para o sofá outra vez!
Eu passo a explicar antes que fujam a gritos, num Blogue famoso está em discussão o assunto dos pêlos. Certo é que vivemos na era do "sem pêlo", com esteticistas e casas de depilação à Brasileira a abrirem guerra serrada aos pêlos. E do outro lado, num contra ataca, também temos a guerra a favor do "como Deus nos fez", agora protagonizada por algumas figuras públicas e até atrizes Hollywoodescas como Cameroz Diaz que chegou até a editar um livro a favor dos pêlos púbicos!
Não sendo eu uma daquelas mulheres peludas, o que é uma chatice pois poderia ser que tendo mais pêlos significasse ter mais cabelos, no entanto, sou favorecida pelo pouco trabalho para me livrar dos ditos, e considero, como mulher ocidental que sou, que uma mulher sem pêlos fica mais, e esteticamente falando, agradável à vista. Senão digam lá se acham que a mulher abaixo, apesar de ter uma figura andrógina, não ficaria mais favorecida se efectuasse uma boa rapadela?
O que eu gostava mesmo de saber é o que as figuras masculinas pensam disto.Gostam ou não de ver as mulheres com pêlo?
Já percebi que há mulheres a favor dos pêlos e suas defensoras acérrimas. Seja pela preguiça dada a imensa trabalheira que dá andar depenadinha, ou porque, tal como há vestuário do século passado que volta a estar na moda, o pêlo também deveria voltar.
Também já consegui perceber que há por aí muito ser do sexo masculino que abre guerra aos pêlos! Sendo o caso deles bem mais complicado, dado que a natureza os (des)favoreceu nesse sentido. Se há uns tempos atrás existiam homens que gostavam de exibir um peito peludo, e até desabotoavam uns botões da camisa a mais para que se tivesse essa visão, podemos agora observar figuras masculinas que preferiam ser descendentes de algumas tribos índias e ser imberbes. O seu peito assim como o resto, e que está visível, note-se, está lisinho e sem um único pontinho de pelinho.
Seja como for considero estas imagens no mínimo bizarras!!
E já que estamos numa de pêlo sim pêlo não, tentem lá ver se preferem com pêlo sem pêlo ou em pêlo?
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Já não é a primeira fez que falo do meu filho pré adolescente e das dúvidas, preocupações e dramas próprios de pais com filhos nesta idade. Embora em todas as idades sejamos confrontados com alguma problemática que normalmente envolve a "fase" etária da nossa prole, esta fase é um nadica trabalhosa... prepare-se quem para lá vai, porque tudo o que vos disseram não chegará perto da realidade...
Pois bem, o meu filho entrou esta semana oficialmente para o grupo dos "teen" completando os 13 anos.
Como todos os anos acedemos ao seu pedido de realizar uma pequena celebração com alguns amigos. Este ano, quando a lista feita por ele me foi mostrada, pude constatar que incluia 10-11 amigos (1 na dúvida), entre eles só 2 raparigas, pensei: "Hum... 10? Nada mau, já tivemos 15 e correu bem. Com 10, e ainda por cima já com mais idade, será ainda mais pacífico". Nada mais errado!! E se eu votasse atrás no tempo esbofeteava-me logo a seguir ao pensamento que tive para ver se abria os olhos. Pensava eu que comeriam qualquer coisita, pois é assim todos os anos, a miudagem só quer brincadeira e não come lá muito e há no fim muita comida estragada (outro erro crasso de mãe inexperiente nas lides dos "teen"). Pensava também que iriam jogar qualquer coisa e ver uns filmes, até porque era isso que o meu filho tinha programado...
Meus caros, ainda estou neste momento a recuperar do choque!!!!
Comer?
O meu marido que fazia o fornecimento de bens alimentares desde a cozinha até à sala chegou a temer pela própria vida! Não sei como saiu dali vivo! As sandes, bem como batatas fritas e afins, quase não chegavam à mesa e já estavam nas mãos destinadas muito antes de ser pousado ou tabuleiro ou terrina. Parece que nos esquecemos do "apetite voraz" de um adolescente, quanto mais de 10 e todos juntos! Conselho. Comprem um grande fornecimento de comida, não haverá estragos. Ah! Mas pelo menos não têm que se preocupar com variedade, batatas fritas preferencialmente as onduladas, não sei porquê. Sandes de preferência com manteiga, e alguns com fiambre, queijo é raro o que gosta. Cones fritos, rolos de salsicha e alguns salgados, mas se isso não entrar também não vem mal ao mundo. De doces chega o bolo de anos e uns queques ou algo simples. Tem é que ser tudo com quantidade. Bebidas. Seven Up. Esqueçam o resto.
Jogar e conversar mais a jeito de uma idade mais madura? Esqueçam. Pelo menos para quem tem rapazes, e cá em casa eram 9, com o aniversariante, mais a única menina que compareceu. Os rapazes crescem em altura, têm uma voz estranha, tanto guincham como falam grosso, mas mentalmente continuam infantis. Agora imaginem aqueles "monstrengos" enormes aos pulos e gritos, nas correria escadas acima escadas abaixo! Teve uma altura em que senti a casa a tremer. Juro!!!
Ver um filme?
Pois sim. Eu é que sou lírica....
Ainda houve a deslocação de um colchão para a sala para que se estendessem mais confortavelmente. O filme começou de facto a dar... mas alturas tantas estavam todos à luta no colchão e era um emaranhado de braços, pernas, guinchos, vozeirões, empurrões e trambolhões que receei ter que chamar o 112 para reanimar algum!
Mas malta saímos vivos, a casa ficou de pé (fora um ou outro percalço), a comida não se estragou e chegou. E sobretudo eles estavam felizes e puderam divertir-se sem ninguém a chateá-los, apenas impondo pequenos limites razoáveis, tais como não deixar que as minhas almofadas de croché servissem para uma luta de almofadas.
Se tentava outra vez? Claro! Afinal só se faz 13 anos uma vez! E para o ano pode ser que os 14 os tenha colocado mais pacíficos.... assim espero.
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Realmente em questões de opiniões e de gostos cada um tem a sua e o seu. Há quem goste de coelho, que eu detesto, seja com que condimentos for. Há quem adore andar diariamente de preto, enquanto eu prefiro cores mais alegres. No entanto, e apesar disso esquecemo-nos frequentemente disso e damos por nós a julgar determinado acontecimento pelos olhos dos outros. Por exemplo, um determinado filme. Se lermos a opinião dos críticos temos um que lhe dará 5 estrelas e outro uma ou até nenhuma! E dirão vocês que deveríamos procurar aquele cuja opinião de assemelhe mais à nossa. Mas como? Se eu ainda não vi o filme! Como? Se o meu estado de espírito do momento pode estar diferente do critico, que vá lá, até vou mais na onda do que ele diz?
Aqui há uns dias surgiu-me uma situação caricata que me colocou a pensar...
Quem me conhece há uns três anos da Blogosfera, e os que têm o prazer (gaba-te cesto) de o constatar pessoalmente, sabem que isto é daquelas coisas que faço de vez enquando e que tento não abusar, pois faz um certo mal à saúde psíquica embora nos queiram convencer do contrário. Mas enfim... o que aconteceu é que a equipa do meu serviço se reuniu para um jantar, após uma formação, tendo faltado uma ou duas pessoas. Uma dessas colegas perguntou para o nosso grupo dias mais tarde, "Então como correu o jantar?"
Resposta de uma outra colega que passarei a chamar de colega 2 :
- A comida estava horrível!
A minha resposta:
- Eu gostei! O arroz de lentilhas estava bom e o peixe óptimo!
Colega 2: - Chiii! O arroz estava uma pilha de salgado (ainda me hão-de explicar porque dizem que está uma pilha quando algo está salgado)
Eu: - Não achei. Estava mais temperado, mas não demasiado salgado.
Colega 2: - A sobremesa estava horrível.
Eu: - Comi ananás e estava bom.
Colega 2: - Estivemos no mesmo jantar?
Eu: - Caramba! Ainda eu acho que sou esquisita!!!
A que nos questionou vendo que isto não iria dar-lhe dicas sobre nada, perguntou a seguir. "E como correu a formação?"
Colega 2: Que treta! Uma das formadoras parecia possuída de tão excitada!
Eu: - A sério? Foi de encontro ao que esperava. E a senhora pareceu-me apenas bem disposta e mais à vontade, só isso.
Não sei o que ficou a pensar a colega que queria saber algo. Ficou certamente a pensar que só estando lá para retirar as sua próprias conclusões que seriam provavelmente diferentes das duas acima.
Agora expliquem-me, com tantos exemplos como estes que andam por aí, como é que ainda ousamos tirar conclusões precipitadas? Como é que ainda nos deixamos levar pelo preconceito e pelo seu irmão gémeo o estereótipo?
Tentem lá dar-me uma razão lógica para nos deixarmos lervar muitas vezes por opinões alheias?
Cada vez mais gosto de decidir por mim o que acho disto ou daquilo, pois já não é a primeira vez que ou me iludo ou até me desiludo.
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Há uns anos atrás, Carl Sagan, um homem multifacetado, defensor do cepticismo (que me faz lembrar uma ou duas pessoas...), e dedicado a múltiplas tarefas e que foi, só para se ter uma ideia, cientista, astrofísico, astrobiólogo, astrónomo, cosmológico, escritor e divulgador científico! O meu cérebro perto do dele devia ser do tamanho de uma noz.
Este Senhor, sim Senhor com letra maiúscula, promoveu a procura de vida extraterrestre, e tudo o que sabia para além do que se vê nunca lhe chegou!
A sua escrita é além de acessível muito apaixonante e interessante. Lembro-me do seu primeiro livro que li "Os Dragões do Éden" que já está velhinho e todos gasto de tantas voltas que levou. É daqueles livrops que dá vontade de pegar de tempos a tempos. E interessante foi uma série televisiva que data de 1980 intitulada de "Cosmos: Uma Viagem pessoal", que ele narrou, escreveu e co-realizou. Lembro-me de a ter visto, mais tarde, numa das vezes que repetiu.
Muitos também se devem lembrar do filme "Contacto" protagonizado pela Jodie Foster e que foi baseado num romance escrito por ele.
Para os que não viram a série televisiva que passou, e para quem não conhece parte do trabalho de Carl Sagan e de todos os que o sucederam, pode assistir agora a nova série "Cosmos". Na minha opinião com imagens magníficas, bem realizado e sobretudo entusiasmante!
Pode encontrá-la nos canais da Fox e National Geographic.
Tentanto aguçar a curiosidade deixo uma pequena amostra
Sou conhecida pela minha incrível teimosia. Que tanto pode ser vista pelo lado positivo como pelo negativo. Pessoalmente prefiro a parte positiva. Teimosia pode dar também em determinação. E se há coisas em que sou determinada é em não gostar da cantora Lady Gaga. Não gosto do seu estilo, das suas músicas e nem das letras.
Mas hoje. Logo hoje, o meu mundo ruiu aos meus pés! Alguém me pregou uma partida e colocaram-me a ouvir, sem eu saber qual a voz por detrás disto:
E só depois de eu dizer "Que intressante essa versão. Mudou o sentido da parvoíce. Quem é?"
Só me apeteceu bater com a cabeça na parede quando a resposta foi "A Lady Gaga!"
Nãoooooooooooooooooooo!!!!!!
Mas continuo na minha onda. Lady Gaga! NEM PENSAR! Embora amoleça e diga, esta até se ouve. Hehehehe
Parece estranho que umas escadas possam causar tanto alarde e tanta confusão. É sempre as escadas... as escadas!!!
E qual a diferença entre estes degraus?
E estes?
Todas as manifestações da actualidade desaguam nas escadarias da AR criando sempre um empurra para lá, empurra para cá. Faz-se questão de subir a escadaria e faz-se disso ponto assente. E passam-se horas a relatar o marra-marra. Há poucos dias foram os agentes de segurança e hoje manifestantes da frente comum.
O que eu proponho é que se pare de obstruir a passagem pelas escadas acima. Deixem a malta subir a escadaria!
Primeiro, porque favorece o exercício físico. Ora se anda meio mundo com as dietas por causa do verão e da antevisão de pneuzinhos à mostra, isso só iria promover o exercício físico, melhorar as tensões arteriais e o colesterol. Assim já seria um ponto positivo na saúde, e olhem que bem estão a precisar deles!
Segundo, acabava-se com a cisma da escadaria. Que até a bonita, toda em pedra e tal, mas que tem sido uma obsessão. Sobem a escada e depois? A sério, digam lá?
Ainda não se percebeu que o objecto de interesse não são "escadas" mas sim "cadeiras". Nomeadamente as cadeiras em que alguns se sentam.
Pode ser que psicologicamente se entenda que ao conseguir subir aquelas escadas se detém o "poder" do nosso destino nas mãos. Ó tristes. O nosso destino não depende de uma escadaria subida à toa. Depende de uma subida concertada, coesa, unida, cívica!... Qualidades raras e em extinção. Os roubos estão às claras, a corrupção também, os casos prescritos, ... e mais... e mais,... e acham que subir uma escadaria resolve?
O que resolve é o que o povo quer no seu conjunto, o que o povo deixa que lhe façam, o que o povo DECIDE!
E digam lá, o que o povo quer é terminar uma manifestação e subir a escadaria da AR. Chegar a casa sentar-se no sofá com o sentimento de dever cumprido "Hoje subimos aquela escadaria". E amanhã voto nos mesmos, amanhã estarão cá outra e mais decisões que nos dão cabo da vida, amahã tudo será igual...
Ora tentem lá subir a escadaria da diferença para a igualdade!
Reparei no calendário que já lá vão uns dias que não faço terapia pelos meus dedos, sim, perdoe-me quem me lê, mas uso este blogue como forma de terapia. Uma espécie de catarse. Além disso, muitas vezes uso as palavras como arma, como forma de luta contra os tempos de agruras que vamos passando. "Cada um luta com as armas que tem" e o teclado é a minha. Embora preferisse lançá-lo à cabeça dos nossos políticos opto por esta via mais pacífica e menos auto-satisfatória.
Numa semana com invasões, não de escadas mas de países, de nadas e de tudos, estive-me completamente nas tintas para o mundo. Perdoe-me o mundo, que eu às vezes até gosto dele, mas há alturas em que o seu mau feitio faz com que ninguém tenha pachorra para o suportar! Eu fiquei sem pachorra. O problema do mundo talvez seja o ser humano, que é um ser algo dado a sofismas. É o belo e o monstro ao mesmo tempo. E para piorar é na maior partes das vezes doutorado em estupidez.
Uma semana se passou sem que aqui pousasse os dedos, sem ser unicamente para esvaziar a minha caixa de correio eletrónico, tenho pavor àquela "caixa de entrada" com muitas coisas a negrito! É uma das minhas taras.
E o que fiz eu?
Vou dizer-vos. Nada! Tentei usar umas tintas acrílicas em papel e o resultado não foi o que eu queria. Pois... eu queria ser o Monet em 5 dias, quem tem essa ideia tire-a já da cabeça, não vai a lado nenhum! Consegui umas quantas pinceladas coloridas que me deixaram bem disposta e relaxada. Não sei porquê, mas relaxa-me andar com o pincel na tinta a colorir um bocado de papel. E claro, aproveito e faço umas sessões de fisioterapia ao braço e à mão. É só coisas boas. Bem... tirando as manchas de tinta na roupa, a sujidade para lavar, a mesa da cozinha (local mais iluminado da casa) ocupada com o meu estendal,...
Também consegui fazer uma santinha em argila, para oferecer. Outro de meus passatempos e para o qual, modéstia à parte, tenho mais jeito. Gosto de fazer presépios e santinhos, e santinhas, originais. Para quem não é católica faço muitos santos e presépios... outro assunto sem explicação. Ou talvez até tenha. Tento fazer objectos católicos mais alegres que tragam uma certa leveza àquilo em que fui educada, esta religião pesada que é o Catolicismo. Presépios em barcos, com cantoras de fado e tocadores de guitarra não pertencem de todo a imagem de sofrimento e pecado.
Em resumo, moranguei pela semana adiante fazendo de conta que não estava cá. Cheguei a domingo e somado tudo percebi que foi um grande nada! Mas desculpem lá, há nadas que sabem bem! E mais vale tentar fazer algum nada que valha a pena, do que querer fazer tudo e sair um nada de um vazio que mete dó. Fiz-me entender?
Aprendemos muitas vezes a rirmo-nos de nós quando identificamos as nossas peculiaridades nos textos que alguns humoristas do momento nos brindam. Ricardo Araújo Pereira aqui há uns dias falava nos praticantes de pré-sono, e que não o admitiam. E para quem não ouviu a Mixórdia desse dia, a pessoa que pratica o pré-sono caracteriza-se por aquele individuo que cabeceia no sofá, insiste que está acordado apesar de todos saberem que dorme.
Eu gostaria de acrescentar que não venho aqui admitir que sou praticante de pré-sono, porque não o sou, mas venho admitir publicamente que sou uma praticante de pós-sono. Uma problemática que aflige muitos dos seres humanos e seus companheiros de acordar!
E o que faz um praticante de pós-sono?
Muito simples, adia ao máximo a hora de se levantar da cama mas com a consistência que já se devia ter levantado! É aquele indivíduo que não se levanta quando o relógio toca. Não. É antes aquele que ouve o relógio tocar e adia a sua posição de verticalidade apreciando, num estado de semiconsciência, aqueles doces e agradáveis momentos a mais nos lençóis fofinhos.
São todos aqueles que apreciam o após acordar ainda bem refastelados na cama, ou espreguiçando-se, ou tendo preguiça, mas sem sair dali, adiando… sorvendo até à última o sono que já foi, e o meio acordado que ainda se está! Adiando até à última a plena consciência e afastamento das pálpebras do globo ocular!
O grave é quando o praticante de pós-sono adia infinitamente o seu relógio despertador causando um ataque de histeria ao seu companheiro(a) de cama e que não está a achar lá muita piada aquela função “snooze” tão prodigiosamente inventada!
E depois há aqueles, que como eu, sabem de antemão o quanto adoram prolongar a horizontalidade no seu amado leito, mas que no entanto temos mesmo que estar acordados e prontos a andar a uma determinada hora! E o que fazemos nós para levar a cabo o nosso desejado intento?
Admitimos com toda a frontalidade que somos praticantes de pós sono! E como tal, colocamos o despertador 20 minutos (para os mais dependentes 30 minutos), antes da hora pretendida para o levante e sabemos que teremos esse tempo para carregar no adiar do despertador! Ahhhh… e sabe tão bem adiar… Só mais 10 minutos…. Tentem lá pôr-me a pé!
Imagem retirada da internet, obrigada a quem a disponibilizou