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Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Despeço-me....

Só.jpg

 

 Sou uma pessoa que durante a vida já teve que se despedir de diversas coisas, pessoas e lugares. Aprendi a não me prender demasiado a nada. Sobretudo a lugares. Já as pessoas é algo que me custa deixar para trás.... Mas com o tempo também percebi que as verdadeiras amizades nunca acabam. Surgem novas e as antigas ficam sempre com lugar cativo.

 

E fiz muitas amizades ao logo da vida que fui deixando espalhadas pelo tempo e por vários lugares.

 

Chegou pois a hora de me despedir mais uma vez.

 

Obrigada por tudo o que partilharam comigo. Tudo o que me fizeram aprender e todo o carinho que me deram este ano. Um ano preenchido de mudanças, umas melhores outras piores, mas onde nunca estive só nem me senti só. Vós desse lado e alguém sempre ao meu lado.

 

Que o novo ano que virá continue a trazer-me com quem partilhar. É disso que é feita a vida.

 

Um feliz 2015 e despeçam-se de 2014 com alegria, sabendo que para traz fica o que nos identifica. As recordações....

 

E até para o ano

Saber ler, ver e olhar antes de provar!

Há uma tradição de família que temos que eu adoro cumprir. Ir à baixa Portuense na altura Natalícia, especialmente ver a rua Santa Catarina a fervilhar de gente.

 

Este ano não conseguimos fazê-lo antes do Natal mas fomos logo a seguir a este, e ainda podia sentir-se o cheiro das festas no ar.

 

Mas esta visita à grande Invicta fez-me perceber que o facto de estar a viver há algum tempo tempo no interior Transmontano está a por-me, como dizer isto... meia simplória e algo parola. Eu explico já resumidamente o que me leva a esta constatação.

 

Fomos ao Via Catarina almoçar e enquanto os meus meninos acabavam o seu repasto eu dirigi-me a um pequeno quiosque pensando em comprar algo que me fizesse sentir com os dentes lavados. Nada como uma boa ilusão.

 

Não podendo eu mascar chicletes. Ordens do dentista que eu gosto de cumprir. Restava-me umas folhinhas de sabor a menta que se desfazem na boca deixando um hálito fresco, e que eu me lembro de existirem.

 

Chegada a esse quiosque apoio-me na vitrina do balcão e fico a olhar para a zona das pastilhas elásticas. Ao lado destas pousam umas caixinhas parecidas com as pastilhas e que possuem também diversas cores. Escolho a azul porque me parece ser a de menta. A menina ao balcão diz-me.

- Olhe que isto não são pastilhas, são umas folhas.

- Ah. Sim eu sei. (pensava eu que sabia....)

 

Mas saí do local da aquisição abri o produto e, sem ler, pego numa folhinha coloco-a na boca esperando ansiosamente por um hálito fresco e...

- AGHHH!!!!

 

Esta porcaria não sabe a menta e não se desfaz!!!

Pudera!

Comprei folhas para enrolar tabaco!!!

papel cigarro1.JPG

papel cigarro2.JPG

Mas antes de me gozarem pensem lá bem! Quem é que coloca papel de enrolar tabaco ao lado das pastilhas elásticas?!?

Já agora, a menina do balcão podia ter-me avisado que eram folhas de papel, não para mascar e sim para enrolar tabaco!

 

Agora podem rir à vontade....

 

 

 

 

Natal perdido no tempo

pinheiro de natal.bmp

 

Hoje, e ao contrário do que é usual, sou acordada pelo meu pai.

-O que se passa?! Pergunto com ar assustado e estremunhado.

-Nada! Só que hoje vais comigo buscar o Pinheiro de Natal! Veste-te rápido e toma o pequeno-almoço. Em meia hora saímos.

 

Claro que ele sabia que meia hora não chegava…

 

Passada uma hora estava pronta e bem agasalhada. Lá fora esperava-nos um céu cinzento claro e um dia frio.

A marcha começou para a floresta onde o meu pai pretendia “chacinar” um pinheirito jovem que não veria mais a luz do sol, mas que se iria orgulhar de brilhar com luzes Natalícias durante 3 semanas.

 

A caminho do “Lago”, o terreno que era do meu avô, e onde cresciam alguns Pinheiros, eu imaginava uma família dessas árvores sem esperarem que um deles se iria embora para sempre! E que em lugar de ocuparem e embelezarem aquela pequena floresta estariam a servir os propósitos de embelezamento Natalício de alguém.

 

Quem inventou essa do Pinheiro? Há muitos Carvalhos por aí! Escolham um e deixem-nos em paz!

Pois meus queridos, mas vós sois mais bonitos e ficais lindos com enfeites e luzes a piscar! Além disso, podeis ver algo diferente, alegre, divertido e feliz! Qual é o Pinheiro que não sonha em ser a árvore de Natal de duas crianças e fazê-las sorrir todas as manhãs? Hã?

 

E não esqueçam que está para aí a moda das árvores de Natal artificias, não tarda nada sereis deixados em paz. Por isso desfrutai enquanto é tempo!

 

Por fim, chegamos ao que meu pai dizia ser o Lago, sem lago e com Pinheiros. Escolhemos… escolhemos. Um muito pequeno. Esse não! Outro torto. É que nem pensar! Outro ainda com a copa larga de mais. Eis que surge o perfeito! Ali escondido pensava que escapava! Malandro! Anda daí. Já!

 

O céu cinzento claro desceu até nós e traz um nevoeiro cerrado. Meu pai, com o Pinheiro perfeito às costas, dá voltas e mais voltas. Percorremos mais caminho de volta a casa do que para encontrar o Pinheiro perfeito!

- Olhe lá pai, não estamos perdidos?

- Não! Achas que me perdia? Já andei muito por aqui à lenha e às pinhas minha menina!

 

O certo é que me parece que já passamos por aqui pelo menos três vezes! Se não andamos aos círculos andamos aos quadrados! Mas ninguém me convence que não estamos perdidos…

 

Apesar do frio vejo gotas de suor no rosto do meu pai. Será um Pinheiro pequeno assim tão pesado?

- Ó pai está a ficar mais escuro… parece que vai anoitecer. Tem a certeza que não estamos perdidos?

- Já te disse que não estamos perdidos! Já voltamos para casa, eu só quis ver como estavam estes terrenos aqui para cima. Tem calma.

 

Hummm… eu tenho calma ele é que não parece estar muito calmo! Parece suar cada vez mais e com o Pinheiro às costas dá-lhe para passear a estas horas?!!

 

Derradeiramente noite estendeu-se sobre nós quando pudemos aconchegar-nos ao lume da estufa. Irra que frio!

 

O Pinheiro espera para amanhã.

 

Ouço uma conversa de surdina entre meus pais

 

- Estava mesmo aflito! Não conseguia achar o caminho de volta com aquele nevoeiro todo! E como já não ia para aqueles lados há algum tempo pior foi!

 

Tcharamm! Eu não disse que estávamos perdidos?!!???

 

 

 

 

Conversas de rua - "Saber"

Gelo.jpg

À saída de um banco numa cidade Transmontana surge uma improvável conversa entre dois desconhecidos....

 

- Já viu este frio? Que diabo!

- Sim está de facto muito frio, mas estamos no tempo dele...

- Pois, mas isto não se admite! No resto do país está sol e aqui é isto!!!

-(cara de espanto e um grunhido)

-  Mas também estes agora nem sabem dizer nada de jeito! O outro que morreu é que sabia dizer bem o tempo!!! Estes agora não sabem nada!! Isto não se admite!!!

-(nova cara de espanto)  Bem... O certo é que está assim, o que está a dar é o agasalho. Bom dia minha senhora.

 

Pensamentos que surgem após a curta conversa.

Não importa saber o que se diz, mas sim saber dizê-lo com sabedoria!

 

Aprendam que eu não duro para sempre!

 

 

Foto retirada da internet, obrigada a quem a disponibilizou já que não sei onde está a que eu tirei...

 

Atendado aos Direitos Humanos

sem-abrigo2.jpg

Surge na grande cidade Invicta um movimento intitulado "Uma Vida Como a Arte", que prevê um grupo de sem abrigos a mover uma acção em tribunal contra o Estado.

 

Obviamente estão a ser ajudados por uma advogada a título pro bono. Pensam pelo menos chamar a atenção para as condições em que vivem. Muitos com o Rendimento Social de Inserção - RSI -  que atinge o valor máximo, para alguém que vive sozinho, de 178,15 euros.

 

Ora, eu já ouvi falar-se tanto contra este RSI.

 

Claro que há muitos a lucrar com este RSI. Muitos que não o merecem e que estão a tirar a quem na realidade precisa mesmo. Mas será que por isso deveremos retirar a todos?

Fala quem tem a barriga cheia, é o que normalmente penso.

 

É fácil dizer, como vi num comentário à notícia em questão no Jornal Público, que arranjem trabalho! Não querem trabalhar! Pois... deve existir quem não queira, mas há muito mais quem quer e não lhe é dada a oportunidade. E por isso julga-se. Julga-se demasiado...

 

A mim chateia-me deveras que haja quem receba e viva do RSI e de outros negócios não declarados à socapa e receba bem mais do que eu! Mas chateia-me mais saber que há quem precise de comer, vestir, calçar-se, ter um tecto decente e não tem nada! E acham que com 175 euros se fez o quê?

 

E tal como diz a notícia. Têm isenção de taxas moderadoras mas com que dinheiro é que compram a medicação? E só quem tem medicação crónica para tomar é que sabe o quanto gasta!

 

Resta-lhes a esperança...

A esperança que um dia existirá que não se aproveite destes dinheiros e um dia existirá quem não precise deles.

Exploração infantil?

Kristina1.jpgA menina da foto dá pelo nome de Kristina Pimenova, está considerada a menina mais bonita do mundo por agências de modelos especializadas.

 

Fazendo um pequeno aparte no assunto que queria falar, deixem-me que diga que isto de usar o grau do adjectivo superlativo relativo de superioridade (estive a estudar Português com o meu filho...) e considerar alguém "a(o) mais" bonita, a(o) mais sexy, a(o) mais magra, a(o) mais mal vestido ou bem vestido, é de facto extraordinário. Dá-me ideia que alguém andou a realizar uma volta ao mundo para averiguar e comparar as qualidades, às vezes os defeitos, para poder realizar uma lista com direito a lugar de pódio e enumerar por ordem decrescente o resto do pessoal.

 

Voltando então a menina, que de facto é extraordinariamente bela, há em torno dela uma polémica pois muitos consideram que ela está a ser explorada pela mãe. A mãe também modelo, refere que a criança, que tem 9 anos, se diverte e gosta das sessões fotográficas.

 

Acredito na mãe. A maior parte das meninas gostaria de experimentar roupas e fingir que são modelos, neste caso não é ficção. A verdade é que muitos consideram o perigo da exposição desta criança em fotos em que se diz que está com ar provocador.

Kristina2.jpgIsto gera comentários pouco próprios para a idade da menina e os pedófilos estão por toda a parte.

 

Surgem então as minhas questões. Ando numa de questionar o que vejo, faz bem e deve prevenir a visita do Alemão o Sr. Alzheimer.

Será a foto que está mal, ou a será antes a forma como muitas mentes mentecaptas olham para ela?

Tudo bem, posso concordar que isto é de certa forma exploração infantil.

Mas e então as crianças que participam em filmes, muitos até violentos? Não será exploração?

E as crianças das telenovelas, que muitas vezes pela intensidade das gravações os estudos ficam para segundo plano?

 

Mas a verdade é que o mundo não é perfeito e existem pessoas com uma mente nojenta, asquerosa, e vil. E  se eu tivesse uma filha, com ou sem o tal grau de adjectivo, não me sentiria bem sabendo que alguém a observaria não como uma criança, com o olhar inocente, mas antes como um objecto sexual. Isso assusta qualquer mãe!

Kristina3.jpg

 

 

 

Onde é o limite?

collie em loja.jpg

Este ano, finalmente,  saiu a lei que penaliza os maus tratos aos animais e diz ela que "quem, sem motivo legítimo, infligir dor, sofrimento ou quaisquer outros maus tratos físicos a um animal de companhia é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias".

 

Pergunto-me se uma animal em exposição numa vitrina de uma loja de animais não estará em sofrimento?

 

Para quem entende um pouco de canídeos diria sem sobra de dúvida que sim. E com algumas raças esse sim é tamanho XXXL!

No fim de semana entrei numa grande superfície cujo objectivo não é a da venda de animais mas que possui uma secção que os tem. Falo da loja Bricor no Mindelo. O que vi naquela loja fez-me questionar onde estaria o limite para os maus tratos?

 

Nas várias vitrinas podia ver-se dois cães da raça Sptiz anão, que brincavam no meio dos seus dejetos, e um que me chamou a atenção, tal era o seu nervosismo, já que se mordia, e tinha um olhar vazio. Falo de um cão raça Labrador. Ele estava com os jornais por baixo de si rasgados, as fezes já não eram limpas há algumas horas, a jaula estava pois bem suja e o pobre do animal também.

 

Ora quem conhece esta raça sabe que eles detestam ficar privados de companhia, nada os faz sofrer mais. E não é alguém a bater no vidro (apesar dizer para não o fazer) que lhe traz o convívio desejado. Além disso, necessitam de exercício, não só físico mas sobretudo mental. Brinquedos mentalmente estimulantes, por exemplo. O cão em questão para além do espaço exíguo só lhe restava brincar com o seu cócó ou o jornal encharcado de urina.

Pergunto eu.

Isso não será infligir dor e sofrimento sem um motivo legítimo?

Qual a legitimidade de fazer sofrer um animal só para lucro próprio?

Quando é que se acaba com isto?

 

 

 

 

 

 

 

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