Assisti a uma cena que me fez reflectir sobre esta palavra negativa, o "não", que penso que, ou é usada vezes demais, ou simplesmente não surge quando deve surgir.
Uma criança, daquelas que quer ser criança, brincar no chão, pular, esfregar-se na parede, pintar com as mãos, enfim, fazer um certo número de coisas que coloca qualquer mãe em estado de alerta. O que é que se ouve? O "Não"
- Não vás para aí que te sujas!
- Não pules tanto, pára quieta!
- Não brinques no chão, olha o vestido, ou os calções, ou calças, ou qualquer peça de roupa que perece ser única!
- Não subas para a árvore!
- Não faças festas ao cão. E falo de um cão meigo, doce e que ama crianças.
- Não vás para aí!
- NÃO!!!
Caramba! Existirá algo melhor que fazer um bom bolo de lama!?!
Foram os melhores bolos que fiz quando criança! E quem sabe se não será por isso que sou boa na cozinha (exagero meu).
Lembro-me de quando íamos ao parque com o meu filho e ele não ligava nenhuma ao escorrega, ao baloiço ou a qualquer brinquedo lindo e convidativo! O que ele queria era sair dali e brincar na gravilha à volta do parque!!!
Pois malta, sujar-se! E que fazia eu? Olhem, deixava. Afinal a água lava a roupa, e convenhamos aquela roupa não havia servir-lhe por muito tempo. Porquê? Porque eles crescem!!! A uma velocidade alucinante!
Se não sujarem agora a roupa, brincando sentados no chão, como se ali estivesse imaculado e fosse esse o seu local preferido! Se não pintarem com as mãos, se não mexerem, explorarem, subirem às árvores, fizerem festas a cães e a gatos meigos, quando é que vão fazer? Como podem saber crescer?
Parece que se quer criar um ambiente asséptico, como se uma criança tivesse que crescer num ambiente género "bloco cirúrgico". E criam-se medos terríveis. Ai cuidado com os ácaros! Cuidado com as bactérias! Com os bichos pequeninos que não vês mas estão aí! Cuidado com os pêlos e a saliva do cão que te lambeu a mão!
Irra! Pois... vacinem as crianças mas não as deixem criar as defesas contra o mundo que a rodeia! Isso também é vacinar! Sem exageros, como é lógico, mas nos dias de hoje a balança pende para o estéril!
Diz-se demasiado Não quando se deve dizem sim, e demasiado Sim quando se deve dizer não!
Hoje falávamos sobre profissões com o meu filho, que no próximo ano terá que escolher uma das áreas disponíveis na Escola dele. Explicávamos algumas das saídas profissionais de cada área e calhou falar na profissão de cirurgião ao que ele respondeu de rajada.
- Isso nem pensar! Não posso!
- Pois filho, é muito sangue e entranhas, não é?
- Não. Não é por isso! É que quando eu tiro algo do sítio quando tento voltar a colocar no lugar nunca fica na mesma ou falta alguma coisa!! Imaginam o que é eu andar a operar e na hora de voltar a colocar tudo nos devidos lugares faltar alguma peça ou não conseguir encaixar tudo como estava!!!!??? Básicamente tenho jeito para dessarumar, mas para arrumar esqueçam!
Alguém teve uma brilhante ideia! Nada de novo mas que posto em prática parece novo.
Ou seja, um iluminado(a) lembrou-se de editar livros de colorir para adultos! Afinal pintar relaxa, é verdade. E onde quer que se vá vê-se prateleiras cheias destes livros,
E dão uma imagem "adulta" à coisa dando títulos como "Mindfulness", afinal título em inglês é sucesso garantido da coisa! Alguns até oferecem lápis de cor com a compra do livro! Hã? Querem melhor?
Para quem não quer gastar muito a comprar um livro destes, e não se importar de ser apanhado a colorir algo "menos adulto", pode googlar umas imagens para colorir que também não são nada feias. Género esta,
Por isso, Fatia Mor, quando colocares o papel cenário na tua parede para a tua filha pequenita pintar, pinta também! Ela fica com a parte de baixo e tu com a parte de cima! Sais de lá como se tivesses feito uma massagem! Dou boas ideias hã?
E da forma como nos dias de hoje a malta necessita de relaxar estes livros vão vender como pão quente!!!
Estar numa sala de espera a aguardar consulta médica é sempre tema para um post. Primeiro, porque se encontra de tudo, o menino que não está quieto, o leitor(a) de um livro de qualidade, o leitor de jornal que leva com ele o Jornal de Notícias, a Bola, o Record e, no pior dos casos, o Correio da Manhã. Nesta qualidade de leitor de jornais temos duas espécies, o que lê e se cala e o que lê e a seguir comenta para o lado qualquer notícia, estejas ou não interessado! Existe também a jeitosa, a pintadinha, a idosa simpática, as pessoas que colecionam doenças e se rivalizam com as mesmas e, claro, a bloguer que realiza anotações mentais para um futuro post.
Claro que para quem está 3 LONGAS e miseráveis HORAS à espera de uma consulta, presumivelmente, marcada para as 9:00 da manhã há sempre tempo para observar até as ínfimas frechas da parede do Hospital!
A primeira hora ainda desculpamos o atraso, afinal imprevistos surgem, principalmente quando existe doentes a precisar de falar. Mas 3 horas é muito imprevisto! Ou má organização. No caso, é mesmo má organização. Passada a primeira hora e meia, de rabo e costas doridas da cadeira, a menina aqui levanta-se para perguntar se na secretaria farão alguma ideia de quanto tempo demorará mais o doutor a chamar, não, não sabem... o Sr.Dr. chama por ordem de chegada, respondem. "Colocamos lá os processos e depois ele chama por isso, não fazemos ideia de qual é o andamento, apenas sabemos que demora". Ok... lá vai a menina sentar-se e verificar mentalmente, já que nas salas de espera se usa muito a parte mental, quem é que chegou antes e depois dela. Como estão ali doentes para outros médicos a tarefa não é fácil, mas assim que a sala começa a esvaziar já começamos a ter uma noção.
Passam 2 horas e um quarto, e depois de ter sentado, levantado, ido ao WC duas vezes, ter andado pelos corredores e ter mudado de lugar porque o antigo foi ocupado, vejo que chama uma pessoa que tinha chegado depois de mim, deixei passar, se calhar não vi bem. Mas, entretanto, chama uma idosa que tenho a certeza que chegou depois. Levanto-me e vou outra vez à secretaria, desta vez está uma funcionária que conheço. Pergunto, "Afinal é por ordem de chegada ou pela ordem do Doutor?", como ela me conhece já consegue ver no computador quem está à minha frente e, de facto, as duas pessoas que chamou tinham chegado depois. Peço o livro amarelo, resposta da funcionária "Não faças isso porque senão é que ele nunca mais te atende!", levanta-se e vai falar com o médico, ao regressar trás uma explicação com lógica "O doutor chamou aquela senhora idosa antes porque já a conhece e sabe que ela não pode esperar muito e tu tens mais uma pessoa à frente e és a seguir."
Agora o que não tem lógica nenhuma é, a idosa, que não pode esperar muito, esperar ali 2 horas!! Quando se tivesse hora marcada, e o sistema de hora marcada fosse mais ou menos seguido, claro que com os tais atrasos imprevistos, não teria certamente esperado tanto. Nem ela e nem eu! O sistema ali é assim: Marcam tudo para a mesma hora e depois é consoante a ordem de chegada e a ordem do Doutor. Irra!!! Será complicado marcar uma hora e nem nós esperamos tanto nem as salas ficam tão cheias a abarrotar?
Há alturas em que me parece que há profissionais que gostam de ver o circo pegar fogo!!!
Este fim de semana fomos até à aldeia dos meus pais. Uma terreola perdida no Planalto de Jales onde antigamente se encontravam as únicas minas de extracção de ouro do país, Minas de Jales. O ouro foi-se, a maioria das pessoas também. Mas claro, que é um local visitado, principalmente pelos filhos das gentes da terra, como eu.
Turistas?
Lá terá alguns, contados pelos dedos e sem grandes trabalhos, nada como no Grande Porto ou Lisboa. E dei por mim a questionar-me quando vi uma placa que fotografei,
Esta gente está doida?
Village e Camping???!!!
Isto para dizer que há umas casinhas de aluguer numa barragem perto de Vila Pouca de Aguiar.
Se esta placa é para turistas? Já agora facilitem a vida aos mesmos e mudem o nome das terreolas do planalto.
Por exemplo:
Campo de Jales passa a ser "Jalles Field"
Raiz do Monte - "The Root of Mountain"
Villa Pouca de Aguiar - "Litle Town of Aguiar"
E como há muita gente que vai às termas em Chaves não se podem esquecer de tirar a plaquinha que diz Chaves e colocar em substituição uma a dizer "Keys"!
Irra! Quando é que será que os portuga aprenderão a ter orgulho na língua e no que é da terra?
Não me admira que se venda o país a retalho se os que vivem cá já assumiram que isto já não é nosso, por isso, mais vale começar já a poupar trabalho e a colocar as plaquinhas com a língua certa...
Ó tristes!!!
Agora façam lá ideia como é que as gentes de lá pronunciam aquilo que está ali escrito...
Acho que até as vacas, que são os seres vivos que mais olham para a placa naquelas paragens, a olham com desprezo!
Entra em casa e há vários objectos espalhados pelo chão! Algo aconteceu aqui! O coração aperta-se enquanto sobe as escadas. Sangue!! Ó Deus! Um corpo no chão! O que faço?
Estes assassinatos têm-se sucedido aqui no bairro. Aparecem corpos que nunca vimos transformados em cadáveres. Um serial killer amedronta a noite qual fantasma de terror que escolhe a escuridão para emudecer os gritos das suas vítimas! Implacável, ele estraçalha qualquer hipótese de reacção!
Conta-se a história de alguém que chegou a casa e ainda viu o corpo, o predestinado dessa noite, inerte no chão. Tentou salvá-lo em vão, um último suspiro foi dado nos seus braços...
O pavor espreita e na mente surgem questões...
Quem será a próxima vítima?
Quem imagina que uma cara de anjo possa ser um assassino?
O Serial Kiler de cá do bairro que em duas semanas aniquilou uma pequena cobra, três passáros, dois ratos, e ainda o que não foi visto!!!!
O povo Grego levantou-se mais uma vez para reagir. Este não foi sobretudo simbólico, um "não" à austeridade que não tem levado a lugar nenhum! Um não a esta Europa austera, anti-pessoas e pró- capitalista. Uma Europa que se tem esquecido que a economia utiliza-se para servir as pessoas e não o contrário! Uma Europa de números, tabelas exel, e não de pessoas.Uma Europa da Merkel que representa tudo aquilo contra o qual já lutamos...
Ouço, e leio, muitas vezes estes dias, em que a Grécia se tornou tema de conversa, "Se nós, povo português, pagamos as nossas dívidas eles que paguem também! Andam agora a armar-se em espertos". Isto é interessante, e faz lembrar aquela altura em que no sistema público se passou a trabalhar as 40 horas com os palermas do sistema privado (desculpem mas é verdade) a esfregar a mãos e a rirem-se maleficamente "Se nós fazemos as 40 horas façam também!!". Isto em vez de se unirem todos para que TODOS trabalhassem as 35 horas.
Em relação à Grécia e a Portugal passa-se o mesmo. Porque é que o povo português não acorda finalmente e segue o exemplo da Grécia e diz NÃO de uma vez?
Ninguém está aqui a dizer que não se deva honrar as dívidas. Mas e que tal uma renegociação da mesma e dos seus juros estratosféricos?
Que tal por uma vez na vida os portugueses ousem! Ousem em reagir e agir! Em ser diferentes e não umas "Maria vai com a outra!".
Mas não. Resgatam-se Bancos que roubam, que corrompem, que.... (deixem-me estar calada!)
Vende-se o país a retalhos e ao desbarato. Mandam-se os licenciados e os jovens para fora do país (jovens e não só). E fica-se na miséria. Agora, alguém que me tente explicar, por favor, em que é que a tal austeridade resultou? O que é que ela fez de bom?
E a Alemanha? Que com isto se esqueceu que por lhe ter sido perdoada uma dívida é que pode estar onde está e ocupar a posição que ocupa? Sim. Meus caros, ainda e sempre essa dívida. Não dá para esquecer... ainda não. Sobretudo com esta Merkel à frente.
Outra coisa. Parece que dizer umas verdades incomoda e fere susceptibilidades e, como tal, há que lançar essa mesma verdade para longe dos ouvidos. Com isso sai de cena Varoufakis o Ministro que ousou.
Durante a semana foi alvo de várias críticas da opinião pública a "queima do gato", uma tradição de uma aldeia do Concelho de Vila Flor. Não vou colocar aqui o vídeo já que penso que foi mais que visto. Confesso que não o visualizei, não consegui, se já sabia no que ia dar achei que não valia a pena.
A dona da gata. Sim pelos vistos há alguém que ache que um animal ficar com medo de ser queimado e estar a aquecer num panelão é "tá-se bem!". Como ia dizendo, a dona da gata foi acusada pelo PAN (Partido Pessoas Animais Natureza) com uma queixa-crime e o município também não saiu ileso. Mas já a AMICA (Associação Amicus Canis), de Bragança, tinha avançado com uma queixa nos mesmos moldes. Até porque consta que maltratar animais é crime. Mas, pelo que perece, foi só coisa para calar as associações de defesa dos animais...
Dias mais tarde a Associação Midas denunciou outra tradição numa aldeia, Ruivós, que consta em enterrar um galo deixando-lhe a cabeça de fora e cada um, crianças incluídas, vão-lhe dando marteladas na cabeça até o desgraçado morrer torturado.
Para quem quiser ver é só clicar na ligação: https://www.facebook.com/ana.photos.9/posts/914320651964176
Ontem a RTP transmitiu, mais uma vez, uma tourada! Sim. A televisão pública!
Agora, por favor, alguém que me explique qual a diferença entre as "tradições" animalescas que descrevi?
Ao que perece a palavra "tradição" é livre conduto para se realizar torturas contra seres vivos para gáudio de alguns.
E peço que não venham com os argumentos do, "Ai e tal come-se carne e ninguém se preocupa com os animais que são mortos para se comer". Primeiro, há sim quem se preocupe e quem até já se tornou vegetariano devido a essa preocupação. No entanto, matar um animal para satisfazer uma necessidade alimentar é completamente diferente do que TORTURAR um animal só que sim, só porque é tradição, só porque me diverte ver um bicho a sangrar e a lutar pela vida deseperado. Ao que parece isso dá vontade de rir e diverte.
Já agora o argumento de "Ai não se preocupam vocês (os que defendem os animais) com as pessoas e os sem abrigo e tal". Meus caros, desde quando preocuparmo-nos com uns, implica não nos preocuparmos com outros?
Para quem quiser denunciar tradições inimigas doa animais à Associação Midas deixo a ligação:http://www.associacaomidas.org/tradicoes-inimigas-dos-animais
Para quem quiser escrever para o provedor do Telespectador deixo a mensagem sugerida e a ligação:
"Exmo. Senhor Provedor, No dia 2 de Julho a RTP transmitiu em directo uma corrida de touros. Como cidadão quero manifestar a minha profunda indignação pela promoção na televisão pública de uma espectáculo polémico, violento e que promove maus tratos e sofrimento aos animais. Solicito por isso que a RTP se abstenha de transmitir este tipo de programa no futuro e assuma uma posição isenta em relação às corridas de touros, respeitando as apreciações do Provedor do Telespectador e a maioria da sociedade portuguesa que rejeita este conteúdo." Obrigada"