Exemplos de caras que eu faço quando alguém me cumprimenta e eu não me lembro do nome...
Infelizmente tenho uma péssima memória fisionómica! Há o normal, que penso que acontece com a maioria das pessoas, em que não nos lembramos do nome de quem nos está a cumprimentar. Ou então vemos alguém e sabemos que conhecemos aquela pessoa e não sabemos de onde. E depois existo eu, a desmemoriada patológica!
E não é da idade, não. Eu sempre fui assim!! Provavelmente a idade tem acentuado este problema... E garanto, é um problema do catano!!! Muitas pessoas se chateiam comigo, outras devem pensar que sou dada a manias e que não ligo a ninguém. A penosa verdade, é que não me lembro mesmo da pessoa.
Uma cena que me aconteceu há uns dias pode ilustrar esta minha triste faceta.
Passo pela sala de espera, da Instituição onde trabalho, e está lá sentada uma senhora que me sorri como se me conhecesse muito bem, e eu sinto que me devo lembrar dela melhor do que só dar um sorriso de volta. Ainda por cima algumas pessoas do serviço falam-lhe como se a conhecessem bem. Mas tento abrir todas as gavetas da minha memória cerebral e não sai de lá nada!!! Volto para trás, fingindo que me esqueci de algo, e entro no gabinete da minha colega, que conhece meio mundo.
- Por favor vai à sala de espera agora e diz-me se sabes quem é uma senhora que está lá. Ela sorriu-me e eu sei que devia lembrar-me dela mas não me lembro.
A minha colega faz uma pose com mãos nas ancas e diz - Já sei de quem falas porque já passei por lá. P'amor de Deus! Tu não sabes mesmo que é?
Angustiada confesso que não faço mesmo ideia de quem seja.
- Tu trabalhaste 3 meses na extensão onde ela faz a limpeza e davas-te muito bem com ela!
Bato com a mão na testa depois de se fazer luz! Devia ter batido com força porque merecia. E claro saí a correr para cumprimentar a senhora.
Isto é um ínfimo daquilo que me acontece. Cheguei até a esquecer-me de nomes de colegas de escola, isto depois de só se passarem as férias!!!! As férias grandes, também não exageremos.
Buscar a aprovação dos outros sem querer transformou-se numa meta. Mas nunca seria perfeita. Em adolescente não era bonita o suficiente porque o cabelo fraco e escorrido não deixava. Já dizia a minha mãe, enquanto segurava com olhar de desdém uma mecha do meu triste cabelo, “Se tivesses um cabelo melhor serias bonita”, isto para não falar das orelhas, ligeiramente abanico e assimétricas, que pouco ajudavam à festa e teimavam em aparecer por baixo do parco cabelito. E se alguém da aldeia dissesse, “A sua filha é uma das moças mais boinitas da aldeia”, havia sempre uma palavra para chamar à razão, um fazer descer à terra do lunático(a) que proferia tal barbaridade! “Mas já viu fulana de tal!? Já viu aquele cabelão que ela tem! E o corpo de mulher?”. Pois… também era demasiado magra…
E como se não fosse suficiente havia a minha personalidade, demasiado impulsiva, demasiado coração na boca, vontade demasiado forte e demasiada emoção e pouca razão. E por falar em pouca. Era pouco carinhosa, tinha pouca diplomacia, pouco prendada para a costura, pouco mulher, pouco quieta…
As inseguranças perseguem durante anos, e durante anos queremos nos livrar delas. E quando pensamos que o fazemos lá aparece uma a espreitar. Isto porque agora a busca pela perfeição permanece. Será pedir muito que gostem de mim como sou, uma perfeita imperfeição?
Srerá por tudo isso que não lido bem com a crítica, nunca lidei. Talvez porque me mostrem o óbvio, não sou perfeita. Provavelmente nem eu me aceito como uma perfeita imperfeição. Mas mostrarem por A+B que eu errei, quando eu já sei que o fiz, transtorna-me. Eu nunca esfrego os erros na cara dos outros e espero que tenham a mesma consideração comigo.
Exporem-me os meus erros faz-me ver que nunca terei o que quero, nunca serei boa em nada. Atenção, não que eu não saiba que se erra, que se aprende com os erros, mas tem alturas que me parece que os meus erros não são aceites. E isso faz-me questionar,
Será que erro demais?
Serão que os meus erros são assim tão maus de aceitar?
Será que serei mais fácil de amar sem erros?
Tem dias que acordo e gostaria de não ser quem sou. Porque olho para o lado e vejo que os mesmos comportamentos nos outros são aceites e tidos como “deixa lá!”. Mas comigo dão sempre um relambório de “podias fazer melhor”
A par da Mula, e dos seus desabafos, também irei dar aqui a minha opinião sobre o novo filme da saga “Cinquenta Sombras de Grey”. Preparem-se....
Espantem-se se quiserem, li os livros. Se é que se pode dizer que se lê algo quando se passam algumas folhas para a frente e se lê obliquamente, mas pronto, passei os olhos pelos 3 livros da saga. E até hoje não consigo entender o sucesso daquilo! Está tão mal escrito que até dói! E nem sequer a ideia é original! A mocinha ingénua que tenta mudar o rico homem rico, cheio de cicatrizes psicológicas e físicas e que vive com ele um sonho de Cinderela! O rico homem muda, apaixona-se por ela e juntos vivem um amor tórrido! Existiu a introdução de algumas práticas BDSM, o moço tinha alguns gostos, digamos, peculiares. Ao longo da Saga a moça percebe que também partilha desses mesmos gostos. Gosta de umas palmadas, do jeito que não sejam de força de mais!
Muito se falou na altura sobre isto!!! Segundo alguns críticos aquilo incrementava a violência e blá, blá, blá! Não sei o que é que aquela gente leu, ou viu, mas eu não vi incremento nenhum! Aliás, ela manda-o dar uma curva quando ele é demasiado possessivo e quando as palmadas são mais pesadas do que ela queria! Questiono-me se isto das críticas se não seria uma técnica de venda! E das boas!
Quanto ao filme. Se não fosse acompanhada com amigas, que se queriam divertir, não iria ver. Não é um filme que valha a pena a deslocação ao cinema. Mas assim em grupo achei engraçado. Neste segundo filme os actores parecem mais à vontade e sem estarem tão presos ao livro. Interpretaram sem soar a falso como aconteceu no primeiro. De resto é um filme com uma moça e um moço que ficam bem no grande ecrã, pois quem é que não gosta de ver bons espécimes da raça humana?
Além de tudo as cenas são eróticas q.b. e com uma certa beleza. O quarto de "ferragens" do tipo, onde ele expõe as "coleiras", chicotes e outras ferramentas, não me pareceu nada soturno mas sim algo interessante e onde se pode fazer uma excursão. Género excursão a museu. Isto para saber para que é que servem todos aqueles apetrechos! Às vezes ficava na dúvida se o tal quarto seria para cavalos ou pessoas!
E por falar em apetrechos fiquei curiosissima com umas bolinhas em cordão que mostra a personagem super satisfeita com o seu uso!
Vá, até se aprende umas coisas, por isso deixem-se de falsos puritanismos!
Meus caros, para os que têm filhos e em que os mesmos ainda não chegaram à adolescência, preparem-se para ter sempre o frigorífico e a despensa vazia! Ah! mesmo que tenham ido às compras para reabastecer há uma hora atrás...
E como ando com preguicite aguda deixo uma bela imagem que ilustra o que eu digo. Umas tiras que valem a pena (daqui)
Já uma vez tinha falado aqui sobre os sensores de luzes nas casas de banho públicas, e sobre o facto de eu ter que abanar as mãos para voltar a acender a luz e com o “serviço” ainda por fazer ou a meio do mesmo. Os temporizadores não devem estar certos...
Mas o que nunca me tinha acontecido foi o dito sensor não se encontrar dentro da casa de banho mas no espaço exterior onde se lavas as mãos!
Fui eu a um velório, já noite, na zona do Porto, e a minha bexiga resolve reclamar urgência. Lá vou eu, entro na casa de banho e mal tinha tirado collants, vestido para cima e o resto para baixo quando o catano da luz apaga!!! Começo a abanar as mãos e nada!!! Começo a pensar nos caixões que estavam lá fora, já que existiam várias capelas. E penso para mim, “Vá Lina Maria acalma-te lá que os mortos não vão sair dali para te ver a tentar fazer xixi no WC”!
Mas eu queria a luz acessa! E agora! Odeio ficar às escuras! Com ou sem mortos do lado de fora . O que faço?
Saio a segurar a saia arregaçada collants em baixo e venho para o hall de lavagens abanar as mãos para fazer funcionar o sensor. Funcionou! Luz acesa! Volto a correr para a sanita, despacho-me o melhor que posso. E compostinha saio aliviada! Cá fora surge-me a questão,
E se entrasse alguém na altura em que eu estava no hall de lavagens de mãos, naquelas tristes figuras e abanar-me para fazer funcionar os sensores?