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Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Ai a minha cabeça!!!

Ontem tive uma tarde de mãe e filho. Tivemos que ir ao médico noutra cidade e isso traduziu-se em umas horas juntos. No carro, o meu adolescente pergunta se pode colocar a música dele, e eu sem saber o que me esperava disse um incauto "sim"!!!

 

Pois sim.... entre macacos do Ártico (Artic Monkeys) e uns tipos que falavam muito rápido, quais pessoas da rádio a tentar dizer as contra-indicações dos medicamentos anunciados (sim, eu sei que aquilo é manipulado), a minha cabeça começou a andar à roda.

 

Salvou-se uma música no meio de todas e que deixou o meu filho espantado porque a mãe gostava daquilo!

 

 

 

Alguém sabe o nome das pastilhas para a garganta que aquele tipo usa?

Doraemon no dentista

doraemon 2.gif

 

A imagem acima é o Doraemon,  um desenho animado que via com o meu filho quando este era pequeno. Era um extraterrestre que albergava os objectos mais inusitados no seu bolso da frente. O segredo é que quando ele começava a retirar coisas aquilo parecia ser um poço sem fundo!!!

 

E porque me lembrei eu do Doraemon no dentista???!

 

Estou eu boa aberta e a dentista, que felizmente é caladinha, e começo a ver que tenho uma canula dobrada no canto da boca, mais o espelho, mais um rolo de algodão entre os dentes e a bochecha, mais o aspirador, que outra funcionária metia lá dentro, mais as mãos da dentista e outros objectos estranhíssimos!!! Alturas tantas a funcionária enfia lá os dedos e coloca mais uma compressa!!!! Nunca pensei que se conseguisse introduzir tanta coisa numa boquinha pequena!!!

 

E pensei que eu era como o Doraemon.... Mas ao contrário, em vez de sair, entravam coisas de nome estranho.

Há dias....

 

coelhoazar.jpeg

 

Ontem foi um daqueles dias género “sexta feira treze” que se disfarçou de quinta 23.  Tudo me corria ao contrário.

 

Tinha tirado horas do trabalho para tratar de uns assuntos importante. Quando vou a sair de casa, e logo para começo, percebo que me faltava um documento que tinha gravado no computador do serviço. Como tal, a moça aqui teve que  ir ao serviço buscar o tal documento. Digamos que foram uns 20 minutos ao ar. Menos mal.

 

Marquei um encontro importante para uma determinada hora e eu cheguei ao local combinado com 5 minutos de avanço. Ninguém estava lá. Mas à bom português chega-se sempre atrasado, mas quando o atraso começa a ir até aos 30 minutos, há que  pensar que  porventura não é atraso mas se esqueceram de nós. Enviei mensagem à pessoa em questão e nada, telefonei e um nada maior.  Chateada e triste, porque era mesmo importante, resolvi ir dar uma volta ao Shopping para arejar.

 

Quando cheguei lá fui ao WC, e não me perguntem como, mas mais volta e menos volta, naquele espaço diminuto, deixo cair a minha pequena carteira de ombro (que uso na mão) directamente e em bico na retrete.... AGHHHHH!!!! Ficou toda molhada. Toca a sair dali, tentar (com cara de muito nojo) lavar a coisa o melhor que podia. Felizmente era impermeável e nada do que estava dentro sofreu dano. Depois das tentativas de limpeza veio a secagem no lugar onde se secam as mãos. Felizmente o Shopping estava meio vazio e não apareceu ninguém para ver as minhas tristes figuras.

 

Depois disto vou pedir uma sandes de salmão fumado e a coisa estava tão enjoativa que comi sandes de salmão fumado mas sem o salmão.

 

Enfim... há dias que parece que começamos com uma pequena coisa e o resto vem tudo género queda de peças de dominó!!!

Saber Cuidar

enf.jpg

 

 

Uso muitas vezes o blogue como uma espécie catarse para os meus pensamentos, e foi o que fiz com um post que coloquei há dias. Mal eu sabia que tudo o que o meu pai manifestava iria culminar com um internamento forçado num serviço de neurologia.

 

Ver o seu olhar de confusão a pedir-me que o desamarre, já que é incomportável que ele não esteja preso, para sua segurança e dos demais, é verdadeiramente torturante.

 

Mas nestas lides pelo Hospital, um Hospital que raramente usei como utente, permitiu-me perceber alguns pequenos detalhes. Acho que todos os profissionais deveriam passar para o lado de lá de vez enquando para se empatizarem com o outro.

 

Para quem não percebeu ainda sou uma profissional de saúde, uma enfermeira. Embora a minha área atualmente seja um pouco diferente do que a maioria está habituada, seja como for, sei o que é estar nessa profissão. Felizmente a minha escola tinha uma máxima exigida a todos os alunos “Saber estar”. E essa máxima era levada tão sério que um colega meu, aluno de 19 na teórica, chumbou em estágio porque a sua postura era demasiado relaxada e um pouco “baril” ou “cool” para os olhares dos avaliadores. De facto assim era. E aquilo que na altura, como aluna, achei um exagero compreendo-o agora muito bem. Esse aluno foi obrigado a esperar por outro grupo de alunos que entrasse em estágio para prosseguir de ano, custou, mas a sua postura como futuro enfermeiro mudou radicalmente.


Além desse “saber estar” insistiam muito que tivéssemos empatia com o utente. Que compreendêssemos o que era estar do lado de lá. Claro que isto é muito lindo na teoria mas nem todos o conseguem na prática, até porque muitas vezes se esquecem do que representa esta profissão. Não é um mero emprego, representa o “cuidar”. Algo que deve ser levado além do dinheiro que necessitamos no fim do mês na conta bancária.

 

Isto to para dizer que encontrei alguns profissionais, e ainda jovens, como um ar enfastiado sempre que lhe dirija uma pergunta ou pedia ajuda para algo.

 

Ah! Convém saber que não tenho por hábito identificar-me como coleja de profissão, só o faço em última instância. E sim, a o trato seria diferente, já me aconteceu depois de dizer que sou enfermeira a atitude mudar radicalmente, isto quer para colegas meus quer para médicos.

 


Mas também devo dizer que tenho encontrado profissionais extraordinários. E neste serviço onde o meu pai está a equipa é excelente. Mesmo sendo poucos profissionais para a carga de trabalho nota-se uma certa serenidade por parte deles. E Encontrar quem tenha a capacidade de saber cuidar é um alento para quem está fragilizado.




Insignificâncias do dia

balão palavrões.jpg

 

 
 
O meu filho estava muito indignado no outro dia e surgiu a seguinte conversa,
 
Filho - Ó mãe não percebo esta gente!!! Então, nem vais acreditar! Umas colegas minhas quando é para dizer asneiras nos comentários colocam ou asterisco (*)  ou arroba(@) !!! Toda a gente percebe! É palavrão à mesma!
 

Eu - Filhote eu também faço isso.

 
Filho - Não posso crer! Mas que pensas tu? Isso é hipocrisia! Ou dizes ou não dizes!
 
Eu - Não filho, não é hipocrisia. Um car@lh* com arroba e asterisco é um palavrão com eufemismo. Todos percebem mas é mais leve...
 
 

Filha da demência

brain.jpg

 

 

O cérebro humano continua a ser-nos desconhecido. Julgo que sabemos mais sobre o infinito Universo do que sobre os infinitos processos cerebrais. A doença que afete o mental, mesmo em pleno Séc. XXI, é olhada de lado e muitas vezes fingimos que não existe, e outras tantas têm-se medo que seja contagiosa.

 

No Hospital o serviço de psiquiatria é o parente pobre dos serviços, aquele cuja administração preferia apagar do quadro.

 

Não fazendo parte das perturbações psiquiátricas, mas tendo alterações comportamentais como estas, encontram-se as demências, algo que beira a loucura sem sê-lo.

Ter uma pessoa com demência na família é como fazer o luto de alguém que ainda respira mas cuja essência já pereceu há muito. O corpo realmente é um mero invólucro, e assim que a mente deixa de funcionar de pouco nos serve.

 

O meu pai é uma dessas criaturas humanas… Saber que a pessoa que tenho ali já não é o meu pai dói. E dói mais ainda ver como ele está perturbado, agitado e, demasiadas vezes, com um olhar de pleno sofrimento... talvez algo em si lute, ainda, contra o precipício em que se vê cair, mas cada vez mais a queda se acentua.

 

Estar com ele é uma tortura. Não existe um diálogo coerente, mas ele ainda me reconhece como filha. Uma filha que lhe diz como comer, que lhe diz para não falar de boca cheia, para mastigar e engolir antes de tornar a enfiar qualquer coisa à boca, que lhe diz como andar, como vestir, como se comportar… perdeu completamente a desinibição social. Despe-se à frente de qualquer um e até no meio do salão se por acaso lhe parecer que o deve fazer. E é interessante como aquela pessoa que nunca tinha uma palavra carinhosa agora não se cansa de dizer que nos ama. Verificar como ele, que pouco falava, agora tem sempre a “turbina” ligada! Mesmo que não se entenda o que ele diz, ele fala, e fala, e fala para nada dizer… A guerra colonial, essa maltida, é o seu tema preferido.


E lembro-me do primeiro internamento que ele teve, em que a desconfiança da sua perda pairava no ar. Ele percebeu que a sua ruína estava próxima e tentou terminar com o sofrimento. Um espelho partido no quarto de banho, um corte certeiro no pulso, mas não foi o suficiente… e a sua não vida prolonga-se sem saber como nem para onde.



Fundamentalistas da mama

amamentacao.png

 

 

Um post do blogue “Melhor Amiga Procura-se” traz-me a este assunto da amamentação.

 

A amamentação é importante, sim, todos sabemos isso. E também sabemos que os profissionais de saúde têm por obrigação  promover a amamentação, informando os pais das suas vantagens, que inquestionavelmente são inúmeras, mas existe um senão nisto tudo.

 

Já trabalhei nessa área e sei que deve ser assim. Mas não sejamos fundamentalistas da mama! Parece que dar de mamar é um dogma inquestionável!

 

E seguem-se as acusações feitas de cara feia às mães. Se a mãe não der de mamar porque  não está a fazer bem ao seu filho, ele engordará demasiado com leite adaptado, aquilo é só hormonas (como se o ser humano fosse isento das mesmas…), não criará laços de afetividade com o seu bebé. Isto, entre outras pragas, são proferidas em tom de ameaça e fazem a mulher sentir-se a pior mãe do mundo, como se as dúvidas já não fossem muitas nessa fase.

 

Há que informar, claro, mas sem cair no exagero de nos transformarmos na Jihad da amamentação!

 

Falo pela experiência que tive, como mãe, em que o meu filho era um sarilho para engordar, eu achava que o leite da mama não era o suficiente e além disso precisava mesmo dormir nem que fosse 4 horas seguidas, já que o meu petiz “buzinava” de 2 em 2 horas e meia para mamar. E entre mamada, arrotos e muda fraldas eu não pregava olhos. Isto dias seguidos…

Tirar com a bomba não dava porque produção não o permitia. E o Pediatra lançava-me olhares como se eu fosse um monstro cada vez que eu falava em leite adaptado, e eu já só pedia pelo menos à noite, para que o bebé e eu descansássemos e ele aumentasse o percentil do peso.

 

Como profissional de saúde já vi tanta mãe exausta, quase a chegar ao limite e achava que não seria um biberão que a iria transformar numa má mãe, ou que viesse mal ao mundo por isso. Até achava preferível isso ao culminar numa depressão pós- parto.

 

E agora poderão dizer que muitas mães já deram de mamar antes e que se devem deixar das “frescuras” e “desculpas” de que estão cansadas ou que não querem dar de mamar por isto ou aquilo. Pois meus caros, mas nem todos somos iguais, nem todos respondemos da mesma forma às mesmas coisas e o que faz do mundo este lugar singular é a individualidade de cada um. E é essa mesma individualidade que deve ser respeitada, não só noutros assuntos, como também na questão da amamentação.

 

Mas quem fala em cansaço fala noutra coisa qualquer. Quem decide ou não se deve amamentar é a mãe, preferencialmente juntamente com o pai da criança, e esta decisão deve ser informada mas nunca imposta e muito menos julgada! Aliás, uma das coisas que me ensinaram no curso, e em várias formações que fiz ao longo da minha vida profissional, foi que NUNCA devemos emitir juízos de valor! 

Além disso, até porque pode tornar-se contraproducente ter uma mãe que dá de mamar de forma contrariada.

 

Pronto, agora a Jihad da amamentação já me podem “fuzilar” à vontade.

Palermice do dia

unhas mal pintadas.jpg

 

Mulheres desse mundo há uma coisa que não entendo, porque que raio é que deixais as unhas ficarem assim?

 

Ou se pinta ou se tira, e se o verniz começa a sair é melhor tirar! Não sei se é moda agora, tal como a moda das calças a cair a ver-se os boxers, (nem sei se esta palavra existe no plural), mas se é, p`amor da Santinha da vossa devoção deixai essa moda! É horrível, dá um aspecto de descuido e até de certa falta de higiene. Sim, falta de higiene, sei lá para onde se solta o verniz!

 

Uma vez apanhei uma amiga com o verniz assim a desculpa foi que não tinha tempo para o tirar!

Claro que me ouviu! Arre! Perde-se um minuto a tirar essa  trampa!!!! Um minuto!!!!

 

É que ainda por cima se o fizessem com cores transparentes? Mas não. É com vernizes pretos, vermelhos e cores fortes!!!! Magoa a vista!!! Tende pena dos meus olhos!!!

 

 

 

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