É amor...
Fim de semana equivale a assistir um filmezito, muitos deles já saíram para o cinema há algum tempo, mas isso até tem o seu quê de positivo, assim também não sabemos as "opiniões" da moda que muitas vezes nos influenciam, inconscientemente ou não, na escolha de um filme. Mas não é sobre o livre arbítrio que quero falar, esse ficará para uma próxima, quero falar sobre o que um filme me lembrou de escrever sobre o amor. Lembrou-me de escrever algo que já faz parte do meu pensamento e do meu sentir.
O amor é o tema predileto de poetas que nos enternecem com as suas mágicas poesias repletas de floreados amorosos. O amor conquista plateias enche os corações e faz verter algumas lágrimas presas na emoção de uma semana sem grandes magias e com muitas correrias.
Mas afinal o que é o amor?
Cientistas dizem tratar-se de uma reação química, longe do coração, símbolo predileto para o ilustrar, no cérebro.
Poetas muitas vezes condundem o amor com paixão e envolvem-nos no seu emaranhado de emoções.
Escritores dramatizam-no e criam histórias encantadoras capazes de nos suster em suas palavras.
Cineastas tentam retrata-lo fielmente, tentam porque a realidade foge-lhes. E na esperança de ter esse amor de ecrans, de poetas e escritores muitos perecem sem senti-lo, ou sem terem a certeza de que aquilo que sentiam era o amor....
O amor não começa com a magia do primeiro beijo, com o enamoramento de um olhar ou com o a fuga daquele odor que nos faz tremer as entranhas. Não! Para mim o amor começa com dias partilhados, com momentos de alegria e lágrimas de tristeza, da discussão, da divergência de opiniões, e claro, da cedência, do altruísmo, do pensar no outro. Começa com coisas simples como ida às compras, com a partilha da lista de supermercado e da mantinha de sofá (sim, eu não partilho a minha mantinha por da cá aquela palha=)), com a partilha de opiniões, com a divisão de gavetas, a escolha da casa, com os dias de cansaço, com os dias de festas, os dias soltos, o passar dos dias de chuva e de sol. Cresce com os dias, amadurece e solidifica com os anos.
No entanto muitos pensam, inocente e ingenuamente que o amor não precisa de ser alimentado, afinal o outro sabe que estamos "lá" e que o amamos! Sabe!?! Mas quer ouvi-lo e senti-lo, nas ciosas simples de um bilhete, na espontaneidade de uma carícia inesperada, na simplicidade de uma flor oferecida fora de "dias pré convencionados" para o efeito.
O amor está lá, nos momentos difíceis, porque amar nos dias bonitos e solarengos é fácil. O Pior é ficar quando começam as dificuldades no imprevisto da vida.
O amor não quer só paixão, o amor quer acima de tudo uma amizade cúmplice diária.
Podemos ser mortais mas o amor é imortal! Esse prevalece mesmo que se queira apagar o sentir, porque este nos faz doer! E quando a dor desaparece fica, não a simples lembrança de um doce amor, fica sim o amor e todos os momentos que não deixemos que morram jamais, esses momentos seguirão a humanidade pois ela firma-se no esplendor do amor
O meu tento fica assim... um dia (One Day), uma vida com esta visão do amor. Com esta maravilhosa partilha de mim.