Ao silêncio me remeto... mais um dia.
Discutido o novo pacote laboral, que prevê o alargamento do despedimento por inadaptação, a criação de um banco de horas de trabalho por acordo com o trabalhador, diminuição para metade do valor a pagar por horas extra, menos descanso... e a presumir pelo silêncio de muitos, pois só alguns falam e se manifestam, dá a entender que este novo pacote laboral é aceite pela maioria dos trabalhadores.
E porque será que as pessoas se mantêm neste silêncio ensurdecedor?
Dá que pensar.
Estarão de pleno acordo com este pacote?
Não me venham com as frases feitas do “Tem que ser…”, “Não adianta…”, “Estamos em crise... ” e “ Eles é que mandam, nós não podemos fazer nada…”, porque essas tiram-me do sério!!!
Mais vale ficarem no conformismo de ideais, na falta de esperança calada do que me me virem com esta pieguice monstra. Onde se perderam os ideais de solidariedade, de igualdade, de crescimento unido, de felicidade, de paz de espírito e de que o trabalhador é a parte mais valiosa de um mercado pujante? Afinal é ele que mete mãos à obra. Ou não é?
O meu tento remete-se ao seu grito silencioso, grito de uma sociedade que se está a auto-aniquilar, de uns trabalhadores cansados, que agradecem terem pão na mesa, e que estão deixar de caminhar para a utopia com as ideias de um patronato poderoso e que quer ainda mais poder, por muito que me tentem convencer do contrário. Mas lá está, cada um é livre de ter as tentativas que quiser...