O Presente
Hoje falávamos sob a chamada "crise dos 40". Um amigo referia que se sentiu mal quando fez 40 anos e que começou a pensar que estava a ficar velho e entrava nos entas para não mais os deixar...
Talvez seja uma fase em que se repensa muitas das nossas atitudes e comportamentos, afinal os nossos pais, agora também com mais idade, começam a ter os seus problemas de saúde o que nos deixa transtornados e a pensar que a vida é efémera. Começamos, mesmo involuntariamente, a questionarmos sobre o sentido da vida e a fazer um balaço sobre esta. Muitos afundam-se nestas questões, às vezes, até que a depressão lhes bate à porta.
Alguém me falou sobre a importância da "atenção plena", em inglês, (que é moda, mais fino e dá um ar de entendido, mas isso são outras águas...) mindfulness, que será provavelmente o nome pelo qual vão conhecer as formações e cursos sobre o tema. Esta teoria vem do Budismo, e o que se encontra sobre isto está muito relacionado com esta "religião".
Em psicologia, e sem estar relacionado com qualquer tradição espiritual, é ressalvada a importância de treinar a nossa mente a de permanecer no momento presente, chamar a atenção completa para uma experiência presente vivendo momento a momento. Não percorrer o passado e muito menos tentar prever o futuro ou pensar nele, como, muitas vezes, o fazemos até catastrofizando sem nenhuma necessidade.
Quantas vezes não nos acontece criar problemas que nem chegam a aparecer? E ocupamos e nossa preciosa energia mental com isso! E muitas das vezes nem acontece o que estamos a prever.
A minha meia maçã costuma ter uma filosofia interessante, "os problemas são para ser resolvidos quando surgirem, não para serem criados pela nossa cabeçinha!". Mas quantas vezes complicamos, e deixamos que os nossos pensamentos fujam... e com isso não vivemos onde deveríamos estar, que não é nem no passado, nem no futuro, é tão simplesmente no PRESENTE!
No entanto, isto é melhor de dizer mas não tão fácil de fazer! Requer um certo treino para começarmos a reconhecer os nossos padrões mentais habituais, muitos deles desenvolvidos fora da consciência (inconscientemente, portanto). Tomar consciência destes padrões mentais é o princípio para começar a responder de novas maneiras, para começar a viver a nossa vida com mais plenitude, mais calma e mais aceitação.
E a conclusão a que chego é que a vida tem que ser vivida momento a momento, presente a presente. Tentar não complicar, tentar não criar catástrofes... e aceitar.... sabendo que a melhor maneira de o fazer é buscando o positivo, nem que seja ínfimo, isso nos dará forças e trará ainda mais positivo.
Por isso esqueçam os entas, para quem lá está, e tentemos viver o presente com a consciência plena deste. Afinal o presente é uma dádiva que escapará.
Para quem não está nos entas... tentem ser plenos, positivos, abracem a vida e sorriam para o que ela vos oferece.
Esqueçamos as complicações e os problemas, afinal só os vamos resolver quando estivermos com eles nas mãos, que adianta tê-los na mente?
Ok! Fácil falar... mas eu tento... tente também...
Boa semana, cada dia no presente