Boçalidade tem que rimar com Universidade?
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Descobri que agora é requisito essencial para entrar para o Ensino Superior, à semelhança do que acontece em algumas Instituições Desportivas, um exame médico que ateste em como o estudante pode se alvo de investidas de actos grotescos a que têm a audácia de apelidar de "praxe". Quer-se-me parecer que antes da entrada para o Ensino Superior o estudante deve fazer um exame clínico completo e deve avisar os boçais que praticam a chamada "praxe" que podem avançar sem medos, a doer!!
Já fiz um post sobre as praxes, e afirmei que elas podem e devem ser positivas, servem para integrar para ajudar os alunos a conhecer o ambiente Universitário. E vieram este anormais de Beja, mas que infelizmente podiam ser de outro local do País, já que abundam por aí, estragar-me a aura positiva à volta das praxes!
Esses senhores que se autodenominam de "veteranos" ou "doutores" não são mais que umas pessoinhas com alguma psicose. Acho que tem que se acabar com estes actos humilhantes, violentos e grotescos de uma vez por todas e responsabilizar os seus autores criminalmente! Afinal não é por se lhes chamar "praxe" que deixa de ser um acto violento, agressivo e que atenta contra outrem, desculpem, isso é ou não crime? É ou não punível?
Porque é que se eu vir alguém a fazer outro ajoelhar-se enquanto lhe diz impropérios, a humilhar outro publicamente, chamo a polícia e quando estão com um traje académico isso já passa a ser aceite?
Tiveram a coragem de afirmar que a aluna não os informou do seu estado de saúde!? E agora é preciso que antes de um acto, considerado académico, que deveria servir para integrar alunos, se informe que não se tem doença que impeça de ser violentado? Sim! Violentado!!
Não sei quais os contornos desta praxe, que ao que parece até nem houve excesso (?) mas uma coisa é certa, para que é que a aluna tinha que os informar do seu estado de saúde se não ia existir excessos? Tal como dizem no Jornal Público "foi sempre questionada sobre o seu estado de saúde"
E segundo fonte do Jornal Público, de quem assistiu a uma dessas praxes, um jovem foi obrigado a fazer flexões com as pontas dos pés e as mãos apoiadas em tijolos, rodeado de "veteranos" e "veteranas" que o mimavam com impropérios. Ao que parece quando terminou o "exercício", estava verdadeiramente exausto e alagado em suor e até dificuldade em aguentar-se de pé.
Isto não é novidade! E embora com esta aluna o seu problema possa não ser da praxe em si, segundo até o pai afirmou, tanto quanto ele sabe, o certo é que todos os anos tem acontecido um ou outro caso que, quanto a mim, não se resolvem só com suspensão de praxe, mas sim com investigação à séria!
Afinal nós deixamos avançar algo que não se deveria tornar neste abuso do outro, nesta humilhação e sobretudo em algo que põe em causa o bem estar físico ou emocional! Se a violência é crime há que começar a investigá-la seriamente não é por alguém vestir um traje académico e se auto-intitular de "doutor" que a coisa deixa de ser negativa!
Alguém me explica para onde foram as boas ideias? Porque é que não integram os colegas de forma imaginativa, sem berros, sem impropérios, infantilidades e sem as ridículas orelhas de burros a andar pelas ruas de qualquer cidade Universitária!E por falar nisso haja algum estudante que me explique, e mesmo como se eu fosse muito burra, para que servem o raio das orelhas? Para os inferiorizar? Para que os "veteranos", alguns no mesmo curso há uma porrada de anos, se sintam inteligentes?
Por favor tenham ideias criativas e tornem a praxe em algo positivo é que já não há pachorra para este assunto!!! Tentem lá vão ver que o vosso tento até consegue!