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Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Mais um dia...

 Imagem retirada da net, obrigada a quem a disponibilizou

 

 

Ok... mais um dia de. Eu sei. Mas não me apetecendo mesmo falar sobre nada que esteja relacionado com portas, coelhos ou futebol resta-me o "dia  de".

 

Faz hoje 193 anos que nasceu a "dama da lamparina" que viria a revolucionar uma profissão. Estou a falar de uma enfermeira, Florence Nightingale.

 

Uma profissão de origens milenares, uma referência a quem cuidava, protegia e nutria pessoas doentes, convalescentes, idosos e deficientes. Com o passar dos tempos o "cuidar", que garantia a manutenção da sobrevivência, e muitas vezes a vida, evoluiu e passou a surgir, ainda que como prática leiga, entre os séculos V e VIII como um acto desenvolvido sobretudo por religiosos.

 

Mas a "Enfermagem" tornou-se indigna e sem qualquer atrativo. Era considerada trabalho doméstico e perigava os padrões morais da altura. No entanto, e apesar de toda a visão negativa que lhe estava associada a sua evolução foi inevitável e Enfermagem nao tardou a ser vista como actividade profissional institucionalizada, e na sua grande maioria praticada por mulheres, ao que parece mais dotadas no acto de cuidar.

 

Começo a ver-se a Enfermagem como "uma ciência e uma arte", uma ciência uma vez que requer conhecimentos que necessitam de um vigoroso suporte técnico e ciêntifico, alheado à arte de cuidar.

 

Uma profissão exigente e que foi ganhando aos poucos a consideração merecida da sociedade, embora ainda associada a muitos preconceitos. Muitos se esquecem que os seus familiares internados estão 24 sobre 24 horas com enfermeiros e são estes que têm que os acompanhar. São os profissionais de saúde na primeira linha no contacto com os utentes. Estão e devem estar mais próximos da população. Mais do que uma profissão deve ser encarada como uma vocação. Não é fácil lidar com o sofrimento, a morte, a doença, e o infortúnio durante o dia e manter sempre um sorriso. Infelizmente temos muitos Enfermeiros que não sabem sorrir, estar e muito menos ser. Mas felizmente temos muitos que honram a farda que vestem, honram a profissão que escolheram.

 

Saber que aquela pessoa, naquele momento, mais do que uma técnica ou de um medicamento necessita de uma mão que lhe dê conforto e segurança ou tão simplesmente de um sorriso que lhe dê forças. Isso não é para qualquer um! Assim como não é o ter que travar a sua batalha interior quando confrontado com a sensação de impotência, de nada poder fazer... Mas um Enfermeiro deve ter ciente que muitas vezes pensando que nada se pode fazer há sempre algo que dignificará a vida, nem que seja na hora da sua morte. 

 

Nesta profissão ainda se esbarra muitas vezes com o preconceito. Ainda há bem pouco tempo conheci uma jovem cujo sonho era ser enfermeira, mas os seus familiares achavam que "era uma profissão de terceira", "não era dignificante". Ao que parece aos olhos de muitos ainda existe esse conceito, "Enfermagem não é uma profissão digna" e muitos ainda têm a imagem que os Enfermeiros são tão simplesmente executores de ordens médicas. As duas profissões se complementam, completam e entreajudam para o bem estar do Homem, promoção da saúde e prevenção da doença. E é na prevenção da doença que reside a grande força da Enfermagem e os grandes ganhos em saúde da sociedade.

 

Será o tempo de erradicar esses preconceitos e virá ainda o tempo em que Portugal e os seus Governos olharão para esta profissão com o olhar que eles merecem. Outros países Europeus já o fizeram e os seus povos só tiveram a lucrar. Tentando falar em politiquês, idioma que não domino, mais saúde significará menos absentismo e como tal maior produção.

 

 

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