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Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Castigo ou não castigo?

Ontem à conversa com o nosso filhote, à hora do jantar, (sim, não vemos televisão à hora de jantar) decidimos questioná-lo sobre os castigos e o que ele pensava deles.

 

A questão começou  sobre um castigo que um coleguinha dele apanhou por se esquecer da chave em casa, quando veio jogar com o meu filhote à bola. O castigo foi administrado porque a referida criança se esqueceu da chave dentro de casa e quando quis entrar não conseguiu, tendo ficado ele a mãe e a sua manita de quase dois anos à porta, e à espera que o pai chegasse. Como tal, não pode brincar com ninguém esta semana, e não pode sair de casa sem ser para ir à escola.

 

Quando perguntamos à nossa criança se achou justo o castigo, ele respondeu sabiamente,

- O problema é que eu também estou a ser castigado porque não posso brincar com ele!

- Pois, é verdade, mas achas justo?

Reposta pronta:

- Apesar de ele, a mãe e mana pequenita terem ficado à porta algum tempo à espera do pai, não acho que fosse justo, afinal ele é uma criança! Até porque aquilo que ouviu até o pai chegar já devia ter sido castigo suficiente!

 

:)

 

Ele tem razão, às vezes esquecemos de ouvir as nossas crianças, e às vezes esquecemos que são apenas isso.

 

Os castigos corporais, que nunca foram aplicados cá em casa (que somos contra), deixam o meu filho um pouco admirado. Principalmente se aplicados na escola. Leram bem, na escola!

Já assisti a pais a dizerem à professora, "bata-lhe se precisar!"

A primeira professora que a turma do meu filho teve, respondeu a isto "Desculpe, aqui ninguém bate!"

Mas com a segunda professora o caso mundou um pouco de figura...

 

Houve uma ou duas semanas em que o meu filho, que gosta de ir para a escola, não lhe apetecia ir! Estava nervoso e birrento. Após o tempo que julguei que não se tratava de algo passageiro, questionei-o sobre o que se estava a passar...

O meu menino é muuuuuuito falador, é uma gralha, instruída, claro, para que na sala de aula respeite a coitada da professora e não perturbe. Mas às vezes esquece-se e fala mais um pouco. Como resposta, a professora puxava-lhe as orelhas! A sério! Até virem as lágrimas contidas aos olhos! Claro está que isso não lhe trouxe mais sossego, mas sim revolta! Irritava-se com a professora. 

 

O que fazer? Falar eu com a prof?

Humm... solução melhor, e porque não falar a criança? Se calhar pode ser que a ouça melhor do que a mim, e pode ser que assim não se sinta ameaçada mas se sinta mal por lhe puxar as orelhas.

 

Após uma conversa com o meu filhote, que na altura tinha 8 anos, ele achou que se sentia capaz de falar com a professora e de lhe explicar como se sentia quando ela o castigava dessa maneira.

 

Querem saber? Resultou!

Conversaram e combiram que se ela prometesse não lhe puxar mais as orelhas, ele prometia tentar (atenção, tentar :)) não falar demais, e que se esquecesse a professora só precisava de o avisar. 

Bem, ela não lhe puxou mais as orelhas e ele conseguiu portar-se melhor. O ano correu sem mais percalços e o meu filhote voltou a ficar contente por ir para a escola.

 

Porquê aplicar castigos físicos às crianças? Elas não se podem defender! E são crianças! Simplesmente o que nós amamos mais...

 

Isto é uma historieta curriqueira. Histórias de mãe que sabe que erra, muitas mais vezes que as que gostaria, mas uma mãe que tenta fazer o seu melhor esperando sempre que o seu tento consiga :)

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