Imagem retirada da net - Talvez seja melhor deixar o buraco aberto
Já sei, está a ser uma verdadeiro suplício para os utilizadores da Blogosfera ver escrita em montanhas de blogs a palavra "Constituição", mas é assim, ela existe para o melhor e para o pior, e eu não consigo fugir ao tema. Desculpem lá a maçada.
O título pode parecer sem sentido, pensa quem incautamente lê neste humilde espaço as minhas divagações. Mas vejamos, não é assim tão absurdo. Vejam este post de 06 de julho de 2012, que fala precisamente da inconstitucionalidade da retirada dos subsídios no ano transacto! Isto já tinha sido considerado inconstitucional, a palavra é difícil de dizer e de escrever só por isso o Governo deveria ter mais cuidado! Mas não! Os senhores voltaram a enfiar lá a coisa à espera que passasse despercebida outra vez!!! Sim! Porque no ano anterior foi considerada inconstitucional mas borrifaram-se para o palavrão e fizeram-nos dizer e pensar piores palavrões!
E após a decisão, demorada, mas segundo os Excelentíssimos Juízes bem trabalhada, o Governo vem dizer-se "chocado"!?!
P`amor de Deus!!!
Ontem decidi abandonar as sessões televisivas que se debatiam sobre o tema. Porque a noite é hora de descanso e como gritar do sofá não adianta, até porque os vizinhos não têm culpa a melhor solução é calar o "bico" na cama. Eu não sei quem paga aos senhores comentadores mas para virem dizer coisas do género "O Tribunal Constitucional cometeu um erro devería ver a situação do País!"
Gostaria que estes senhores, que ainda não percebi que doutos são para estarem ali, me explicassem para que serve a Constituição? É para que esta se anule a todas as ideias do Governo?
Para que serve então enviar o documento do Orçamento se é só para lhe passar os olhos e dizer que sim? Para teatro? Já não chegará o teatro que temos?
Se não é para ligar ao que nos diz a Constituição então faça-se outra! Já que estamos numa de se fazer o que se quer. Mas enquanto esta existe respeite-se. Isto é democracia. Porque se é para passar a Constituição a ferro então o que é?
Mas aninda disseram mais, "O Estado está endividado os funcionários Públicos é que devem pagar a dívida!". A sério!?!
Pois... por estas ideias e que isto está como está! Por alguns pensarem que a responsabilidade é sempre dos outros! Por alguns pensarem que o Estado são os funcionários Públicos. Esses que assim pensam não usufruem das estradas, dos Hospitais Públicos (pois, se calhar não), das Escolas (mesmo privadas também têm a mão do Estado), andam num Portugal paralelo. Enquanto existirem pessoas a pensar que este cantinho é da responsabilidade só de alguns não sairemos NUNCA da cepa torta!!!
Há prós e contras quer no lado dos funcionários públicos quer do lado dos funcionários do privadol. Irra! Até eu vejo isso que não sou tão douta!!!
E posto isto não tentei nem ouvi-los mais. Já chega! Basta de um país em que se olha para a galinha do outro! Basta de um país de divisões! Basta de uma país que se enterra e parece que tem gosto em enterrar-se! BASTA!!!
Imagem retirada da net (obrigada a quem a disponibilizou e teve o bom gosto de realizar os diálogos)
Nem de propósito! Depois da minha divagação pelo mundo das andorinhas e das estações no post de ontem eis que hoje surge uma réstia de sol!
Claro o tema Miguel Relvas! O homem do momento! Decidiu "por vontade própria" sair do Governo. Pois....
Farto mas é de ser o bobo da corte, é o que é! Farto de ouvir Grândola, é o que é!
E cá para mim com as costinhas quentes e com poleiro certo noutro local!Sai, mas não de cabeça levantada e sim com o rabo entre as pernas!
Um homem que envergonhou, não que eles precisem desse favor, a classe política, o cidadão comum para não dizer o País!
O exemplo vivo da "chico-espertice", do aproveitadorismo, do lambe-botismo (ou botismo que dá a lamber, já nem sei) uma nódoa! Já vai tarde! Muito tarde...
Ontem muitos se manifestam nas ruas numa onda mais do que clara de descontentamento.
Mas... e agora?
O Governo queixa-se de que não os deixam falar quando se começa a cantar "Grândola", queixa-se que estamos numa democracia e que ao serem interrompidos não se está a ser democrático.
Mas, se milhares pedem nas ruas, e muitos que não puderam ir pedem em suas casas, que se demitam ou mudem o rumo de Governação, e eles insistem em ocupar as cadeiras exactamente como estão isso não é abalroar a democracia?
Que raio de democracia é esta em que lá porque se votou num determinado Governo este tem carta branca para fazer o que lhe dá na real gana? E o povo? O povo que aguente!!!
O povo tem direito a manifestar-se mas só isso. Não tem direito a mais nada! Não tem direito a que se mude o rumo, a que se pense, a que se reflicta, a nada.... o povo não é o que mais ordena durante quatro anos!!!
O povo só tem direitos nas urnas e mais nada...
E inté ver continuamos assim. Com eles, os vampiros, a terem cartinha branca e a usarem e abusarem daquilo que chama democracia!!! E não vale a pena tentar algo diferente.
Ai... "povo unido jamais serás vencido"... onde estás tu?
Imagem retirada da net (obrigada a quem a disponibilizou)
Com esta nova onda de "Grândola" muito se tem discutido sobre democracia.
O Governo queixa-se que a democracia está a ser "abalroada". Bem, o Governo e não só...
A justificação para tais queixas prendem-se com o facto de não se deixar falar alguém, e esse alguém tem coincidido ser um membro do Governo.
Mas, e segundo aquilo que eu percebi, digam-me se estou errada, cantar "Grândola" é um sinal de manifestação, um sinal claro de demonstração de descontentamento. Ora então, quem se quer manifestar tem que escolher onde o fazer e tem que deixar falar os membros do Governo. Isso não irá contra o princípio de manifestação? Será o querem é que eles possam dizer tudo, fazer tudo, e temos que os deixar com tudo? Isto só porque foram eleitos?
Então um Governo só porque foi eleito democraticamente tem carta branca para fazer o que lhe dá na real gana e nós, o povo, já não podemos cantar?
Parece que preferem o arremesso de pedras à cantoria!!
Ou será porque as músicas de Zeca Afonso lhes lembram que não há assim tanta democracia quanto se pinta.
Se virmos bem no próprio Parlamento aceita-se como normal a disciplina de voto dos partidos, algo que vai contra a própria Constituição Portuguesa. Então cada um não tem a liberdade de pensar pala própria cabeça? Cada um não tem a liberdade de democraticamente exercer a sua forma livre de pensar? E até são punidos se se manisfestarem livremente!
Mais. Então agora podemos ser "abalroados" por um funcionário a perguntar-nos pelas facturas?
Então e eu não tenho o direito de a deitar ao lixo? Que raio de democracia é esta em que temos que mostrar uma factura de um café que consumimos?
Que raio de democracia é esta em que temos que pedir licença para nos manifestarmos?
Vocês desculpem, senhores do Governo, mas parece-me que se estão a fazer de vítimas e coitadinhos porque o povo começou a cantar.
Mas fiquem sabendo que quem canta seus males espanta! E nós temos muitos para espantar!! Tentemosespantar os nossos a cantar e nada melhor que a "Grândola"
Eu não queria, juro que não queria voltar a falar, pelo menos até ao final do ano, novamente na desgraça que nos envolve.
Eh! Páh! Mas é que é demais! Não dá para aguentar tanta, mas tanta audácia! Tanta gentinha que antes de falar devia pensar duas. Não! Três vezes antes de abrir a boca. É que em época de falta de moscas é certo e sabido que vai sair asneira!!
É certo que só devemos recorrer às urgências quando realmente for urgente e não ao primeiro espirro, mas não me parece que seja a isso que o senhor Secretário se refere. E claro, é mais do que certo que devemos ter comportamentos saudáveis! E ainda que devemos prevenir as doenças. Mas o que pensa fazer o Estado para que a população adquira os conhecimentos necessários necessários à prevenção da doença e à promoção da saúde? Sim! Não estou a ver ninguém a ficar doente só para fazer birra!
Pensa investir à séria nos cuidados de Saúde Primários?
Ou vamos continuar nesta mania louca de cortar a direito não ligando a quê?
Será que não se percebe que o melhor ganho, neste caso, é na qualidade de saúde individual que todos ambicionam? Salvo excepções, excepções essas que também precisam de cuidados, mas em outro âmbito. Será que não se percebe que é esse o maior ganho? E em segundo plano a poupança que vamos fazer ao Estado? Estado esse que se coloca à frente do bem estar da sua população! Do povo que incautamente o elegeu!
Não é só atirar do púlpito, "Não adoeçam! Seus cretinos! Não vêm que estão a gastar mais dinheiro! E façam o favor de se tratar em casa com mezinhas! Nada de recorrer aos SNS! Estão a gastar o precioso dinheiro dos impostos. Não vêm que não dá para comprar frotas de carros e arranjar os luxos com que nos banhamos e para que vocês também adoeçam? E não refilem. É esse o preço da democracia!"
Ironia a mais? Será?
Deixem-se, por favor, de demonstrar tanta ignorância! Como é lógico todos os países, todos os Estados, deveriam querer evitar que as suas populações adoecessem, mas para isso é necessário investir nos cuidados de saúde primários. Investimento esse que trará a longo prazo grandes ganhos, em primeiro na saúde geral da população e sem segundo, desculpem, sempre em segundo (mas não menos importante), poupança no resto. Mas nós sabemos que nenhum Governo está habituado a pensar em longo prazo, não é? Muito mais agora que o que se pensa é resolver o imediato.
Nós sabemos isso, mas não precisam de nós lembrar com essas palavras ingénuas. Tentemlá pensar muitas vezes antes de abrir a boca, POR FAVOR. Tenham cuidado com o que vão dizer a uma população ferida, doente e sem alento.
Estive a tentar digerir as palavras de Passos, e confesso que fiquei com uma indigestão! Mas a indigestão já dura há muito...
Foram muitas as opiniões que li sobre a última estocada que, diga-se a bem dizer, não era novidade. Novidade é o povo Português estar que nem um ratinho enfiado na toca. E novidade é aceitar-se que se destrua um país por que tantos suam, lutam e trabalham ( o mesmo sería até se falasse no pretérito perfeito). Novidade é ele ainda estar a aquecer a cadeira que o povo lhe estendeu para ele se sentar.
E não me venham com "Ah... E quem vier não faz melhor..." para essa eu tenho resposta se não fizer melhor - RUA!! Pontapé no sítio e é que o viste!!
Afinal alguém me explica para que serve uma democracia se não é para querer a diferença? Querer procurar algo melhor!
Então procure-se! E deixemo-nos de pasmaceiras!!! Irra que já chateia...
Não me venham, também, com o discurso que a "Ah... A dívida precisa ser paga e tem que existir sacrifícios..", isto dito com o pior ar de vítima enclausurada do mundo! Pois tem meus caros. Que novidade! O raio da dívida tem que ser paga. Mas terá que ser como o custe o que custar? Terá que se vender o pais a retalho, onde se vão buscar as receitas depois?
Decerto, o mais inculto do nosso Português encontrará formas de pagar as dívidas sem ficar com o rabo a arder!!
Mas claro que a este Governo não dá jeito. O que dá jeito é pôr o povo a estourar a espinha! E eles, de fatinho XPTO, gravata PTOX, mesa farta, BMW na garagem, motorista e o ordenadinho sem tostões contados aos fim do mês. Eles ficam bem na fotografia de família com a auréolazinha!!! Tão lindos.... Para o diabo com eles!!!!
A novidade para mim é a Educação estar na miséria, com Megalomanias, com turmas impossíveis de pedagogicamente serem levadas a bom porto, e claro com o futuro, a longo prazo, comprometido. A longo e a curto! Porque isto não vai ser fácil...
A Saúde... ahh... não me façam falar da Saúde! Porque esta está nos cuidados intensivos desde que a Sr.ª Austeridade, o seu marido Sr. Passos e os filhinhos se sentaram para estas bandas!
Código de trabalho.... bem com esta já espumo!!! O que já verti de letras sobre a "borrada" que se fez ao código de trabalho! Os mais interessados onde estavam?
Agora façam-me o favor de não se admirar com o que o Sr. Passos soltou pela bocarra! Porque novidade para mim era ele ganhar juízo e olhar para o país que está a destruir. Mas já que ele não vê, será que não lhe podemos dar uma ajudinha?
Ora tentemos lá! Caramba!
Muito que li, e que ouço, será solução abandonar o país, emigrar. Será assim tão impossível lutar por este país? Será que já não vale a pena? Será que não haverá soluções?
Estive em silêncio, na blogosfera entenda-se, pois não sou muito devota do silêncio, continuando.... estive em silêncio desde o dia em que completei as 40 primaveras, eu quebrarei o silêncio hoje e esperava que o País quebrasse o seu silêncio um dia, um dia não muito longínquo de preferência.
Este silêncio a esta democracia esmagada pelo poder financeiro.
É urgente uma cultura de responsabilidade, um combate à corrupção, numa justiça de confiança e célere, sem prescrições, POR FAVOR. Precisamos de um povo que não se cale, que não se deixe torturar por uma economia que não está, e que DEVERIA ESTAR ao serviço do desenvolvimento humano e social. Precisamos de um Estado responsável, justo e que esteja ao serviço da sociedade que tem em frente e não das economias intrincadas em algumas cabeças pensantes levadas pela corrupção do poder.
É urgente um estado que não se desacredite num "diz que diz" e "não sei o que disse", tal como esta polémica dos subsídios de férias e Natal, que mais uma vez se vem dizer que afinal não será bem assim.
Bolas! Arre! Será que não se vê que a culpa não foi só do Sócrates, que sim, deu a machadada final mas que anos de alternância de poder também fizeram (e não sou uma "vermelha" ressabiada, não tenho partido politico, ainda bem!).
A culpa é de todos os que calamos a estas barbaridades que são do conhecimento geral e que nada se faz. Nada se faz, com medo. Sim! Medo de perder emprego, medo de ser transferido para longe de casa, medo do patronato poderoso que cada vez nos tem mais nas mãos. O medo tolhe-nos!
Existiram abusos, por parte dos trabalhadores? Existiu prevaricação?
Sejamos honestos, existiu sim, muito, e agora paga-se por essa falta de ética, de valores, de cultura e de desinteresse.
E a verdadeira crise é esta. Uma falta de valores e de união. Estou farta de ver pessoas a pensarem no seu grande umbigo, estou farta, farta desta descrença deste desânimo, deste silêncio a que nos condenam e que nos condenamos.
O meu tento regressou assim, na surdina de uma voz cansada