Atendado aos Direitos Humanos
Surge na grande cidade Invicta um movimento intitulado "Uma Vida Como a Arte", que prevê um grupo de sem abrigos a mover uma acção em tribunal contra o Estado.
Obviamente estão a ser ajudados por uma advogada a título pro bono. Pensam pelo menos chamar a atenção para as condições em que vivem. Muitos com o Rendimento Social de Inserção - RSI - que atinge o valor máximo, para alguém que vive sozinho, de 178,15 euros.
Ora, eu já ouvi falar-se tanto contra este RSI.
Claro que há muitos a lucrar com este RSI. Muitos que não o merecem e que estão a tirar a quem na realidade precisa mesmo. Mas será que por isso deveremos retirar a todos?
Fala quem tem a barriga cheia, é o que normalmente penso.
É fácil dizer, como vi num comentário à notícia em questão no Jornal Público, que arranjem trabalho! Não querem trabalhar! Pois... deve existir quem não queira, mas há muito mais quem quer e não lhe é dada a oportunidade. E por isso julga-se. Julga-se demasiado...
A mim chateia-me deveras que haja quem receba e viva do RSI e de outros negócios não declarados à socapa e receba bem mais do que eu! Mas chateia-me mais saber que há quem precise de comer, vestir, calçar-se, ter um tecto decente e não tem nada! E acham que com 175 euros se fez o quê?
E tal como diz a notícia. Têm isenção de taxas moderadoras mas com que dinheiro é que compram a medicação? E só quem tem medicação crónica para tomar é que sabe o quanto gasta!
Resta-lhes a esperança...
A esperança que um dia existirá que não se aproveite destes dinheiros e um dia existirá quem não precise deles.