Como ensinar as horas a um gato?
Já contei aqui no bairro da Blogosfera esta minha peripécia com o hóspede que resolveu abancar cá por casa. E resolvo reproduzir por aqui não vá alguém necessitar de ensinar as horas ao seu gato.
Bem, na verdade eu não lhe ensinei propriamente as horas... apenas o ensinei que há determinadas horas que deve estar de goela fechada! E não fosse cá por coisas além do o ter mandado castrar também teria pedido para tirarem as cordas vocais! Sorte a de quem tem gatos mudos! Ergam as mãos ao céu e agradeçam todos os dias ao Universo!
O bichano, resolveu que cá por casa o pessoal devia gostar da voz dele! E com ares de tenor, às 6:00 da madrugada, resolve abrir a goela! Isto todos os dias pontualmente às 6:00 da matina, que ele miava como se estivesse desesperado de fome! Mesmo com o prato de ração cheio….
Como aqui a moça gosta de adestrar (não gosto da palavra treinar) cães, resolvi ver se o gato também aprendia. Mas desta vez recorri ao que chamo, treino negativo- positivo. Negativo para ele, já que uso um reforço negativo, e positivo para mim, que consigo o que quero.
E o que fiz?
Adquiri um borrifador, daqueles com se que borrifam as plantas ou a roupa quando se está a passar a ferro. E arranjei uma lata onde coloquei moedas dentro, já que na sua generalidade os animais não gostam de barulhos repentinos e altos . Pretendia atacar com toda a força! E depois era só esperar pelas 6:00 da manhã...
Sempre que o gato miava eu estava armada de borrifador e ele levava uma bela chuveirada! O importante era que ele não visse que era eu a fazê-lo, para que associasse aquele acto negativo ao seu miado e não a mim. Por isso, às vezes era mais fácil usar a lata de moedas. Estive nisto mais ou menos semana e meia, embora depois dos primeiros 4 dias ele começasse a reduzir o miado, ou a miar mais tarde, sinal que já estava a começar a aprender como se deslocavam os ponteiros do relógio.
Nesta fase, ele já só mia depois do do toque do despertador, principalmente se vê que eu tardo em colocar o pé fora da cama. O que até dá jeito à minha preguiça matinal. Ou então, não mia de todo! E apanho-o encostado à porta do meu quarto caladinho como um anjinho!
Agora o problema é calar-lhe a boca depois de eu estar a pé! Mas isso já é outra história...