Ohhh...Paixão incompreendida
Detenho-me na esperança de voltar a ver-te...
Espero todos os dias, em baixo da tua janela, que reveles a tua presença através do teu intenso e doce aroma, que a brisa, minha confidente e amiga, traz até mim. Desde que te vi pela primeira vez que me quedei enamorado de ti. Perdi-me nos teus olhos e desejo ardentemente aforgar-me no teu belo corpo.
Oh! Esse teu belo e esguio corpo... cheio de ondulações e balanços quando te moves que fazem o mundo surgir ainda mais efémero aos teus pés...
E todos os dias resto ali...À espera...
À tua espera minha doce amada.
Todos os dias soltarei a minha voz para que ela leve até ti esta exaltada melodia carregada da mais pura das paixões.
Mesmo que as restantes janelas se escancarem e de lá assumam vozes arremessadas,
- Ó rais parta o Gato que não se cala!!! Catano que vou aí e te dou cabo do pio não tarda nada!
Consigo desviar-me de um objecto, que mais se parece um chinelo, e volto a chamar-te...
Nem eles! Minha amada. Nem eles me calarão! Jamais! Nunca o farão enquanto arder em mim este fogo eterno da paixão!
E voltarei aqui até que me ouças...