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Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Parabéns de tentativas

bolo.jpgBolinho feito por mim com a preciosa ajuda do sous-chef o meu filhote

 

 

Tudo começou porque não vejo telenovelas e assisto a pouca televisão, além disso passava a vida a dizer "Tenho que escrever isto!". Com alguma insistência do meu home e com a minha vontade de comunicar resolvi, há 4 anos atrás, criar o "Eu tento mas o meu tento não consegue"!

 

Já por aqui disse que o título resulta da uma preciosa frase que o meu filho soltou depois da nossa persistência para que ele dormisse, quase em desespero de causa eu digo-lhe "Filho por favor tenta dormir..." e ele responde com esta pérola, "Mãe eu tento mas o meu tento não consegue!".

 

504 post depois e com 8139 comentários cá continuo. Muitas foram as vezes em que pensei abandonar a Blogosfera, mas algo mais forte do que eu me empurra para cá!

 

Mas porquê ter um blogue? Que piada tem andar aqui a escrever o que penso e o que me acontece?

 

Para mim é uma excelente terapia. Liberto os meus pensamentos e além disso conheço outras formas de pensar e outras vidas. E conheci por aqui tanta gente maravilhosa! Alguns dos quais até já me encontrei pessoalmente! E pude ver que são tão queridos como eu pensava! Diz-se que não sabemos quem está por trás do teclado. Pois eu digo que mais cedo ou mais tarde o verdadeiro "eu" acabará por surgir. Felizmente tenho tido o privilégio de vos conhecer! Obrigada as pessoas deste bairrinho da Blogosfera que me dão a honra de vos ler e que muitas vezes me deixam o vosso miminho em forma de comentário.

 

Parabéns ao "Eu tento mas o meu tento não consegue" e a todos vós que o alimentam com as vossas queridas visitas. Entrem, sentem-se e sirvam-se de uma fatia de bolinho caseiro!

Relato de Experiência I

 

Não me recordo se alguma vez estive tanto tempo sem escrever por estes lados. Certo é que a minha cabeça tem andado completamente vazia de ideias, ou cheia de demasiadas coisas, algo que ainda não consegui parar para conseguir decidir....

 

E, ao contrário de muitos, tempo ainda é uma coisa que eu não consigo fazer. Gostava muito de saber onde é que o iluminado da célebre frase "Estou a fazer tempo" foi buscar a ideia de que o tempo se faz.

 

De longe é a minha ideia de fazer deste blogue um diário, ou algo que sirva como muro de lamentações, mas, há sempre uma excepção. E sendo este blogue pertencente à minha humilde pessoa, alturas há em que não consigo separar as águas, e esta é uma dessas alturas. Sosseguem almas, não me vou lamentar, digamos que irei antes ranger os dentes, ladrar, e quem sabe também irei ou não morder.

 

Tal como já disse por aqui os meus dois progenitores tiveram que ser hospitalizados dia 25 de dezembro, tive pois um Natal no ambiente demasiado aquecido e extremamente frio de um Hospital em Trás-os-Montes, penso no entanto que para experiência que irei relatar a localização pouco importará, mas gosto de situar os meus incautos leitores no espaço.

 

Pois bem, são tantas as coisas que me estão no gasganete que achei por bem, e para vosso descanso, e eu preocupo-me com o vosso descanso, dividir esta minha narração em duas partes, já que também se trata de dois progenitores.  Comecemos então pela parte materna.

 

Após uma queda num corredor de casa a minha mãe teve uma fratura subtrocantérica  e mais um palavrão dito demasiado baixo e que não consegui perceber ao ortopedista. Além disso, tinha a cabeça para os dois lados, literalmente. O certo é que necessitava de uma cirurgia com respectivo internamento necessário, iria ficar dependente pelo menos durante 2-3 meses, na melhor das hipóteses, mas depois de estar com ambos os pais no Hospital a melhor das hipóteses era algo que não estava, e ainda não estou, a considerar.  E naqueles primeiros dias que se seguiram a esta novidade tive que vislumbrar alternativas que visassem quer uma boa recuperação, quer o apoio, que me iria ser difícil, para não dizer quase Hercúleo, que a minha mãe necessitaria. A solução encontrada, e após o diálogo com profissionais de saúde, seria o encaminhamento para uma Unidade de Cuidados Continuados de Convalescença por 30 dias (que é o tempo das Unidades de Convalescença). Isso implicaria que ficasse mais uns dias hospitalizada até ter vaga numa referida Unidade da nossa área Geográfica. Seja como for isso permitiu que ficássemos, de certa forma, descansados. No Hospital teria apoio para as suas necessidades diárias e iniciaria a recuperação fisiátrica. Era não era? Pois é...

 

Sempre que a minha progenitora pedia algo era notória a má vontade com que a maior parte das pessoas a brindava na ajuda. Poucas se safavam com um sorriso e solicitude. Nunca foi levada à casa de banho para um banho completo, apesar de ter comentado que precisava- MESMO - de lavar a cabeça, era-lhe colocada uma bacia em cima da mesa davam uma esponjinha e fazia o seu banho parcial na cama que depois seria mudada ao fazerem o levante. No início de um turno da noite uma auxiliar chegou ao cúmulo, e depois de a ter ajudado a sair da cama para se deslocar ao WC, de lhe dizer  "Vou mas é colocar-lhe fralda senão não tarda nada está a chamar-me outra vez! Você está sempre a fazer chichi!" e se melhor o disse mais depressa o fez! Colocou uma fralda que ficou toda encharcada e a deixou cheia de urina. Molhando cama, camisa de dormir e a dignidade. Mais tarde, e já na Unidade, veio a ser confirmada uma infecção urinária, daí a sua vontade em urinar. A falta de pessoal quer de enfermagem, quer auxiliar, era evitente mas o custe o que custar é mesmo isto. Bem, a falta de pessoal e a falta de profissiolismo de alguns... Muitos se esquecem do significado da palavra "cuidar".

 

Um dos médicos da equipa referiu-me que a fisioterapia nestes casos teria que ser feita com muito cuidado já que aquela articulação estava traumatizada e como tal estavam com receio da sua ida para a Unidade, perguntei se a fisioterapia ali, naquele Hospital, teria esses cuidados por ele preferidos, resposta, "Oh, claro que sim! Nós aqui conseguimos controlar isso!". Mais uma vez, pois... ao que parece o fisioterapeuta tinha a sensibilidade de um elefante numa loja de cristais. E fazia exatamente o que o ortopedista tinha dito para não se fazer. Numa das minhas visitas, que dado a distância e o trabalho, não eram tão regulares quanto a vontade, falei com uma médica da equipa e questionando sobre este facto e a ideia com que fiquei foi que a minha mãe estava a mais naquele serviço, a vontade em ajudar não era muita e a ideia era enviá-la para casa pois se ela andasse estava tudo bem. Segue-se que ela tinha, e tem, dificuldade na marcha e eu tinha entendido inicialmente a sua recuperação seria melhor com o apoio da Unidade e fisioterapia adequada. As coisas azedaram de tal forma na minha conversa com uma das médicas que se introduziu à conversa que por pouco não a mandei abaixo de Braga, como se costuma dizer por aqui, não sei o que existirá abaixo de Braga mas espero que seja algo bem nojento. A arrogância da Sr.ª Drª, como frisou que queria que eu lhe dissesse depois de numa frase eu ter dito "Mas ó minha senhora" e ser interrompida como um "Minha senhora não. Senhora Doutora!"!!! Passada que eu estava da mona respondi categórica "Ai sim! Então faça o favor de me tratar por ......" e referi o meu título académico! Fiquei a saber que dizer minha senhora é uma ofensa grave.

 

Felizmente a vaga para a Unidade foi disponibilizada nesse mesmo dia. E nestes 4 dias pode dizer-se que a recuperação e os cuidados prestados naquela Unidade têm sido excelentes. O cuidado e dedicação de todos os profissionais é evidente e estão ali para atingir objectivos, e o objectivo é o bem estar e a máxima independência do utente.

 

Tenho descoberto pessoas, digamos, asquerosas, mas também extraordinárias. Muitas me têm ajudado, dado aquela força que tenho que desencantar naquele cantinho que às vezes parece perdido. Muitas são as pessoas que se disponibilizam para ajudar e que ajudam mesmo. E é para essas que vai o meu carinho, a minha consideração e é para essa que vai o meu apontamento. São essas que ficarão. E é por essas que vale a pena tentar remar mesmo com correntes mais fortes.

 

Obrigada. {#emotions_dlg.redflower}

 

 

Cavaleiro...

Existiram  alturas da minha vida em que precisei de ser eu o cavaleiro, olhar em frente, agarrar a vida sentindo-a e não deixando que ela me escape como teima tantas vezes em fazê-lo... mas de quando em vez gosto de me sentir a tua donzela! Sentindo que minha alma ganha força perdendo-se em ti...em ti meu cavaleiro, de cavalo de pau, e em ti me deixo conduzir sabendo que nunca mais estarei só...porque tu estarás sempre em mim...

E nada melhor que a música para ilustrar o que as minhas palavras teimam não conseguir dizer


O meu tento quer agradecer-te por estares "lá", sempre que eu preciso de um cavaleiro....sei que não preciso de fazê-lo, mas o meu blogue fica mais bonito assim :)

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