Romance...
- Adoro chegar-me a ti durante a noite
- Porque te aqueço?
- Não. Só porque estás lá...
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- Adoro chegar-me a ti durante a noite
- Porque te aqueço?
- Não. Só porque estás lá...
Numa conversa casual duas colegas falavam que achavam estranho as frases carinhosas entre maridos e esposas proferidas muitas vezes em público. E como que troçavam com quem era carinhoso achando que essa "fase" já passou.
Não é a primeira vez que ouço pessoas a troçar com casais que são carinhosos entre si. Ao que parece chamar "querido(a)" e "amor" ou algo do género é considerado entre casais, casados, entenda-se, fastidioso, estranho e muitas vezes motivo de troça.
Apesar de compreender que até há muitas pessoas que não apreciam demonstrações de afecto em público, esta questão das frases carinhosas leva-me a algumas conclusões...
- Existe uma certa dor de cotovelo por parte das pessoas que não são tratadas carinhosamente pelos seus respectivos cônjuges. E páh! Mas a inveja fica tão mal.
- Parece que existe mais o costume de não ligar ao parceiro mal ele(a) tenha caído na "rede" e depois há que relaxar. Ui! Nada mais errado. O investimento numa relação é algo que deve ser para toda a vida, e claro, não deve ser feito de forma obrigatória. Se assim for algo vai mal...
- Acho que não é instituído o hábito de demonstrar carinho e isso leva-me a outras questões, a nossa inteligência emocional é algo que não é fomentado quer no seio familiar, quer nas próprias Escolas. Cultiva-se o prazer imediato mas tudo o que tem que ser trabalhado dá fastio. Devemos ser capazes de demonstrar carinho de lidar com emoções. Isso é positivo e este mundo cada vez mais sombrio necessita disso.
Tudo isto me leva a pensar nos números cada vez mais crescentes de violência doméstica.
E nem de propósito hoje surgiu um casal no meu serviço onde a palavra carinho era algo há muito extinto. E isso? Será o normal?
O amor e uma cabana é uma falácia! O amor tem que ser regado com muito carinho, atenção, companheirismo,... diariamente. E se assim não for começa a perder as sua melhores qualidades. E uma das sua melhores propriedades é a de nos fazer sentir bem. Não chega só amar é preciso saber dizê-lo e demonstrá-lo.
E quem é que não se sente bem com umas amáveis e doces palavras? Quem não se sente bem ao lhe ser demonstrado carinho?
Hei-de encontrar-te....
conhecer-me no teu olhar
sentir-me no teu abraço
perder-me no teu desejo
Hei-de encontrar-te....
mas já te amo
com todo o meu ser
com todo o meu eu
Hei-de encontrar-te...
como tu me encontras a mim
naufragaremos um no outro...
encontraremos a liberdade!
Lina Maria
Não tento encontrar-te porque já te encontrei...
Amor? Obsessão? Paixão? Desejo?
A alma humana busca incessantemente pelo amor. Nada é igual sem o amor. Tudo tem mais cor, conseguimos levitar, conseguimos chegar às nossas entranhas, conseguimos tirar de nós o melhor e em muitos casos o pior! Apossados da mais forte droga existente no planeta.
Cientistas tentam explicar o amor com reacções químicas, impulsos eléctricos neuronais. Mas a alma não se consegue explicar...
E muitas vezes o grande amor está ao lado de uma grande tragédia. Assim nos levam a crer os grandes clássicos;
Inês de castro e D. Pedro, uma história que estivéssemos nós em Hollywood e teria sido dissecada até ao tutano! Tem tudo para ser um autêntico sucesso de bilheteira! Política, intriga, amor, obsessão, loucura, vingança e morte!Muita morte!
Marco António e Cleópatra, um amor cheio de política, intrigas e desconfiança. O poder do amor que rivalizava com o poder político. Quem venceu?
Hummm... Os dois suicidaram-se dando-se eles por vencidos.
Páris e Helena, cujo amor levou a guerra entre Espartanos e Troianos. Um romance recheado de tragédia, mas que nos deixa com a estratégia guerreira do Cavalo de Tróia e com o tendão de Aquiles. Um amor que destruiu Tróia e deixou muitos heróis para a história!
Romeu Montecchio que se apaixona pela proibida Julieta Capuleto, um amor que luta contra a rivalidade familiar, termina em tragédia! Não após de esgotadas todas as palavras nos extensos diálogos de William Shakespeare, que ficará para sempre recordado com esta sua obra.
Catherine e Heathcliff, outro amor recheado de vinganças, raivas, paixão e tragédia. Uma história que nos é trazida da fazenda Monte dos ventos uivantes, o famoso Monte dos vendavais, onde nasce uma paixão avassaladora entre a aristocrata Catherine Earnshaw e o órfão Heathcliff, adoptado pelo patriarca da família. Heathcliff vai mostrando nuances de uma personalidade atormentada e vingativa, numa alternância de sentimentos que, de tão intensos, oscilam constantemente pela ténue linha que vai da sanidade à loucura. Uma loucura que consome o amor e Catherine. Claro! Tragédia!
Amor de perdição, só o nome já faz antever o que aí vem! Um Romeu e Julieta à portuguesa, com algumas nuances. Simão Botelho e Teresa de Albuquerque têm uma paixão proibida, outra vez a rivalidade familiar na baila, mas nesta história eles não se matam, deixam-se morrer, ela de tuberculose e ele doente de amor. Aqui quem se suicida é Mariana que entra na história e se apaixona por Simão. Camilo Castelo Branco não poupou nos caixões!
Tristão e Isolda um romance, uma lenda... a história centra-se no trágico amor entre o cavaleiro Tristão, originário da Cornualha, e a princesa Irlandesa Isolda. De origem medieval, a lenda, ao que tudo indica de origem céltica, foi contada e recontada em muitas e diferentes versões ao longo dos séculos. E nem preciso de dizer que após muitas desventuras termina em morte. Este é o filme que aconselho - Tristão e Isolda -
E claro, Anna Karennina e o seu impetuoso Conde Vronski, que a leva a ser consumida por um amor extraconjugal. Um romance à boa maneira de Tolstói. Traição, loucura, mais uma vez intrigas e vingança. Com uma adaptação para filme em 1997 que conta com a bela Sophie Marceu. E temos agora em cena uma nova versão deste romance em filme - Anna Kanenina -
Em nem falo desta nova moda de humanos que se apaixonam por vampiros! No meu tempo a tradição era espetar-lhes uma estaca agora temos as moças a suspirarem pelo seu vampiro! Tempos de agora....
E eu pergunto-me porque será que gostamos de uma boa tragédia romântica?
Que levará o ser Humano a escrever sobre o amor de uma forma trágica?
Lemos um livro destes e dizemos, "Que grande romance"! Mas tudo termina mal e em morte! Onde descobrimos a grandeza?
Num amor que existe nos apesares?
Num amor que muitas vezes perdura após a morte?
Será que é amor? Ou será obsessão em muitos casos?
Eu tento perceber a grandeza de um amor trágico, de um amor que não teve a vida! Grandes clássicos e grandes leituras. Obsessões, loucuras, intrigas, aventuras e desventuras tudo para apimentar a nossa insaciável vontade de ver o amor acontecer. Forte, intenso e com muita lágrima!!
Imagens retiradas da internet
Sinto o teu sol
Sorvo com a brisa o teu odor salgado
vejo o meu sorriso no teu olhar
e perco-me em ti...
Deixo-me perder,
desejo perder-me para te encontrar...
Imagem retirada da net
Eu tentei.... consegui? ;)
Fim de semana equivale a assistir um filmezito, muitos deles já saíram para o cinema há algum tempo, mas isso até tem o seu quê de positivo, assim também não sabemos as "opiniões" da moda que muitas vezes nos influenciam, inconscientemente ou não, na escolha de um filme. Mas não é sobre o livre arbítrio que quero falar, esse ficará para uma próxima, quero falar sobre o que um filme me lembrou de escrever sobre o amor. Lembrou-me de escrever algo que já faz parte do meu pensamento e do meu sentir.
O amor é o tema predileto de poetas que nos enternecem com as suas mágicas poesias repletas de floreados amorosos. O amor conquista plateias enche os corações e faz verter algumas lágrimas presas na emoção de uma semana sem grandes magias e com muitas correrias.
Mas afinal o que é o amor?
Cientistas dizem tratar-se de uma reação química, longe do coração, símbolo predileto para o ilustrar, no cérebro.
Poetas muitas vezes condundem o amor com paixão e envolvem-nos no seu emaranhado de emoções.
Escritores dramatizam-no e criam histórias encantadoras capazes de nos suster em suas palavras.
Cineastas tentam retrata-lo fielmente, tentam porque a realidade foge-lhes. E na esperança de ter esse amor de ecrans, de poetas e escritores muitos perecem sem senti-lo, ou sem terem a certeza de que aquilo que sentiam era o amor....
O amor não começa com a magia do primeiro beijo, com o enamoramento de um olhar ou com o a fuga daquele odor que nos faz tremer as entranhas. Não! Para mim o amor começa com dias partilhados, com momentos de alegria e lágrimas de tristeza, da discussão, da divergência de opiniões, e claro, da cedência, do altruísmo, do pensar no outro. Começa com coisas simples como ida às compras, com a partilha da lista de supermercado e da mantinha de sofá (sim, eu não partilho a minha mantinha por da cá aquela palha=)), com a partilha de opiniões, com a divisão de gavetas, a escolha da casa, com os dias de cansaço, com os dias de festas, os dias soltos, o passar dos dias de chuva e de sol. Cresce com os dias, amadurece e solidifica com os anos.
No entanto muitos pensam, inocente e ingenuamente que o amor não precisa de ser alimentado, afinal o outro sabe que estamos "lá" e que o amamos! Sabe!?! Mas quer ouvi-lo e senti-lo, nas ciosas simples de um bilhete, na espontaneidade de uma carícia inesperada, na simplicidade de uma flor oferecida fora de "dias pré convencionados" para o efeito.
O amor está lá, nos momentos difíceis, porque amar nos dias bonitos e solarengos é fácil. O Pior é ficar quando começam as dificuldades no imprevisto da vida.
O amor não quer só paixão, o amor quer acima de tudo uma amizade cúmplice diária.
Podemos ser mortais mas o amor é imortal! Esse prevalece mesmo que se queira apagar o sentir, porque este nos faz doer! E quando a dor desaparece fica, não a simples lembrança de um doce amor, fica sim o amor e todos os momentos que não deixemos que morram jamais, esses momentos seguirão a humanidade pois ela firma-se no esplendor do amor
O meu tento fica assim... um dia (One Day), uma vida com esta visão do amor. Com esta maravilhosa partilha de mim.