Está à porta mais um novo ano. Com ele faz-se o balanço do ano que se esgota e tomam-se resoluções que, na sua grande maioria, nunca irão passar disso mesmo.
Há também que deixe por mãos alheias as decisões para o novo ano. Lê-se o horóscopo e se este disser que vai ser um bom ano ficamos aliviados. Lamento, mas alguns signos terão que se esforçar mais um pouco, mas para eles também vai correr bem
Faz-se uma festa com direito a passas, sobe-se à cadeira, bate-se nas panelas, bebe-se espumante ou champanhe, usa-se uma peça azul e nova tentando desesperadamente não agourar o novo ano! Tradições pagãs que nos fazem sentir melhor e imaginar que estamos a cumprir todos os preceitos para que o ano nos corra bem!
Há também há quem vá à bruxa, para que esta os livre do peso do ano anterior e comecem tudo de forma "limpa". Sim. Porque eu não acredito em bruxas mas que as há, lá isso há. Por falar nisso, quem tiver o endereço de uma boa e que não seja charlatã que diga, porque estou bem precisadinha!
Enfim, faz-se de tudo para atirar com o passado para trás das costas e tentam-se novos começos. A chatice é que o passado agarra-se às nossas pernas como cola!
Seja como for, um novo ano vem aí. E sim, com ele novos começos. Novas decisões, meses limpos e prontos a ser descobertos e uma infinidade de aventuras, resta-nos olhar para tudo isto com esperança, fazer o que for preciso para busca-la caso ela não surja espontaneamente.
Afinal, todos buscam ser felizes. E a felicidade está ali ao lado, estiquemos pois as mãos e tentemos tocar os nossos sonhos em 2017....
Um grande e carinhoso abraço a todos que conheço neste mundo virtual. Pessoas que de longe fazem os meus dias serem melhores e uma doce descoberta. O meu sincero obrigada pela vossa existência
Há uns dias que era para falar nisto, mas é um tema que não é agradável.
Discutiu-se há pouco se os pais deveriam ou não ter acesso à lista de abusadores de menores, até aos 16 anos. Muitas foram as vozes que se insurgiram contra esta ideia, incluindo o nosso Ex. Presidente Jorge Sampaio, referindo o problema da justiça de apedrejamento e até vozes do Ministério Público se manifestaram contra a ideia.
Deus, e quem segue este Blogue, é testemunha de que eu não vou nada à bola (nem a coisa nenhuma) com o actual Governo, mas esta ideia eu aplaudo. E mais minha gente. Aplaudo de pé.
Pedofilia não é um crime qualquer. É um crime praticado por um doente mental que não tem cura. É um psicopata dos piores. Não acredito que exista a mínima hipótese de reinserção, ou reeducação, nestes casos! E a virem para a sociedade acho que devem ser SEMPRE vigiados! A sociedade tem esse dever pois tem obrigação de proteger as crianças! Se essa vigilância fosse eficaz talvez assim eu acreditasse na justiça e na sua célere actuação. Mas não acredito. Por isso, como mãe, quero sim ter acesso à lista de abusadores, e acho sim que devem ser impedidos de exercer qualquer função na área da pediatria! Mas isso seria das primeiras coisinhas a fazer! Um pediatra pedófilo é o cúmulo!
Até sei que estou errada, e virem dizer-me que serão pessoas olhadas sempre de lado que haverá justiça pelas próprias mãos... e mais coisas que terão porventura razão. E também há o risco dos acusados inocentemente. Mas a minha razão, o meu ser racional é isso que diz. Mas uma mãe não é um ser racional! Principalmente uma mãe que já viu algumas coisas bem tristes e hediondas! Por isso, vos digo, se são olhadas de lado é pouco, mesmo muito pouco para o que fizeram. Se serão julgadas publicamente não se perde nada ao ter menos um ser nojento no mundo. E certamente que o mundo agradece.
Realmente em questões de opiniões e de gostos cada um tem a sua e o seu. Há quem goste de coelho, que eu detesto, seja com que condimentos for. Há quem adore andar diariamente de preto, enquanto eu prefiro cores mais alegres. No entanto, e apesar disso esquecemo-nos frequentemente disso e damos por nós a julgar determinado acontecimento pelos olhos dos outros. Por exemplo, um determinado filme. Se lermos a opinião dos críticos temos um que lhe dará 5 estrelas e outro uma ou até nenhuma! E dirão vocês que deveríamos procurar aquele cuja opinião de assemelhe mais à nossa. Mas como? Se eu ainda não vi o filme! Como? Se o meu estado de espírito do momento pode estar diferente do critico, que vá lá, até vou mais na onda do que ele diz?
Aqui há uns dias surgiu-me uma situação caricata que me colocou a pensar...
Quem me conhece há uns três anos da Blogosfera, e os que têm o prazer (gaba-te cesto) de o constatar pessoalmente, sabem que isto é daquelas coisas que faço de vez enquando e que tento não abusar, pois faz um certo mal à saúde psíquica embora nos queiram convencer do contrário. Mas enfim... o que aconteceu é que a equipa do meu serviço se reuniu para um jantar, após uma formação, tendo faltado uma ou duas pessoas. Uma dessas colegas perguntou para o nosso grupo dias mais tarde, "Então como correu o jantar?"
Resposta de uma outra colega que passarei a chamar de colega 2 :
- A comida estava horrível!
A minha resposta:
- Eu gostei! O arroz de lentilhas estava bom e o peixe óptimo!
Colega 2: - Chiii! O arroz estava uma pilha de salgado (ainda me hão-de explicar porque dizem que está uma pilha quando algo está salgado)
Eu: - Não achei. Estava mais temperado, mas não demasiado salgado.
Colega 2: - A sobremesa estava horrível.
Eu: - Comi ananás e estava bom.
Colega 2: - Estivemos no mesmo jantar?
Eu: - Caramba! Ainda eu acho que sou esquisita!!!
A que nos questionou vendo que isto não iria dar-lhe dicas sobre nada, perguntou a seguir. "E como correu a formação?"
Colega 2: Que treta! Uma das formadoras parecia possuída de tão excitada!
Eu: - A sério? Foi de encontro ao que esperava. E a senhora pareceu-me apenas bem disposta e mais à vontade, só isso.
Não sei o que ficou a pensar a colega que queria saber algo. Ficou certamente a pensar que só estando lá para retirar as sua próprias conclusões que seriam provavelmente diferentes das duas acima.
Agora expliquem-me, com tantos exemplos como estes que andam por aí, como é que ainda ousamos tirar conclusões precipitadas? Como é que ainda nos deixamos levar pelo preconceito e pelo seu irmão gémeo o estereótipo?
Tentem lá dar-me uma razão lógica para nos deixarmos lervar muitas vezes por opinões alheias?
Cada vez mais gosto de decidir por mim o que acho disto ou daquilo, pois já não é a primeira vez que ou me iludo ou até me desiludo.
Imagem retirada da internet, obrigada a quem a disponibilizou