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Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Paga que eu também pago!

dinheiro voa.jpg

O povo Grego levantou-se mais uma vez para reagir. Este não foi sobretudo simbólico, um "não" à austeridade que não tem levado a lugar nenhum! Um não a esta Europa austera, anti-pessoas e pró- capitalista. Uma Europa que se tem esquecido que a economia utiliza-se para servir as pessoas e não o contrário! Uma Europa de números, tabelas exel, e não de pessoas.Uma Europa da Merkel que representa tudo aquilo contra o qual já lutamos...

 

Ouço, e leio, muitas vezes estes dias, em que a Grécia se tornou tema de conversa, "Se nós, povo português, pagamos as nossas dívidas eles que paguem também! Andam agora a armar-se em espertos". Isto é interessante, e faz lembrar aquela altura em que no sistema público se passou a trabalhar as 40 horas com os palermas do sistema privado (desculpem mas é verdade) a esfregar a mãos e a rirem-se maleficamente "Se nós fazemos as 40 horas façam também!!". Isto em vez de se unirem todos para que TODOS trabalhassem as 35 horas.

 

Em relação à Grécia e a Portugal passa-se o mesmo. Porque é que o povo português não acorda finalmente e segue o exemplo da Grécia e diz NÃO de uma vez?

Ninguém está aqui a dizer que não se deva honrar as dívidas. Mas e que tal uma renegociação da mesma e dos seus juros estratosféricos?

Que tal por uma vez na vida os portugueses ousem! Ousem em reagir e agir! Em ser diferentes e não umas "Maria vai com a outra!".

Mas não. Resgatam-se Bancos que roubam, que corrompem, que.... (deixem-me estar calada!)

Vende-se o país a retalhos e ao desbarato. Mandam-se os licenciados e os jovens para fora do país (jovens e não só). E fica-se na miséria. Agora, alguém que me tente explicar, por favor, em que é que a tal austeridade resultou? O que é que ela fez de bom?

 

E a Alemanha? Que com isto se esqueceu que por lhe ter sido perdoada uma dívida é que pode estar onde está e ocupar a posição que ocupa? Sim. Meus caros, ainda e sempre essa dívida. Não dá para esquecer... ainda não. Sobretudo com esta Merkel à frente.

 

Outra coisa. Parece que dizer umas verdades incomoda e fere susceptibilidades e, como tal, há que lançar essa mesma verdade para longe dos ouvidos. Com isso sai de cena Varoufakis o Ministro que ousou.

 

A Democracia acaba aqui!

 

Ontem, e a propósito das Autárquicas, discutíamos a democracia. E chegamos à bela conclusão que a única réstia de democracia que temos é no acto eleitoral. A partir dai, tichau, passe bem, vá à sua vida, já se faz tarde, inté ver, adeus! A partir daí esgotam-se os actos democráticos e "quem lá se senta" pode fazer o que quer! O que lhe dá na gana! Que adiantam as manifestações? Que adianta não gostarmos do rumo que se está a dar a isto ou aquilo? Que adianta o povo no AGORA não estar contente? Nada, népias, bulhufas, nicles, pitibiriba! Agora é aguentar! O que significa aguentar até às próximas eleições, onde ficamos com a ideia de que o povo é quem mais ordena. Será mesmo? Começo a ter as minhas dúvidas....

 

Ora vamos a números. E aviso que estas contas não foram feitas só por mim, portanto descansem, foram decorrentes das conversas aqui em casa e algumas pesquisadas no Dr. Google.

 

Portugal tem cerca de 10.530.000 milhões de portugueses, destes temos uma população de 8.600.000 pessoas com mais de 18 anos residentes em portugal, e portanto de eleitores. Contanto que nas últimas legislativas votaram cerca de 5.588.594 de Portugueses e destes 2.159.000 votaram no partido que ganhou as eleições, não com a maioria, e em quem esperavam que fizesse e seguisse aquilo a que se propôs aquando a campanha das legislativas. E como se veio a verificar votaram ao engano...

Bem, adiante com os números. Ou seja os restantes votaram em outros partidos. Supondo que foram os 10% dos tais 2.159.000 que se manifestaram em Lisboa, numa das grandes manifestações de que ela já foi palco (não a maior certamente, porque essa ainda tenho fé que virá). Portanto uma manifestação em uma só cidade. Acham que não é representativo para se repensar o que se anda a fazer??  

 

Agora sem números, já que eu olho, e volto a olhar e acho-os frios já que as pessoas não estão ali. Não está ali aquela senhora que teve que abortar, com o coração despedaçado porque queria aquela bebé, mas seu marido tinha perdido o emprego naquele mês, e com a sua idade nada de bom auspiciava, ela ganha pouco mais que o salário mínimo, com renda de casa para pagar, um filho em idade escolar e com os livros e material para comprar, comida para colocar na mesa,... isto é muito lindo falar em pró vida quando a realidade nos espeta uma faca ao peito!

Os números não falam daquele idoso que recebe de pensão 354 euros e que do pouco dinheiro que lhe sobra tem que escolher, ESCOLHER, os medicamentos crónicos que pode levar para casa. Os números não falam no aumento de pessoas que se fecha em casa e se cala, cala o seu orgulho e as dificuldades que passa, e cala-o muitas vezes com antidepressivos e ansiolíticos, os números não falam do que se vê nas Escolas, do frio que lá se sente! Não fala do desânimo espelhado em cada cara que acha que nada tem e que não sabe que despesas fez para levar o seu país à ruína!

 

E a democracia que temos é esta. No acto eleitoral a partir daí podem fazer o que quiserem! TUDO! Porque afinal estão aí porque foram eleitos não é? Nem que seja com base num programa eleitoral que nem de longe nem de perto foi seguido. E nem que seja a Governar escondido pela TROIKA. Não me venham com tretas nem tudo é a TROIKA! Há muitas ideias que não vem de lá! Custe o que custar estamos aqui e agora podemos tudo! Agora tentem lá dizer que não?

 

E alguém me dizia no outro dia:

- Não podemos ser todos iguais, têm que existir os pobres.

Pois claro! Para que possam ser explorados para que outros possam ser os ricos!

 

Bela sociedade a nossa!

 

Há quem não queira trabalhar! Há. Mas há muito quem queira e não tenha onde! E há quem trabalhe sem condições dignas de uma sociedade de séc. XXI. Será isto a democracia do nosso século?

 

Uma democracia capitalista virada para os mercados. E olhem lá não os irritem! Que os meninos são sensíveis! Uma democracia onde se cava um fosso intransponível! Este, é o lado dos que tudo podem, e que não se querem misturar com os que podem de vez enquando, e então há que fazer com que estes também não possam nunca! E os que nunca puderam, a esses? Tanto lhes faz! Já nem sabem o que fazem aqui.

 

 

Imagem retirada da net, obrigada a quem a disponibilizou

A reconsiderar o povo.

Tempo quente este! Estamos de facto com temperaturas superiores ao normal num verão que todos diziam que não ia ser grande coisa. Mas tem-se revelado. Revelou-se que o irrevogável pode ser revogado e que se adiam antecipações. E aguenta-se...

 

Mas há cúmulos! Há um ponto em que de facto se chega ao cúmulo.

 

Hoje na Assembleia da República onde se encontram deputados eleitos pelo povo, ao que tudo indica ainda estamos numa democracia. Após uma manifestação de alguns populares, tudo bem compreendo que interromperam os trabalhos, os trabalhos que nos fazem aguentar, mas pergunto: Quantas vidas estão interrompidas?

 

A democracia tem destas coisas, destas interrupções! Eu sei, a democracia às vezes incomoda e chateia. Mas ouvir dizer a Senhora Presidente da Assembleia “Teremos de reconsiderar as regras de acesso às galerias”! Assunção Esteves uma senhora que se reformou aos 42 anos, note-se. Atingiu-se na realidade um cúmulo! Restringir o acesso às galerias que são do povo!?! Do Povo que ingenuamente os mantém ali!! E pior. O pior é que ela foi aplaudida ao proferir estas palavras! Que pelo menos a mim me atingiram que nem um raio. Sim. O fim está lá. Eu estou a vê-lo bem de perto.

 

Apesar de ser discutível a manifestação nas galerias aquelas palavras NUNCA deveriam ter sido pronunciadas.

 

 

Para quem gostar de filmes de terror, depois do suspense de ontem,  pode ver o vídeo aqui

 

E o tempo continua a aquecer...

 

Tentem não ter medo... muito medo!!!

 

 

 

Imagem retirada da net, obrigada a quem a disponibilizou

E agora?!?

Ontem muitos se manifestam nas ruas numa onda mais do que clara de descontentamento.

 

Mas... e agora?

 

O Governo queixa-se de que não os deixam falar quando se começa a cantar "Grândola", queixa-se que estamos numa democracia e que ao serem interrompidos não se está a ser democrático.

 

Mas, se milhares pedem nas ruas, e muitos que não puderam ir pedem em suas casas, que se demitam ou mudem o rumo de Governação, e eles insistem em ocupar as cadeiras exactamente como estão isso não é abalroar a democracia?

 

Que raio de democracia é esta em que lá porque se votou num determinado Governo este tem carta branca para fazer o que lhe dá na real gana? E o povo? O povo que aguente!!!

 

O povo tem direito a manifestar-se mas só isso. Não tem direito a mais nada! Não tem direito a que se mude o rumo, a que se pense, a que se reflicta, a nada.... o povo não é o que mais ordena durante quatro anos!!!

 

O povo só tem direitos nas urnas e mais nada...

 

E inté ver continuamos assim. Com eles, os vampiros, a terem cartinha branca e a usarem e abusarem daquilo que chama democracia!!! E não vale a pena tentar algo diferente.

 

Ai... "povo unido jamais serás vencido"... onde estás tu?

 

Imagem retirada do Jornal Público

A cantilena democrática

 

Imagem retirada da net (obrigada a quem a disponibilizou)

 

 

Com esta nova onda de "Grândola" muito se tem discutido sobre democracia.

O Governo queixa-se que a democracia está a ser "abalroada". Bem, o Governo e não só...

 

A justificação para tais queixas prendem-se com o facto de não se deixar falar alguém, e esse alguém tem coincidido ser um membro do Governo.

Mas, e segundo aquilo que eu percebi, digam-me se estou errada, cantar "Grândola" é um sinal de manifestação, um sinal claro de demonstração de descontentamento. Ora então, quem se quer manifestar tem que escolher onde o fazer e tem que deixar falar os membros do Governo. Isso não irá contra o princípio de manifestação? Será o querem é que eles possam dizer tudo, fazer tudo, e temos que os deixar com tudo? Isto só porque foram eleitos?

 

Então um Governo só porque foi eleito democraticamente tem carta branca para fazer o que lhe dá na real gana e nós, o povo, já não podemos cantar?

 

Parece que preferem o arremesso de pedras à cantoria!!

 

Ou será porque as músicas de Zeca Afonso lhes lembram que não há assim tanta democracia quanto se pinta.

 

Se virmos bem no próprio Parlamento aceita-se como normal a disciplina de voto dos partidos, algo que vai contra a própria Constituição Portuguesa. Então cada um não tem a liberdade de pensar pala própria cabeça? Cada um não tem a liberdade de democraticamente exercer a sua forma livre de pensar? E até são punidos se se manisfestarem livremente!

 

Mais. Então agora podemos ser "abalroados" por um funcionário a perguntar-nos pelas facturas?

Então e eu não tenho o direito de a deitar ao lixo? Que raio de democracia é esta em que temos que mostrar uma factura de um café que consumimos?

Que raio de democracia é esta em que temos que pedir licença para nos manifestarmos?

 

Vocês desculpem, senhores do Governo, mas parece-me que se estão a fazer de vítimas e coitadinhos porque o povo começou a cantar.

 

Mas fiquem sabendo que quem canta seus males espanta! E nós temos muitos para espantar!! Tentemos espantar os nossos a cantar e nada melhor que a "Grândola"

 

 

 

 

 

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