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Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

A Democracia acaba aqui!

 

Ontem, e a propósito das Autárquicas, discutíamos a democracia. E chegamos à bela conclusão que a única réstia de democracia que temos é no acto eleitoral. A partir dai, tichau, passe bem, vá à sua vida, já se faz tarde, inté ver, adeus! A partir daí esgotam-se os actos democráticos e "quem lá se senta" pode fazer o que quer! O que lhe dá na gana! Que adiantam as manifestações? Que adianta não gostarmos do rumo que se está a dar a isto ou aquilo? Que adianta o povo no AGORA não estar contente? Nada, népias, bulhufas, nicles, pitibiriba! Agora é aguentar! O que significa aguentar até às próximas eleições, onde ficamos com a ideia de que o povo é quem mais ordena. Será mesmo? Começo a ter as minhas dúvidas....

 

Ora vamos a números. E aviso que estas contas não foram feitas só por mim, portanto descansem, foram decorrentes das conversas aqui em casa e algumas pesquisadas no Dr. Google.

 

Portugal tem cerca de 10.530.000 milhões de portugueses, destes temos uma população de 8.600.000 pessoas com mais de 18 anos residentes em portugal, e portanto de eleitores. Contanto que nas últimas legislativas votaram cerca de 5.588.594 de Portugueses e destes 2.159.000 votaram no partido que ganhou as eleições, não com a maioria, e em quem esperavam que fizesse e seguisse aquilo a que se propôs aquando a campanha das legislativas. E como se veio a verificar votaram ao engano...

Bem, adiante com os números. Ou seja os restantes votaram em outros partidos. Supondo que foram os 10% dos tais 2.159.000 que se manifestaram em Lisboa, numa das grandes manifestações de que ela já foi palco (não a maior certamente, porque essa ainda tenho fé que virá). Portanto uma manifestação em uma só cidade. Acham que não é representativo para se repensar o que se anda a fazer??  

 

Agora sem números, já que eu olho, e volto a olhar e acho-os frios já que as pessoas não estão ali. Não está ali aquela senhora que teve que abortar, com o coração despedaçado porque queria aquela bebé, mas seu marido tinha perdido o emprego naquele mês, e com a sua idade nada de bom auspiciava, ela ganha pouco mais que o salário mínimo, com renda de casa para pagar, um filho em idade escolar e com os livros e material para comprar, comida para colocar na mesa,... isto é muito lindo falar em pró vida quando a realidade nos espeta uma faca ao peito!

Os números não falam daquele idoso que recebe de pensão 354 euros e que do pouco dinheiro que lhe sobra tem que escolher, ESCOLHER, os medicamentos crónicos que pode levar para casa. Os números não falam no aumento de pessoas que se fecha em casa e se cala, cala o seu orgulho e as dificuldades que passa, e cala-o muitas vezes com antidepressivos e ansiolíticos, os números não falam do que se vê nas Escolas, do frio que lá se sente! Não fala do desânimo espelhado em cada cara que acha que nada tem e que não sabe que despesas fez para levar o seu país à ruína!

 

E a democracia que temos é esta. No acto eleitoral a partir daí podem fazer o que quiserem! TUDO! Porque afinal estão aí porque foram eleitos não é? Nem que seja com base num programa eleitoral que nem de longe nem de perto foi seguido. E nem que seja a Governar escondido pela TROIKA. Não me venham com tretas nem tudo é a TROIKA! Há muitas ideias que não vem de lá! Custe o que custar estamos aqui e agora podemos tudo! Agora tentem lá dizer que não?

 

E alguém me dizia no outro dia:

- Não podemos ser todos iguais, têm que existir os pobres.

Pois claro! Para que possam ser explorados para que outros possam ser os ricos!

 

Bela sociedade a nossa!

 

Há quem não queira trabalhar! Há. Mas há muito quem queira e não tenha onde! E há quem trabalhe sem condições dignas de uma sociedade de séc. XXI. Será isto a democracia do nosso século?

 

Uma democracia capitalista virada para os mercados. E olhem lá não os irritem! Que os meninos são sensíveis! Uma democracia onde se cava um fosso intransponível! Este, é o lado dos que tudo podem, e que não se querem misturar com os que podem de vez enquando, e então há que fazer com que estes também não possam nunca! E os que nunca puderam, a esses? Tanto lhes faz! Já nem sabem o que fazem aqui.

 

 

Imagem retirada da net, obrigada a quem a disponibilizou

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