Associamos esperança a algo positivo, algo que nos move, e que tal como a imagem alude, nos traz uma flor ao nosso espírito deserto. No entanto, cabe-me dizer-vos que ela também nos embarga, nos amedronta, nos leva até um canto e nos faz ficar, ali, bem quietos, como se tivéssemos medo que a cor existisse num quadro onde tudo parece preto e branco!
Fernando Pessoa dizia para alagarmos o coração de esperanças, mas tendo atenção para não deixar que ele se afogue nelas. E existem corações que cansados de ter esperança, e expectativas afogadas, decidem temer o brilho que ela pode trazer. Porque esse brilho demasiadas vezes apagado leva a uma escuridão cada vez maior e mais fria. E o medo aproxima-se para tomar o seu lugar, como um castigo, para quem já tentou chegar demasiado perto para ver como ela era e a que doce sabia.
Como fazer para que não tema a esperança?
Como tentar enlevar a alma de modo a acender de novo aquela luzinha, que brilha lá no fundo, e que esperamos que um dia nos ilumine?
## Pronto, já sei, para a próxima escrevo coisas porreiras e que façam rir, isso é que faz a malta gostar dos blogues. Ó páh, mas hoje estou assim... hoje escrevo para mim e deixo que leiam ;)
Agora parece que deu a toda a gente para falar no futuro. Mas o facto de falarem não é por si só um sinal estranho, afinal sempre houve uma certa preocupação com o futuro. O estranho é que vêem o futuro de uma forma pouco agradável. Pinta-no de preto e cinzento, quanto a mim cores um pouco tristes... baças! Agora se o pintassem e não fizessem questão de mostrar a sua obra aos quatro ventos era bom!
Sei que os tempos vão maus, e provavelmente não terão muita cor. Mas que raio! Usemos uma palete de cores. Afinal que adianta andar sempre a carpir? E carpir o que ainda nem veio!
Dá-me vontade de ir a essas carpideiras de futuro e dizer-lhe umas poucas e boas para que ficassem com vontade de carpir a sério! Existe aquela expressão de uma mãe para o seu filho que faz birra - Ai estás a chorar? Ou te calas ou te dou razão para chorar à séria!!
E há tanta gente com razão para chorar à séria! E porventura são os que menos o fazem.
Mas o grande cerne da questão é quando chega a tal hora "do vamos ver" essas meninas e meninos andam as arrecuas!
Será que não vêm que até agoiram o futuro? E que é preciso quem ande sem olhar para o chão!
Pois eu vou pintar o futuro!
Quero que seja amarelo de manhã,
ao meio do dia que tenha um azul turquesa,
o entardecer alaranjado
e a noite que seja iluminada pelo luar!
Que cheire a rosmaninho,
que saiba a morango
ou a chocolate ;)
que seja doce e salgado!
Que não faça chorar.
E se fizer,
as lágrimas que tragam a força,
o animo e a vontade de continuar
E sobretudo que traga esperança!
Foto retirada na minha mais que humilde máquina
Eu tento não ligar a estes birrentos que só sabem bater o pé nas alturas em que não devem, quando ninguém está a olhar, de preferência, mas é que tem dias que o meu tento só lhe apetece é abanar-lhes o capacete a ver se olham para o lado!! E param de piar!
Jales pertence ao concelho de Vila Pouca de Aguiar e Distrito de Vila Real, teve a sua época áurea na extração de ouro, e é necessário que se diga, a única mina de extração de ouro em Portugal!
Segundo dizem os antigos desde a época da invasão romana que se extrai dali este precioso e almejado metal. E muitos são os vestígios por lá espalhados. Mas restam também muitas histórias sobre mouras encantas presas por singulares feitiços e deixadas à sua estranha sorte. Por isso, talvez também os povos muçulmanos tivessem por lá andado.
Uma aldeia perdida com boas gentes. Gentes de face vermelha, sangue na guelra, trabalhadora e muito hospitaleira.
Além da extração de ouro, que promovia a criação de muitos postos de trabalho, podiam-se ver em redor da aldeia a vida a frutificar nos imensos campos cultivados. Aliás, a vida florescia em todos os recantos desta pequena região muito movimentada do Planalto de Jales. Poucos seriam os que emigravam, para tentar outra sorte que não as minas. Mas muitos ficavam, agarrados à sua terra, ao seu país e trabalhando, contribuindo para uma extração diária de cerca de um kilo de ouro por dia!
E Jales crescia e produzia... a história? Essa pregou-lhe uma terrível partida... Na década de 90 a a cotação do ouro baixou, os custos de extração aumentaram muito, a empresa foi acumulando dívidas à EDP e à Segurança Social, acabando por entrar em insolvência e fechar.
Foi a catástrofe... perderam-se empregos, dissolveram-se contos deixados para trás, lágrimas ficaram... os campos? Esses foram deixados, secos como a alma de quem partiu, de quem conseguiu partir e arranjar esperança. Alguns ficaram, com as castanhas, com o vento, com a labuta de nada e com a esperança de tudo.
Despovoamento, pedras soltas e perdidas... pobreza.
Crianças? As poucas que existem penso que ainda correm por lá... seu destino? Sair dali para conseguir algo da vida.
Tentam agora dar-lhes esperança com esta nova prospecção e com a criação de postos de trabalho tão bem vindos, tão emergentes! Será mais uma das promessas vãs? Será mais uma das ideias de prospecção que só fica na intenção e não nas mãos que precisam de se calejar?
Oxalá que chegue a esperança de quem já está habituado a perder tudo, a ser esquecido e a não ter nada!
Este é o meu artigo positivo. Sim! Temos que procurar o positivo, e seguindo a linha de pensamento de um bloguer que aprecio,o Jorge Soares, é isso que vou, tentar, fazer.
Essa experiência magnífica ensina animais, neste caso ratos, a pedirem o chamado “reforço positivo” com a mente. Ou seja, estes queridos animaizinhos controlam um computador que produz um som, para uma determinada atividade cerebral tinham um som agudo e para outra um som grave. Se eles conseguissem a atividade cerebral capaz de dar um som agudo teriam como recompensa um docinho e se conseguissem um som grave teriam uma comida calórica.
Pelo que conta entusiasticamente o investigador principal deste projeto, e atenção, um Português, Dr. Rui Costa, os queridos ratitos aprenderam a regra, e ao fim de uns dias já controlavam o que queriam comer só com a força da mente! Refastelados já nem precisavam de se mexer para obterem o que queriam!! Mas que agradável restaurante.
Um avanço fenomenal para o mundo das próteses!
Para já, o meu tento fica aqui com toda a força mental virada para Lisboa, lá para os lados de São Bento, pode ser que consiga algo com a força da mente. Não custa nada tentar…