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Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Pessoas quadradas

Respeito.png

 

 

Parece que entrei em 2017 com a palavra civismo na mente e penso que atravessamos uma crise com a ausência da mesma. A bem dizer da verdade, a palavra nem é o mais problemático o grave mesmo são os comportamentos que nos levam à míngua e nos fazem desejar que o umbigo dos outros seja um pouco mais diminuto….


Ultimamente tem-me acontecido disponibilizar o meu tempo para realizar tarefas que são do interesse de quem as agenda comigo. E acontece que os interessados faltam, não avisam, não atendem os meus telefonemas como se fosse eu que tirasse proveito dos assuntos que lhes dizem respeito!

É grave! Esta crise de valores, de respeito pelo outro, pelo seu trabalho e tempo! Chega a ofender e a magoar a quem tudo faz e demonstra disponibilidade para que tudo corra bem.

 

Provavelmente o problema é meu. Revelo uma total incapacidade para lidar com esta falta de civismo, de bom senso e de qualidade de se ser pessoa.

 

Dizem que o problema é meu, porque demonstro muita disponibilidade e explico tudo. Mas por que carga de água é que isso passou a ser um problema?

Parece que o normal é ser-se arrogante, prepotente e não ligar aos interesses dos outros! Triste… muito triste.

 

Alguém no serviço me dizia, não fique assim, as pessoas são quadradas! E, levando isto para o campo das figuras geométricas, quem me dera que as pessoas fossem  mais como os círculos....



 

Contaminados pelo civismo!

gripe.jpeg

 

Este ano, à semelhança de muitos dos anteriores, apanhei a gripe, como se costuma dizer. O problema é que eu não a "apanhei" porque quis. Fui contaminada!

 

E nunca tinha estado tão mal como aconteceu este ano! Foram 4 dias de febre intensa, uma febre que não descia mesmo com a medicação! Dores musculares, dor de cabeça, garganta e mal estar geral... Claro que a única coisa que se pode fazer é apenas controlar os sintomas. Como a gripe é um vírus não se prescreve antibiótico, como a maioria da população pensa que se deve fazer sempre que há febre. O problema das gripes é que podem depois derivar para uma infecção bacteriana, género pneumonia, infecção respiratória, amigdalite,.... e nesses casos pode existir a indicação para a prescrição de antibiótico.

 

Como aqui a menina é uma autêntica flor de estufa, a coisa desembocou para infecção respiratória e houve a toma de antibiótico depois de 5 dias de gripe!

 

E há montanhas de gente a queixar-se que "apanhou a gripe". O problema é que esta praticamente lhe foi atirada para o colo!!!

 

Quando foi na altura da gripe A, o tal H1N1, existiu uma elevada prevenção e promoção de comportamentos de risco, e felizmente houve uma contenção na transmissão. A partir daí a malta esqueceu-se que as gripes, TODAS ELAS, se transmitem pelos mesmos comportamentos de risco!

 

E entrar com sintomas de gripe numa instituição de saúde sem máscara é dar de graça, e atirar para os outros, o nosso sofrimento! Quem diz numa instituição de saúde diz no autocarro, no metro, no elevador, no trabalho,... enfim....

 

Conclusão não existe o mínimo de comportamento cívico para conter a contaminação! O pessoal perece que tem medo de colocar uma máscara!

 

Malta. Eu coloquei uma máscara quando fui ao Centro de Saúde para que me observassem depois de perceber que havia mais qualquer coisa. Não queria transmitir a mais ninguém, já bastava a malta em casa!

 

E à entrada do Centro de Saúde estava uma mesa com máscaras, e desinfectante para as mãos. Pensam que alguém passa por lá? Ninguém!!!!

 

E ao surgir uma pessoínha que está a tossir ranho, e a espremer a infecção para o lado, se lhe pedirmos para colocar máscara ela olha para nós como se fossemos loucos e com ar de quem nos quer matar (o que, dadas as circunstâncias, não é mentira). Esquecem que na mesma sala de espera estão crianças, grávidas e idosos, isto para não falar dos profissionais de saúde que correm um risco tremendo todo o santo dia!!!! Isto é justo????!!!

 

Pedimos para colocar a máscara parece um escândalo. Começam a dizer que a máscara incomoda, que não conseguem respirar bem com ela e mais umas quantas queixas irritantes. Só tenho uma coisa a dizer a estas queixas, fracalhões vulgo coninhas!

É um acto cívico colocar a máscara!!!!

 

 

Se incomoda?

Não é confortável, claro!

Mas para mim é um escândalo alguém que dá de graça aos outros o risco de ficarem doentes!!! E não agradeço a quem me atirou para cima a gripe que apanhei contra a vontade, e que ainda ando a sofrer com as consequência mesmo passadas as 3 semanas! A essa pessoa tenho a dizer que vá para o raio que a parta!!!

 

 

 

Preste atenção por favor

phone_00.jpg

 

Atravessamos a era do desenvolvimento tecnológico! O que diria o Homem, aqui há uns anos, se visse que em vez de caçar alimento estivéssemos a caçar bichanos imaginários com um aparelho?

 

Mas eu até vou aceitando toda esta febre, até posso tentar perceber que seja divertido caçar algo que não existe. O que não percebo é a falta de civismo que vai alheada ao uso da tecnologia que está ao nosso dispor para nos facilitar a vida!

 

Ó ótimo termos hipótese de comunicar com quem desejamos a qualquer hora! Até porque em situações urgentes torna-se premente o seu uso . Mas quando essa tecnologia deixa de existir para nos servir e passamos a ser nós a servi-la há algo muito errado!

 

Já não é a primeira vez que estou numa consulta, a explicar algo importante, e a pessoa SEM PEDIR DESCULPA, atende o telemóvel que entretanto toca!!

 

O que me apetece fazer é pegar no aparelho e desligá-lo, e qualquer dia passo-me da cabeça e é isso mesmo que faço! E depois vão lá escrever no livro amarelo!

 

Também já não é a primeira vez que o raio da coisa toca sem parar, até que eu, já farta daquilo e de quem do outro lado que não percebe que não se pode atender, falo para a pessoa que tenho à minha frente para calar o aparelho porque assim não há quem consiga concentrar-se!

 

Para a próxima, juro, que se me atendem o telefone (a menos que a pessoa me explique porque vai atender) saio da sala e só volto lá passado uma hora! Quero ver o que vai fazer o Sr. Utente nesse caso!

 

Isto é que vai uma crise, mas não é de dinheiro, é de civismo!

 

 

 

Incapacidades

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Não sendo um tema que goste de falar volta e meia lá vem à baila. Principalmente quando, como dizem os Brasileiros, estou de saco cheio!

De saco cheio, desanimada, farta, cansada....

 

Nestas duas semanas, além do costume que já tenho que enfrentar e que  já vou tirando de letra, ocorreram duas situações que me transtornaram profundamente.

 

Uma das situações aconteceu num Hospital Privado, o Hospital Terra Quente de Mirandela,  e que tem acordos com alguns subsistemas, segue-se que eu tinha uma consulta de especialidade naquele Hospital e qual não é o meu espanto quando chego a uma ENORME porta de vidro (porei a foto no fim do post, do dito hospital) e esta está fechada!! Tento abrir, mas o meu problema de saúde para além de me trazer uma dor crónica como companhia diária, só para não me sentir só, ainda me dá alguma falta de força. Além disso, fazer esforços a mais do que posso traduz-se em mais dor. O que, me desculpem lá, dispenso. Ou seja, não consegui abrir a porta e tive que bater no vidro para que alguma alma caridosa viesse fazer o favor de me ajudar. Claro que o meu problema não está escrito na testa e não se nota a olho nu! Na entrada do Hospital estavam algumas pessoas que se plantaram a olhar para mim. Tentando não ligar a esses olhares, queixo-me ao funcionário ali presente.

- Olhe eu não entendo porque é que num Hospital com uma porta pesada daquelas, e uma entrada com segunda porta, e essa já com sensor, a primeira está fechada!

Resposta inteligente do funcionário

- Mas toda a gente consegue abri-la!

- Toda a gente fisicamente saudável, que não é o meu caso, e não será também no caso de quem anda de cadeira de rodas, de muletas, ou que tenha força diminuída por alguma razão. E essa gente toda aflui aqui com maior frequência dado que isto é um Hospital!

 

Bem... tive que me expor numa entrada de um Hospital, explicar o que não tem explicação, falar de mim, e sentir-me mal sem necessidade.

Mas malta, não é fácil sabermos que não podemos, mas pior é SENTIR que não conseguimos.

 

A segunda situação aconteceu hoje. Embora seja algo recorrente, especialmente hoje, porque provavelmente estou mais susceptível, o facto ocorrido não me caiu bem.

 

Vamos ver se consigo explicar. Vivo numa rua em que a estrada à frente da minha casa, embora muito estreita, tem dois sentidos. A rua ao fundo não tem saída. Não é principal e na rua principal, paralela à minha, existe algum movimento, o que leva, inevitavelmente, à procura de estacionamento onde calha.

 

E onde é que calha?

No passeio do outro lado, em frente à minha garagem, estacionam os carros que me dificultam as manobras para meter o carro onde quero, mas lá vou metendo. O pior é quando há quem estacione fora do passeio na estrada mesmo! Considerando que a estrada tem dois sentidos estão a estacionar exactamente num dos sentidos da via! Tendo eu a dificuldade física que tenho, introduzir o carro na garagem é para mim tarefa praticamente impossível!

 

O que comecei por fazer sempre que isso acontecia?

 

Colocava o meu carro no passeio do meu lado da rua e em frente à minha garagem. Mas bolas! Eu própria estava a incorrer numa infracção a fazer isso. Além disso nem poder estacionar o meu carro na minha garagem já me estava a consumir.

 

Segunda opção. Comecei a chamar a polícia. Que não pode rebocar os carros porque não estão no passeio imediatamente à frente da garagem do meu lado da rua, mas sim do outro lado, na via de circulação. E mesmo que isso me impeça a entrada eles só podem autuar. Então que passem a multa! Pode ser que assim não estacionem mais ali. Pensava eu. E mal...

 

Continuam a estacionar e eu continuo a não conseguir entrar... e instruída pela PSP, para os chamar sempre que isso acontece, é isso mesmo que faço.

 

Mas o que que surge a seguir?

A maltosa que estaciona mal, e me impede de entrar na minha própria garagem, ainda se arma de razões e me insultam porque eu chamei a polícia!

 

Não há quem aguente!

Não me apetece, e não tenho que o fazer, explicar a esta gente incapaz da mona (incapacidade talvez pior que a minha física) que simplesmente, não porque sou uma cepa a conduzir, mas porque tenho um problema físico, não consigo MESMO fazer as milhentas manobras necessárias para conseguir o que pretendo.  E mesmo, sem problema físico algum, nem o meu marido, às vezes, consegue efectuar as ditas manobras!

 

Será de mim ou este mundo não é mesmo para as minorias?

E estas são, muitas vezes tratadas sem um pingo de sensibilidade e bom senso!?

 

HTQ.jpg

A foto do Hospital Terra Quente de Mirandela com as suas enormes e pesadas portas de vidro...

 

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