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Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Aprender a voar

ninho-vazio.jpg

 As férias escolares começaram e com elas iniciaram também as ausências de casa. Entre uns, "mãe vou à piscina", "...ou ao rio", "vamos dar uma volta", " A malta vai ao cinema", "ao concerto X,Y ou Z", ver isto ou aquilo, entre essas coisas todas é raro colocar a vista em cima do jovem da família!

 

Mas eu sei o que isto é!

Isto é a preparação para o bater de asas e abalar, deixando o ninho vazio...

No entanto, se pensam que eu vou-me habituar estão muito enganados!!!

 

 

Mãe da adolescência....

adolescente quarto.jpeg

 

Isto de educar um adolescente é uma tarefa Hercúlea! Além disso está a ensinar-me o que é ter paciência infinita, e a fazer-me de cega.

 

Entro no quarto do meio menino, meio homem, e vejo:

Dois pares de meias no chão, camisolas, em cima da cómoda e no banco, que não sei se estão sujas ou se simplesmente não foram a escolha para vestir hoje e ficaram por ali, livros espalhados, mesinha de  cabeceira em completo desalinho e nem sei o que está ali por cima, cama por fazer,....

 

O que fiz?

Fechei a porta e fingi que nunca entrei ali! Aquilo é certamente um portal para outra dimensão! Aquela dimensão onde passam tornados a toda a hora! E eu juro, ao contrário do que a imagem faz crer, a minha descrição até fica muito aquém da realidade....

 

 

 

Proteger

desenho-criança.jpgImagem retirada da net

 

Há uns dias que era para falar nisto, mas é um tema que não é agradável.

Discutiu-se há pouco se os pais deveriam ou não ter acesso à lista de abusadores de menores, até aos 16 anos. Muitas foram as vozes que se insurgiram contra esta ideia, incluindo o nosso Ex. Presidente Jorge Sampaio, referindo o problema da justiça de apedrejamento e até vozes do Ministério Público se manifestaram contra a ideia.

 

Hoje sai a notícia que dá conta do impedimento que a Ordem dos Médicos quer fazer a profissionais de saúde com registo criminal que indique acusação por pedófilia.

 

Deus, e quem segue este Blogue, é testemunha de que eu não vou nada à bola (nem a coisa nenhuma) com o actual Governo, mas esta ideia eu aplaudo. E mais minha gente. Aplaudo de pé.

 

Pedofilia não é um crime qualquer. É um crime praticado por um doente mental que não tem cura. É um psicopata dos piores. Não acredito que exista a mínima hipótese de reinserção, ou reeducação, nestes casos! E a virem para a sociedade acho que devem ser SEMPRE vigiados! A sociedade tem esse dever pois tem obrigação de proteger as crianças! Se essa vigilância fosse eficaz talvez assim eu acreditasse na justiça e na sua célere actuação. Mas não acredito. Por isso, como mãe, quero sim ter acesso à lista de abusadores, e acho sim que devem ser impedidos de exercer qualquer função na área da pediatria! Mas isso seria das primeiras coisinhas a fazer! Um pediatra pedófilo é o cúmulo!

 

Até sei que estou errada, e virem dizer-me que serão pessoas olhadas sempre de lado que haverá justiça pelas próprias mãos... e mais coisas que terão porventura razão. E também há o risco dos acusados inocentemente. Mas a minha razão, o meu ser racional é isso que diz. Mas uma mãe não é um ser racional! Principalmente uma mãe que já viu algumas coisas bem tristes e hediondas! Por isso, vos digo, se são olhadas de lado é pouco, mesmo muito pouco para o que fizeram. Se serão julgadas publicamente não se perde nada ao ter menos um ser nojento no mundo. E certamente que o mundo agradece.

 

Relato de Experiência I

 

Não me recordo se alguma vez estive tanto tempo sem escrever por estes lados. Certo é que a minha cabeça tem andado completamente vazia de ideias, ou cheia de demasiadas coisas, algo que ainda não consegui parar para conseguir decidir....

 

E, ao contrário de muitos, tempo ainda é uma coisa que eu não consigo fazer. Gostava muito de saber onde é que o iluminado da célebre frase "Estou a fazer tempo" foi buscar a ideia de que o tempo se faz.

 

De longe é a minha ideia de fazer deste blogue um diário, ou algo que sirva como muro de lamentações, mas, há sempre uma excepção. E sendo este blogue pertencente à minha humilde pessoa, alturas há em que não consigo separar as águas, e esta é uma dessas alturas. Sosseguem almas, não me vou lamentar, digamos que irei antes ranger os dentes, ladrar, e quem sabe também irei ou não morder.

 

Tal como já disse por aqui os meus dois progenitores tiveram que ser hospitalizados dia 25 de dezembro, tive pois um Natal no ambiente demasiado aquecido e extremamente frio de um Hospital em Trás-os-Montes, penso no entanto que para experiência que irei relatar a localização pouco importará, mas gosto de situar os meus incautos leitores no espaço.

 

Pois bem, são tantas as coisas que me estão no gasganete que achei por bem, e para vosso descanso, e eu preocupo-me com o vosso descanso, dividir esta minha narração em duas partes, já que também se trata de dois progenitores.  Comecemos então pela parte materna.

 

Após uma queda num corredor de casa a minha mãe teve uma fratura subtrocantérica  e mais um palavrão dito demasiado baixo e que não consegui perceber ao ortopedista. Além disso, tinha a cabeça para os dois lados, literalmente. O certo é que necessitava de uma cirurgia com respectivo internamento necessário, iria ficar dependente pelo menos durante 2-3 meses, na melhor das hipóteses, mas depois de estar com ambos os pais no Hospital a melhor das hipóteses era algo que não estava, e ainda não estou, a considerar.  E naqueles primeiros dias que se seguiram a esta novidade tive que vislumbrar alternativas que visassem quer uma boa recuperação, quer o apoio, que me iria ser difícil, para não dizer quase Hercúleo, que a minha mãe necessitaria. A solução encontrada, e após o diálogo com profissionais de saúde, seria o encaminhamento para uma Unidade de Cuidados Continuados de Convalescença por 30 dias (que é o tempo das Unidades de Convalescença). Isso implicaria que ficasse mais uns dias hospitalizada até ter vaga numa referida Unidade da nossa área Geográfica. Seja como for isso permitiu que ficássemos, de certa forma, descansados. No Hospital teria apoio para as suas necessidades diárias e iniciaria a recuperação fisiátrica. Era não era? Pois é...

 

Sempre que a minha progenitora pedia algo era notória a má vontade com que a maior parte das pessoas a brindava na ajuda. Poucas se safavam com um sorriso e solicitude. Nunca foi levada à casa de banho para um banho completo, apesar de ter comentado que precisava- MESMO - de lavar a cabeça, era-lhe colocada uma bacia em cima da mesa davam uma esponjinha e fazia o seu banho parcial na cama que depois seria mudada ao fazerem o levante. No início de um turno da noite uma auxiliar chegou ao cúmulo, e depois de a ter ajudado a sair da cama para se deslocar ao WC, de lhe dizer  "Vou mas é colocar-lhe fralda senão não tarda nada está a chamar-me outra vez! Você está sempre a fazer chichi!" e se melhor o disse mais depressa o fez! Colocou uma fralda que ficou toda encharcada e a deixou cheia de urina. Molhando cama, camisa de dormir e a dignidade. Mais tarde, e já na Unidade, veio a ser confirmada uma infecção urinária, daí a sua vontade em urinar. A falta de pessoal quer de enfermagem, quer auxiliar, era evitente mas o custe o que custar é mesmo isto. Bem, a falta de pessoal e a falta de profissiolismo de alguns... Muitos se esquecem do significado da palavra "cuidar".

 

Um dos médicos da equipa referiu-me que a fisioterapia nestes casos teria que ser feita com muito cuidado já que aquela articulação estava traumatizada e como tal estavam com receio da sua ida para a Unidade, perguntei se a fisioterapia ali, naquele Hospital, teria esses cuidados por ele preferidos, resposta, "Oh, claro que sim! Nós aqui conseguimos controlar isso!". Mais uma vez, pois... ao que parece o fisioterapeuta tinha a sensibilidade de um elefante numa loja de cristais. E fazia exatamente o que o ortopedista tinha dito para não se fazer. Numa das minhas visitas, que dado a distância e o trabalho, não eram tão regulares quanto a vontade, falei com uma médica da equipa e questionando sobre este facto e a ideia com que fiquei foi que a minha mãe estava a mais naquele serviço, a vontade em ajudar não era muita e a ideia era enviá-la para casa pois se ela andasse estava tudo bem. Segue-se que ela tinha, e tem, dificuldade na marcha e eu tinha entendido inicialmente a sua recuperação seria melhor com o apoio da Unidade e fisioterapia adequada. As coisas azedaram de tal forma na minha conversa com uma das médicas que se introduziu à conversa que por pouco não a mandei abaixo de Braga, como se costuma dizer por aqui, não sei o que existirá abaixo de Braga mas espero que seja algo bem nojento. A arrogância da Sr.ª Drª, como frisou que queria que eu lhe dissesse depois de numa frase eu ter dito "Mas ó minha senhora" e ser interrompida como um "Minha senhora não. Senhora Doutora!"!!! Passada que eu estava da mona respondi categórica "Ai sim! Então faça o favor de me tratar por ......" e referi o meu título académico! Fiquei a saber que dizer minha senhora é uma ofensa grave.

 

Felizmente a vaga para a Unidade foi disponibilizada nesse mesmo dia. E nestes 4 dias pode dizer-se que a recuperação e os cuidados prestados naquela Unidade têm sido excelentes. O cuidado e dedicação de todos os profissionais é evidente e estão ali para atingir objectivos, e o objectivo é o bem estar e a máxima independência do utente.

 

Tenho descoberto pessoas, digamos, asquerosas, mas também extraordinárias. Muitas me têm ajudado, dado aquela força que tenho que desencantar naquele cantinho que às vezes parece perdido. Muitas são as pessoas que se disponibilizam para ajudar e que ajudam mesmo. E é para essas que vai o meu carinho, a minha consideração e é para essa que vai o meu apontamento. São essas que ficarão. E é por essas que vale a pena tentar remar mesmo com correntes mais fortes.

 

Obrigada. {#emotions_dlg.redflower}

 

 

Ó Mãeeee...

 

A relação que os filhos têm com as mães é super interessante. E hoje, numa conversa no meu serviço, as mães lá so sítio descobrimos que os filhos nos tratam todos na mesma forma. Ora reparem nas perguntas e frases com que incessantemente nos brindam,

 

- Ó mãe escolhes-me a roupa?

- Mãe o que como?

- Mãe tenho fome...

- Mãe o que achas que faça?

- Mãe penteias-me o cabelo?

- Mãe onde está o casaco  que eu gosto?

- Mãe onde estão as minhas sapatilhas?

- Mãe preparas-me um lanchinho?

- Mãe aleijei-me

- Mãe onde estão as minhas calças preferidas?

- Mãe onde estás?

- Mãe que vamos almoçar/jantar hoje?

- Mãe o meu saco da ginástica?

- Mãe estou aborrecido(a) que faço?

- Mãe posso?

- Mãe não encontro o meu telemóvel!

- Mãe estou triste.

- Mãe preciso de um beijinho

- Mãe compraste o meu creme?

- Mãe compraste os meus cadernos?

- Mãe fazes-me aquela comidinha que eu gosto?

- Mãe... Ó mãeeee....

 

 

Mas a relação que têm com os pais também é mais ou menos comum aos nossos filhos. Senão reparem,

- Pai! Onde está a mãe?

 

Agora tentem lá dizer que, no geral, não é assim? Hã?

 

 

Imagem retirada da internet, obrigada a quem a disponiblizou

 

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