Devaneios...
Um jovem casal ficou espantado comigo quando comentei, a propósito do seu estado civil, que nos dias de hoje parece que só os homossexuais é que se querem casar.
Eles riram, já que o intuito era esse, mas o rapaz incha o peito e responde à macho "Um papel não faz diferença nenhuma!"
A miúda encolhe os ombros, já estava a ver o seu dia de branco a voar pela janela. E eu respondo;
- Se não lhe faz diferença então tanto faz assiná-lo como não! Tanto faz ele existir como não, é que isso dá para os dois lados!"
"O casamento é uma cena acabada a gente agora junta-se e já tá. É mais fácil", como sou menina para ter a última palavra continuo, "Pois homem, é mais fácil juntar ou separar?"
A verdade?
Realmente acho mesmo que tanto faz, mas há tradições que eu gosto e essa é uma delas. Mas agora tudo dá na mania de se juntar! Eu tenho é que tentar arranjar mais amigos e amigas homossexuais. Parece-me que o mais difícil é o mais apetecido e como foi difícil conseguir esse direito dão-lhe mais valor.
Por aqui, neste Trás-os-Montes cheio tradições, o casamento continua a ser uma meta a atingir por muitas mulheres e um degosto para os pais se os filhos se resolvem "juntar" e não casar. Aceitam, mas a contra-gosto. Não é o primeiro que se queixa em surdina que não estende esta mocidade. Eu desculpo dizendo-lhes que nós complicamos o que é simples. O certo é que casamento foi instituído pela sociedade e ganhou tal raiz que é difícil extrair.
O mais engraçado é que quando nasce um filho aí já querem casar. Afinal o que é que muda naquelas cabeças? Um filho já obriga ao papel assinado? A "cena" que estava acabada deixou de estar porquê?
Imagem retirada da net, obrigada a quem as disponibilizou