Problema de peso!
Imagem retirada da revista Pais&Filhos
6,300 kg!
Este era o peso da mochila do meu filho de 10 anos, que pesa 28,5 kg, portanto nada avantajado fisicamente! Num estudo realizado pela Associação de Defesa do Consumidor (que até foi divulgado pela revista Pais & Filhos, passe a publicidade) referia-se que o peso da mochila não deveria ser superior a 10% do peso da criança. Neste caso particular, e que me toca a mim, às costas do meu descendente para ser mais precisa, o peso excede em 3,450 kg!! Mais do dobro do recomendado!!
Estive a ver cuidadosamente com ele os livros, para ver se poderia abster-se de levar algum, e constatei que só para uma disciplina leva: 1 caderno, 1 livro de apoio (com jogos e textos), 1 livro de exercícios, 1 manual e outro que a professora mandou comprar (não chegavam os 3 que tinha) de resumos, exercícios e testes! Ao todo 5 coisinhas a pesar, só para uma disciplina!! E as crianças têm que levar sempre tudo sob pena de terem falta de material!
A escola não tem cacifos suficientes, e os que tem estão estourados, do bom uso que lhe dão! Se bem que os cacifos não resolvem o problema da caminhada até ao cacifo, com as costas derreadas!
A solução poderia passar pelo uso de mochilas com rodinhas, mas como convencer uma criança, que entrou para uma escola nova, com toda a adapatação inerente, a ser diferente. Como convecer a usar uma mochila de pequeninos (pequeninos é só até ao 4º ano!) quando ele quer ser "grande"!
Se bem que tenho dúvidas se a mochila de rodinhas resolveria o caso. Uma vez que têm aulas em salas onde é necessário subir escadas, e teriam que puxar o dito peso e com postura corporal desadequada (pois sabemos que eles são adeptos fervorosos de más posturas).
Têm-se realizados alguns estudos sobre a matéria e numa pesquisa rápida vi que esta preocupação não existe só no nosso País. No entanto até à data nada foi feito.
Os livros estão lindos, a meu ver até melhores do que na nossa altura, mas uma disciplina conta sempre no mínimo com dois livros, fora os cadernos e o material extra que os professores às vezes pedem.
Se existem estudos que comprovam o prejuízo que isto acarreta na saúde dos nossos jovens, porquê não rentabilizar esses estudos?
Então qual é a finalidade dos mesmos se tudo continua igual?
Esta minha preocupação é partilhada por muitos pais. Aliás o meu filhote já começa a queixar-se de dores, e há dias em que só o toque com mais pressão nos ombros lhe causa dor. Será que o futuro das nossas crianças é a marrequice ? A dor lombar e cervical?
Eu irei tentar falar com a diretora da turma para pedir a compreensão dos professores para com este assunto. Pois acho que não custará dizer quais os livros que serão necessários para a aula seguinte. Espero que o meu tento consiga...