Descoberta de uma dia de neve
Aqui há uns dias falava-se sobre o tempo, aquela conversa que dá sempre jeito quando não há que dizer. Mas neste caso estávamos a discutir os gostos pessoais. Havia quem gostasse do inverno (custa escrever em minúsculas segundo o novo AO) porque gostavam das coisas que vinham com ele... noites ao sofá com mantinha e chá ou chocolate quente, castanhas assadas, lareira acesa. Enfim, uma lista de aconchegos gostosos mas que para mim não me tiram, e sobretudo não fazem esquecer, o desconforto que é o inverno. O frio, as manhãs de geada a passear o cão, o catano da chuva que não deslarga e o nevoeiro irritantemente irritante (sim é de propósito esta repetição, é um reforço para a minha irritação).
Definitivamente sou uma pessoa de verão. Sol, bom tempo, passeios, manhãs quentes, roupa fresca, até a chuva é agradável, e muitas vezes bem vinda. Mas o caso muda de figura se falarmos de neve, que para mal dos meus pecados cai no inverno...
Quem não gosta de neve?
À primeira vista ter tudo pintado de branco, monocromáticamente, pode parecer aborrecido, mas a neve traz com ela uma infinidade de tons e possibilidades infinitas.
E o que me faz gostar mais dela é ver os locais ainda não pisados, imaculados com o véu mágico que os cobre. Gosto de saber que fui a primeira a colocar ali a pegada, a retirar o véu, que fui eu que descobri aquele bocadinho! No fundo, gosto da aventura que é um dia de neve.
Provavelmente podíamos adaptar isso aos nossos dias, que são todos novos e trazem com eles infinitas possibilidades, mas digam lá, se forem cobertos de um manto branco ainda melhor