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Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Os "eu" dos outros

 

Há sempre por aí pessoas que não estão contentes como são ou então que preferem ser como os outros. O certo é que a nossa vida lhes parece mais fácil e para ela têm sempre solução!

 

Quem já não ouviu a célebre frase "Eu se fosse a ti..." e de seguda o nosso interlocutor discorre com uma solução muitas vezes nada viável, interessante ou sequer prática. O certo é que se entusiasmam de tal forma com os nossos problemas ou com o que nos surge pela frente que os temos à perna a perguntar, "Então fizeste como te disse?". Se a resposta é não, já que encontramos uma solução condizente com a nossa personalidade, a nossa vida e o nosso ser, podemos sentir quase de forma palpável a sua profunda desilusão! E seguidamente passamos a ter alguém  a torcer pelo lado contrário mortinhos para que nos estatelemos ao comprido e possam dizer, "Eu bem te disse..."

 

E ouço isto vezes sem conta... Felizmente, na sua grande maioria, essas palavras não me são dirigidas, ou porque já percebessem que eu não gosto que os outros fossem eu, porque eu sou eu! Ou porque ao que parece não devem ter muito interesse em ser eu. No entanto, há muita gente a ter soluções para os outros a preço zero. E não se confunda este "Se eu fosse tu" ou "Eu se fosse a ti" com um conselho, porque esse até o costumamos pedir e normalmente a quem nos conhece. Não! Estas frases são ditas por quem acha que a nossa vida é mais simples de solucionar e se elas fossem "eus" as coisas não andariam assim! Eu não sei... mas tenho para mim que estão a tentar dizer-nos algo... E temo só de pensar o que será. Será uma critica velada? Hummm...

 

Como meros exemplos vejo que educar os nossos filhos parece-lhes uma tarefa simplória! Têm sempre a solução na ponta da língua, "Se eu fosse tu não o deixava sair com aquele rapazito" ou "Punha-o ali ou acoli".

E para chefiar um serviço? Parece que tudo lhes correria às mil maravilhas e tudo é simples! "Se eu fosse a ti fazia isto ou aquilo". E eu fico aqui a pensar como seria se eles, ou elas, tivessem que andar às voltas a aturarem os seus "Se eu fosse a ti" de certeza que as coisas não lhes pareceriam tão fáceis, cor de rosa e com bolinhas amarelas!

 

E se calhar se vocês fossem eu não teriam este blogue com tentativas mais que frustadas... ora, mas não são, né? ;)

 

Imagem retirada da internet, obrigada a quem a disponibilizou

 

 

Observar....

Tenho reparado que existe um certo interesse pela vida alheia. Basta ver os programas de sucesso género "Big Brother", onde se enfiam tipos dentro de uma casa e se fica a olhar para eles... O que me lembra as pessoas que têm hamsters e ratinhos e lhes compra rodinhas e outros artefactos e se entretém a olhar para eles...

 

Esta curiosidade, às vezes mórbida, pelo alheio é interessante e faz parte do ser social que somos. Muitas serão as nossas observações que dão artigos interessantes, no entanto há um limite, talvez ténue, entre a observação atenta e o mirone.

 

O observador está a olhar para os outros e ao mesmo tempo para si mesmo, aprende, tira conclusões, estabelece ligações e elações, diverte-se, medita e  escuta ou lê atentamente.

 

O mirone espreita, devora, inibe, tem (por vezes) um olhar mórbido, escarnecia, é daqueles que pára e atrapalha todo o trânsito só para poder ver algo que fere o outro.

 

Vou ficar-me pelo observador, aquele que também floresce aqui, no virtual. É interessante verificar que os blogues que mais destaque têm e os mais concorridos são blogues que descrevem as vidas dos seus autores. O que é explicável, dado que procuramos as respostas nos outros, aquelas que não nos conseguimos dar. Procuramos vidas iguais às nossas para dar sentido à que temos, procuramos viveres iguais para ter a certeza que não somos diferentes, procuramos não estar sós, mesmo aqui, num mundo real intocável. Outros procurarão ser o outro, viver outra vida através das linhas fluidas que lê, procuram aquilo que lhes está longe mas ao mesmo tempo tão perto.

 

Também gosto de observar, gosto de aprender, de crescer, mas as descrições que gosto de ler não são as de vidas idênticas e tão desiguais à minha, são discrições de almas de pensamentos, de opiniões, de olhares, de sonhos,....

No fundo o meu tento é  tão igual e tão diferente de tantos outros, e vou observando quem gosta de observar {#emotions_dlg.blink}

 

 

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