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Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Eu tento, mas meu tento não consegue!

Sabendo que nem sempre vou conseguir ir aos vossos espaços, mas nunca vos esquecendo e sempre tentando...

Estão a taxar-me de quê?

Não queria voltar a este tema das taxas moderadoras, mas depois do que li no Jornal o Público sobre o tema, resolvi voltar à carga, afinal este meu espaço também serve para tossir "caroços" entalados!

 

Eu não sei se percebo bem, mas estão a querer dizer-me que o novo regime de isenções pode pecar por excesso?

Ao que parece ainda temos que lhes agradecer? Agradecer porque existem 5,2 milhões de utentes que poderão usufruir do modelo de isenção do pagamento de taxas moderadoras por motivos de insuficiência económica. Esperem lá! Então o povo Português tem que agradecer porque está mais pobre e precisa de ajuda para ter cuidados de saúde?

 

Mas não é só isto que me irrita, o que me irrita é que querem fazer crer que são muito bonzinhos. Estão a taxar-me de quê?

 

Querem comparar as taxas do nosso País com as aplicadas na união Europeia? Então, baseiem-se também no poder de compra que o resto da UE tem, e nos seus ordenados! As comparações não é só para quando dão jeito!

 

Vou dar alguns exemplos, sobre esta "revisão" das taxas moderadoras (sim, para eles não é aumento, é REVISÃO). Um dador de sangue e um bombeiro até agora estavam isentos e pronto, agora, só estão isentos quando se dirigem aos cuidados de saúde primários, no serviço Hospitalar PAGAM (e não  bufam), afinal aí são 10 euritos! 

 

Indo a um exemplo de uma situação mais concreta. Quando numa família de ricos, com dois adultos e uma criança,  usufruem de um rendimento, acima de 628,8€, vamos supor 750€ cada adulto, um dos elementos dessa família desloca-se ao Centro de saúde para a realização de um tratamento, e nesta situação, perante avaliação do enfermeiro, é chamado o médico para a prescrição do antibiótico, ora então, vamos a contas, o utente tem que pagar a realização do tratamento, (que até aí não acontecia) e  tem que pagar a consulta médica (que até aqui já o fazia, mas agora AUMENTA o valor).

 

Para uns pais que querem o melhor para o seu filho, e que lhes é prescrita uma vacina que  não faça parte do PNV, agora ao se deslocarem ao Centro de Saúde também terão QUE PAGAR pela admistração da vacina, e não sei se esta situação só será a partir dos 12 anos (idade limite para isenção). Quem manda serem pais preocupados?

 

Mas vamos a outra situação, um dos membros dessa família tem o azar de um raio, de fazer o raio de uma lesão, que se complica de tal forma que vai precisar de tratamentos numa unidade de reabilitação Hospitalar, vai precisar de consultas periódicas para prescrição de terapêutica, de consultas noutras especialidades hospitalares, vai precisar de se deslocar por uma dessas auto-estradas do interior, onde nos dão a benesse de usufruir de 10 viagens sem pagar, no resto das viagens PAGA-SE, mas com a benesse de uma redução de 15%. Mais, tem o raio de um problema de saúde que leva a uma redução da sua capacidade de trabalho, mas não chega aos 60% (no caso de chegar, tem que dar uma volta burocrática do tamanho da china). Ora então, vamos a contas. Têm que pagar as consultas, quer nos cuidados de saúde primários, quer hospitalares, pagam os tratamentos de fisioterapia (pelo menos 3 vezes por semana), pagam medicação, pagam portagens (agradecendo a benesse do desconto, e com sorriso amarelo),  pagam gasóleo que subiu, pagam  a fatura da eletricidade que subiu, do gás natural que subiu, pagam  na escola da criança para ajudar nas fotocópias (como já ouvi em muitos casos), pagam ATL porque não têm com quem deixar o filho, pagam mais...

Com a agravante de se dar o caso de serem os dois funcionários públicos que veem o seu vencimento congeladíssimo e veem os seus subsídios por um canudo,... Atenção! Este é um cenário provável, pode dar-se o caso de ser ainda pior!!

 

Não sou muito boa para contas, talvez por isso é que não sei se neste caso se há-de fazer contas de somar, ou de subtrair!!! Se calhar tenho que fazer as duas, somo as despesas e subtraio o dinheiro que sai do bolso!

 

Agora querem fazer-me crer que nos estão a dar um benefício? A sério?

 

Desculpem-me o mau jeito, mas o meu tento nem sequer tenta agradecer!

 



Era uma vez....

Ultimamente tenho lido, e ouvido, algumas histórias e historietas, gostaria que fossem ficção mas infelizmente têm um ar demasiado realista para as considerar assim.

 

Sempre que ouço alguém do Governo a falar (seja lá quem for que esteja lá) parece-me sempre que eles não devem viver no mesmo Portugal que eu!

Ontem apanhei na TSF alguém do atual governo, não cheguei a perceber quem era, mas isso talvez não interesse porque eles pensam todos o mesmo quando estão lá, só pensam diferente quando são oposição! Continuando, essa pessoa falava sobre o aumento das taxas moderadoras nos Hospitais e Centros de Saúde. Não estamos a falar de um aumentozito, estamos a falar de um aumento de 100%!!! Mas a tal Senhora achava que não era nada de mais e chegou a dizer que os que falavam contra, mais este aumento, passo a citar, "Usam frases demagógicas incendiárias, porque este é um aumento com justiça", podem imaginar a minha fúria!?

 

A tal senhora dizia que a par disso iriam aumentar a parte das isenções. Será?!! Não se me quer parecer, acho que aí é que reside a demagogia.

Mas, supondo que tal acontece, vou citar um simples exemplo:

Numa família de classe média, com dois filhos, em que o rendimento é superior aos 600 euros per capita, portanto até vamos supor que ganham 1000 euros cada um, 2000 euros mês, pagam renda ou prestações de casa e até do carro (porque o que tinham estourou) têm que comer, vestir-se, e os miúdos crescem há que comprar roupa para cada estação, vêem a fatura da luz e do gás a aumentar, o IVA também aumentou em alguns produtos, não fumam não tomam café, não fazem gastos supérfluos, vêem os seus subsídios  a voar (que serviam para fazer face a algumas despesas extra ou para amortizar as prestações), pagam mais imposto, e na escola dos miúdos estão a pedir ajuda para fotocopiar as fichas de avaliação,  compram volta e meia um livro (que para alguns pode ser considerado supérfluo, para mim a cultura é essencial), às vezes até iam ao teatro, mas agora... enfim uma balança pouco equilibrada que pesa mais para o dinheiro que sai.

Entretanto, um deles tem um azar do caraças e parte uma perna! (Atenção isto é a doença mais simples e sem direito a isenção, porque são muito poucas as que têm) Vão à urgência e pagam 20 euros! O que partiu a perna tem que por atestado 4/5 meses, tem que fazer fisioterapia, e ainda há que ir ao Centro de saúde pelo menos duas vezes para passar atestado, ora mais 10 euros de cada vez, sem contar com os medicamentos e deslocações para a fisioterapia. Não esquecendo que  a coisa pode complicar. E então? Então, respondo eu, está o caldinho entornado...

 

Contando que essa família até possui um cão, que por azar também adoece... não há dinheiro para fazer face às despesas extra no veterinário. E agora?

 

Demagogia? Querem falar-me de demagogia?  Atrevam-se a falar isso perto de mim! Aconselho a quem o fizer um perímetro de proteção de pelo menos 500 metros

 

Pois, contam-se muitas histórias no Portugal de São Bento,muitas histórias que fazem adormecer muito boa gente. Mas no Portugal que eu vivo a história é assim...

Era uma vez uma classe média, que se extinguiu...

 

O meu tento quer ver se protegem a espécie em extinção "classe média", mas não estou a ver que vá conseguir!

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