Há quem seja tão fã de alguma coisa que faça por ver, ou estar, com o objecto da sua idolatração muitas vezes. Por exemplo, existem pessoas que são fãs de castelos, e então visitam todos os castelos que podem! Normal, não?
Agora isto, nas imagens abaixo, é que não sei se será considerado dentro da normalidade...
O que eu não consigo perceber é a mistura do Cristo Rei no cimo do Castelo....
Não sei se alguém já ouviu a frase acima. Eu já, e coincide sempre quando estou gelada! Se não fosse pelo facto de me cair a mão, que congelou, eu dava uma murraça a quem me vem com esta teoria irritante!
Ontem estavam uns fresquinhos -8,5ºC em Bragança (Quem dá mais? Ou menos...), não muito longe de onde vivo. Hoje fui passear o cão e juro que fiquei com o corrimento nasal (ranhoca para os íntimos) congelado no nariz!!!!
A propósito do que o José Cid disse dos transmontanos. Eu que vivo em Trás-os-Montes quase desde que vim para Portugal, portanto há uma data de anos.
1º - Malta arranjem o que fazer e a quem atirar pedras. O que é demais é moléstia. O tipo disse aquilo há 6 anos!!!! 6 ANOS!!!!!
2º- Destilem o vosso ódio noutro local, longe!! Bem longe, só estão a dar razão ao homem. Daqui a pouco há mesmo pensamentos a sério de quererem colocar aqui uma muralha! Até eu começo a ter medo! Há pessoas que andam com muito ódio preso!
4º- Maltinha que aproveitou para insultar transmontanos nas redes sociais, são outros que deviam ir para onde os anteriores vão, e destilar o ódio para outro lado. LONGE de todo Portugal
5º- Mas porque raio ligaram aquilo que o homem disse???!!! Foi o José Cid!!! Malta, JOSÉ CID!!! A sério??!!!? Levam a sério o que ele diz?
Este fim de semana fomos até à aldeia dos meus pais. Uma terreola perdida no Planalto de Jales onde antigamente se encontravam as únicas minas de extracção de ouro do país, Minas de Jales. O ouro foi-se, a maioria das pessoas também. Mas claro, que é um local visitado, principalmente pelos filhos das gentes da terra, como eu.
Turistas?
Lá terá alguns, contados pelos dedos e sem grandes trabalhos, nada como no Grande Porto ou Lisboa. E dei por mim a questionar-me quando vi uma placa que fotografei,
Esta gente está doida?
Village e Camping???!!!
Isto para dizer que há umas casinhas de aluguer numa barragem perto de Vila Pouca de Aguiar.
Se esta placa é para turistas? Já agora facilitem a vida aos mesmos e mudem o nome das terreolas do planalto.
Por exemplo:
Campo de Jales passa a ser "Jalles Field"
Raiz do Monte - "The Root of Mountain"
Villa Pouca de Aguiar - "Litle Town of Aguiar"
E como há muita gente que vai às termas em Chaves não se podem esquecer de tirar a plaquinha que diz Chaves e colocar em substituição uma a dizer "Keys"!
Irra! Quando é que será que os portuga aprenderão a ter orgulho na língua e no que é da terra?
Não me admira que se venda o país a retalho se os que vivem cá já assumiram que isto já não é nosso, por isso, mais vale começar já a poupar trabalho e a colocar as plaquinhas com a língua certa...
Ó tristes!!!
Agora façam lá ideia como é que as gentes de lá pronunciam aquilo que está ali escrito...
Acho que até as vacas, que são os seres vivos que mais olham para a placa naquelas paragens, a olham com desprezo!
À saída de um banco numa cidade Transmontana surge uma improvável conversa entre dois desconhecidos....
- Já viu este frio? Que diabo!
- Sim está de facto muito frio, mas estamos no tempo dele...
- Pois, mas isto não se admite! No resto do país está sol e aqui é isto!!!
-(cara de espanto e um grunhido)
- Mas também estes agora nem sabem dizer nada de jeito! O outro que morreu é que sabia dizer bem o tempo!!! Estes agora não sabem nada!! Isto não se admite!!!
-(nova cara de espanto) Bem... O certo é que está assim, o que está a dar é o agasalho. Bom dia minha senhora.
Pensamentos que surgem após a curta conversa.
Não importa saber o que se diz, mas sim saber dizê-lo com sabedoria!
Aprendam que eu não duro para sempre!
Foto retirada da internet, obrigada a quem a disponibilizou já que não sei onde está a que eu tirei...
Por aqui, num Trás-os-Montes perdido durante 9 meses, temos um verão de 3 meses onde há gente. Gente nas ruas, nos cafés, na filas do Supermercado, na frutaria, no talho.... gente!
Gente que se afastou destes ares perdidos mas a estes ares retorna. É assim... laços que nos prendem e não se devem soltar mas sim dar um novo aperto no pouco tempo que se tem para respirar por aqui.
No mundo Blogosférico vemos Pots a anunciarem as férias dos seus autores. Noutros veremos Pots a anunciarem que os autores querem ir de férias. A certeza é que o virtual anda meio parado. Compreende-se. O cheiro lá fora é convidativo. À parte esse delicioso aroma, a verdade é que as ideias não fluem tanto, e os dedos querem repousar num copo gelado antepondo-o a um teclado. Estamos cansados, deste tlec...tlec...tlec... solítário e ao mesmo tempo gigantesco, cansados de pensar e só queremos sentir... sentir o sol. Sentir as conversas, as noites amenas de Verão, o aroma das férias. Vivemos para isto. É verdade!
Vivemos para este cheiro a férias. E é bom deixarmo-nos de tentos só por um bocadito, muitos virão depois.
Imagem retirada da net, obrigada a quem a disponibilizou
Ontem chegamos ao carro e tínhamos uma publicidade que me fez certificar que por aqui não se engana o consumidor! E para que os visitantes deste blogue possam auferir tal facto com os seus próprios olhos retiramos uma foto e aqui deixo a imagem....
Assim não se vai ao engano! Não se tentavender o que não é! Ou temos carne, o que engloba uma enormíssima variedade de animais, e de frango. Ponto.
Jales pertence ao concelho de Vila Pouca de Aguiar e Distrito de Vila Real, teve a sua época áurea na extração de ouro, e é necessário que se diga, a única mina de extração de ouro em Portugal!
Segundo dizem os antigos desde a época da invasão romana que se extrai dali este precioso e almejado metal. E muitos são os vestígios por lá espalhados. Mas restam também muitas histórias sobre mouras encantas presas por singulares feitiços e deixadas à sua estranha sorte. Por isso, talvez também os povos muçulmanos tivessem por lá andado.
Uma aldeia perdida com boas gentes. Gentes de face vermelha, sangue na guelra, trabalhadora e muito hospitaleira.
Além da extração de ouro, que promovia a criação de muitos postos de trabalho, podiam-se ver em redor da aldeia a vida a frutificar nos imensos campos cultivados. Aliás, a vida florescia em todos os recantos desta pequena região muito movimentada do Planalto de Jales. Poucos seriam os que emigravam, para tentar outra sorte que não as minas. Mas muitos ficavam, agarrados à sua terra, ao seu país e trabalhando, contribuindo para uma extração diária de cerca de um kilo de ouro por dia!
E Jales crescia e produzia... a história? Essa pregou-lhe uma terrível partida... Na década de 90 a a cotação do ouro baixou, os custos de extração aumentaram muito, a empresa foi acumulando dívidas à EDP e à Segurança Social, acabando por entrar em insolvência e fechar.
Foi a catástrofe... perderam-se empregos, dissolveram-se contos deixados para trás, lágrimas ficaram... os campos? Esses foram deixados, secos como a alma de quem partiu, de quem conseguiu partir e arranjar esperança. Alguns ficaram, com as castanhas, com o vento, com a labuta de nada e com a esperança de tudo.
Despovoamento, pedras soltas e perdidas... pobreza.
Crianças? As poucas que existem penso que ainda correm por lá... seu destino? Sair dali para conseguir algo da vida.
Tentam agora dar-lhes esperança com esta nova prospecção e com a criação de postos de trabalho tão bem vindos, tão emergentes! Será mais uma das promessas vãs? Será mais uma das ideias de prospecção que só fica na intenção e não nas mãos que precisam de se calejar?
Oxalá que chegue a esperança de quem já está habituado a perder tudo, a ser esquecido e a não ter nada!