E o livro "Onde Está a Tua Estrelinha?" lá acabou por ter a sua apresentação! E até o livro já tem perfil no FaceCoiso https://www.facebook.com/onde.esta.a.tua.estrelinha!!! Já começam a cair os muros... mas ainda resisto! ;)
Já tem nova apresentação marcada, e com algumas surpresas reservadas aos mais pequenos, mas mais perto da data publico o convite e digo onde, e como vai ser.
Para já deixo uma pequena amostra do que se passou. E um beijo enorme para quem tornou este dia possível.
Tuna Eléctrica da Timpeira - Costumam tocar em quinteto mas para aqui decidiram-se pelo trio, até pela acústica do espaço. São simplesmente maravilhosos! E muito simpáticos. As músicas são da sua autoria e as letras de poetas nossos! Vale a pena ouvi-los. Fazem da música um passatempo mas quem os ouve parece que aquilo é a sua vida! Lá está, encontraram a estrelinha que os move =)
No átrio, da Biblioteca Municipal que tão bem nos recebeu, e já com alguma gente. A boa gente Transmontana que resistiu ao frio para apoiar o livro dos mais pequenos e, claro, dos grandes também =)
A mesa de apresentação. Comigo ali no meio, bem atenta. Porto-me bem =) (quando quero;))
E a fila das dedicatórias não se fez esperar. Tenteifazer dedicatórias personalizadas, acho que fui conseguindo...
E termino com um sorriso para quem não pode ir mas de alguma forma esteve lá, para quem foi e me deu uma enorme alegria com a sua presença e para quem lerá o livro e me sentirá em cada palavra. E ao vosso sorriso o dedico.
Jales pertence ao concelho de Vila Pouca de Aguiar e Distrito de Vila Real, teve a sua época áurea na extração de ouro, e é necessário que se diga, a única mina de extração de ouro em Portugal!
Segundo dizem os antigos desde a época da invasão romana que se extrai dali este precioso e almejado metal. E muitos são os vestígios por lá espalhados. Mas restam também muitas histórias sobre mouras encantas presas por singulares feitiços e deixadas à sua estranha sorte. Por isso, talvez também os povos muçulmanos tivessem por lá andado.
Uma aldeia perdida com boas gentes. Gentes de face vermelha, sangue na guelra, trabalhadora e muito hospitaleira.
Além da extração de ouro, que promovia a criação de muitos postos de trabalho, podiam-se ver em redor da aldeia a vida a frutificar nos imensos campos cultivados. Aliás, a vida florescia em todos os recantos desta pequena região muito movimentada do Planalto de Jales. Poucos seriam os que emigravam, para tentar outra sorte que não as minas. Mas muitos ficavam, agarrados à sua terra, ao seu país e trabalhando, contribuindo para uma extração diária de cerca de um kilo de ouro por dia!
E Jales crescia e produzia... a história? Essa pregou-lhe uma terrível partida... Na década de 90 a a cotação do ouro baixou, os custos de extração aumentaram muito, a empresa foi acumulando dívidas à EDP e à Segurança Social, acabando por entrar em insolvência e fechar.
Foi a catástrofe... perderam-se empregos, dissolveram-se contos deixados para trás, lágrimas ficaram... os campos? Esses foram deixados, secos como a alma de quem partiu, de quem conseguiu partir e arranjar esperança. Alguns ficaram, com as castanhas, com o vento, com a labuta de nada e com a esperança de tudo.
Despovoamento, pedras soltas e perdidas... pobreza.
Crianças? As poucas que existem penso que ainda correm por lá... seu destino? Sair dali para conseguir algo da vida.
Tentam agora dar-lhes esperança com esta nova prospecção e com a criação de postos de trabalho tão bem vindos, tão emergentes! Será mais uma das promessas vãs? Será mais uma das ideias de prospecção que só fica na intenção e não nas mãos que precisam de se calejar?
Oxalá que chegue a esperança de quem já está habituado a perder tudo, a ser esquecido e a não ter nada!